As duas séries tiveram boa receptividade dos leitores e receberam críticas bastante positivas da mídia. Em Crise de Identidade, os talentos Brad Meltzer e Rag Morales uniram forças para apresentar uma das melhores histórias já escritas da LJA.

De outro, a minissérie que está dividindo o universo Marvel, produzida pelos consagrados Mark Millar e Steven McNiven.

Qual é a melhor na opinião de vocês?

Crise de Identidade realmente é bom demais. Mesmo. É uma HQ de super-heróis de tirar o fôlego, algo raro de se ver. O texto é inteligente, tem boas reviravoltas e caracterizações de personagens muito impressionantes. Mas, mais do que tudo isso, é uma história que mexe com instintos primários: amor, vingança e amizade.
É por esse tripé que o Universo DC começa a ser abalado. Afinal, aí está o começo daquela que é anunciada como a mais grandiosa reviravolta que os heróis da editora sofreram nos últimos anos.
Os comentários a respeito da série nem sempre são os melhores. A principal reclamação dos leitores diz respeito à morte de Sue. A DC havia prometido uma coisa de impacto, e a esposa de um personagem de terceiro escalão parece longe de suprir a sede de sangue dos fanboys.
Mas tem que ter um carvão no peito pra não se emocionar com a declaração de amor que Ralph Dibny que abre a história. Por exemplo: "Ela conheceu todo mundo. Batman, Flash, Arthur, Hal... Já viu o Gavião Negro com aquele peito peludo. Pensa bem, a Sue já olhou direto naqueles olhos azuis de derreter corações do Superman... E, ainda assim, me escolheu".
Meltzer, um bom romancista que já tinha escrito um excelente arco de Arqueiro Verde, volta ainda melhor. Rags Morales tem um traço esquisitão, mas charmoso, que acaba funcionando - desde Sandman, a DC aprendeu que um roteiro poderoso pode funcionar muito bem com uma arte apenas bacaninha.
É por esse tripé que o Universo DC começa a ser abalado. Afinal, aí está o começo daquela que é anunciada como a mais grandiosa reviravolta que os heróis da editora sofreram nos últimos anos.
Os comentários a respeito da série nem sempre são os melhores. A principal reclamação dos leitores diz respeito à morte de Sue. A DC havia prometido uma coisa de impacto, e a esposa de um personagem de terceiro escalão parece longe de suprir a sede de sangue dos fanboys.
Mas tem que ter um carvão no peito pra não se emocionar com a declaração de amor que Ralph Dibny que abre a história. Por exemplo: "Ela conheceu todo mundo. Batman, Flash, Arthur, Hal... Já viu o Gavião Negro com aquele peito peludo. Pensa bem, a Sue já olhou direto naqueles olhos azuis de derreter corações do Superman... E, ainda assim, me escolheu".
Meltzer, um bom romancista que já tinha escrito um excelente arco de Arqueiro Verde, volta ainda melhor. Rags Morales tem um traço esquisitão, mas charmoso, que acaba funcionando - desde Sandman, a DC aprendeu que um roteiro poderoso pode funcionar muito bem com uma arte apenas bacaninha.
De outro, a minissérie que está dividindo o universo Marvel, produzida pelos consagrados Mark Millar e Steven McNiven.

Verdade seja dita: Guerra Civil é a série mais empolgante que a Marvel lançou nos últimos anos. A tal ponto que é capaz de atrair a atenção até mesmo de quem não lê quadrinhos. E até de quem nunca leu uma HQ na vida.
É uma ótima notícia para o leitor de super-heróis, que anda acostumado com eventos que só têm grandiosidade no número de páginas - como a recém-finalizada Crise Infinita, da DC, mas também a lamentável série Dinastia M, da própria Marvel.
Mas há um lado ruim em uma série ser tão fascinante: ela acaba chamando a atenção da imprensa. Lá fora, Civil War já acabou. E muito de seu enredo foi entregue aos leitores brasileiros via jornais, revistas, sites de notícia e programas de TV.
Nem chega a ser spoiler comentar que o Homem-Aranha vai revelar sua identidade secreta ou que o Capitão América vai ser assassinado no final - são matérias que foram publicadas com destaque em jornais brasileiros.
Não é por acaso que a minissérie ultrapassou com louvor as barreiras do mercado de quadrinhos. Não é de hoje que Mark Millar é um fabricante de notícias fabuloso. Promove a si mesmo e a seus títulos como poucos quadrinhistas o fizeram.
Mas, ainda bem, vai além disso, e se revela um roteirista talentosíssimo. Um dos últimos integrantes da invasão britânica a desembarcar no mercado norte-americano, foi parceiro de Grant Morrison em séries como Aztek e destaque em The Authority (publicado no Brasil pela Pixel).
Mas foi na Marvel, especialmente em Os Supremos (cuja segunda temporada se encerra neste mês em Marvel Millennium) que deu vazão a seu lado mais pop, tornando-se, ao lado de Brian Michael Bendis, um dos principais roteiristas da "Casa das Idéias".
Millar constrói uma série envolvente não só pelas grandes idéias, mas também pelos detalhes. Mesmo com tantos pontos-chave revelados, a história se sustenta muito bem.
Os diálogos são cuidadosos, espirituosos e energéticos. A história tem consistência: é baseada no papel mitológico de cada personagem dentro da Marvel. Por isso, funciona. E tem tudo para se tornar canônica, ainda mais com a belíssima arte de McNiven, clássica e elegante, que só melhora com as cores de Morry Hollowell.
É uma ótima notícia para o leitor de super-heróis, que anda acostumado com eventos que só têm grandiosidade no número de páginas - como a recém-finalizada Crise Infinita, da DC, mas também a lamentável série Dinastia M, da própria Marvel.
Mas há um lado ruim em uma série ser tão fascinante: ela acaba chamando a atenção da imprensa. Lá fora, Civil War já acabou. E muito de seu enredo foi entregue aos leitores brasileiros via jornais, revistas, sites de notícia e programas de TV.
Nem chega a ser spoiler comentar que o Homem-Aranha vai revelar sua identidade secreta ou que o Capitão América vai ser assassinado no final - são matérias que foram publicadas com destaque em jornais brasileiros.
Não é por acaso que a minissérie ultrapassou com louvor as barreiras do mercado de quadrinhos. Não é de hoje que Mark Millar é um fabricante de notícias fabuloso. Promove a si mesmo e a seus títulos como poucos quadrinhistas o fizeram.
Mas, ainda bem, vai além disso, e se revela um roteirista talentosíssimo. Um dos últimos integrantes da invasão britânica a desembarcar no mercado norte-americano, foi parceiro de Grant Morrison em séries como Aztek e destaque em The Authority (publicado no Brasil pela Pixel).
Mas foi na Marvel, especialmente em Os Supremos (cuja segunda temporada se encerra neste mês em Marvel Millennium) que deu vazão a seu lado mais pop, tornando-se, ao lado de Brian Michael Bendis, um dos principais roteiristas da "Casa das Idéias".
Millar constrói uma série envolvente não só pelas grandes idéias, mas também pelos detalhes. Mesmo com tantos pontos-chave revelados, a história se sustenta muito bem.
Os diálogos são cuidadosos, espirituosos e energéticos. A história tem consistência: é baseada no papel mitológico de cada personagem dentro da Marvel. Por isso, funciona. E tem tudo para se tornar canônica, ainda mais com a belíssima arte de McNiven, clássica e elegante, que só melhora com as cores de Morry Hollowell.
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