Li ontem esse especial que eu tinha comprado na Gibimania há alguns anos a preço de nada. Desde aquela época foi pra pilha de leitura, eu deixava pra lá, até que ontem ela estava bem no topo da pilha de leitura.
Na introdução do álbum tem uma das melhores descrições que já li de histórias em quadrinhos, escrita pelo próprio Federico Fellini. Mais tarde vou transcrever essa definição de HQ dele, que era um apaixonado pelos quadrinhos. Aliás, dizem as lendas que chegou a escrever histórias de Flash Gordon na Itália de Mussolini, quando a importação de quadrinhos americanos foi proibida e as editoras tiveram que dar continuação às histórias publicadas com mão-de-obra local.
Enfim, não há história, propriamente dita, com começo, meio e fim. Quem gosta dos filmes e das narrativas do Fellini se sentirá mais à vontade com os devaneios de uma história que mais parece um sonho, já que as ações ocorrem sem muita lógica e mesmo dentro dessa falta de lógica no final das contas é impressionante ver como tudo faz sentido!
O título da história é perfeito, pois trata-se de uma viagem que os personagens fazem, por vias beeeem tortuosas, e a narrativa em si não deixa de ser uma louca viagem de ácido - ou de peyote, no caso. nOu não!
Enfim, não cabe ficar querendo analisar friamente o roteiro, Fellini era assim mesmo, quem gosta de seus filmes vai curtir, quem não gosta, passe longe.
Ou não. Porque eu ainda não falei do outro elemento dessa HQ: a arte. O Milo Manara fez aqui um dos seus mais belos trabalhos. Dá raiva de tão bem que ele desenha nesse especial! Não sei se foi empolgação de estar trabalhando ele, Manara, com um ídolo como o Fellini, ou com uma proposta nova, de pegar um roteiro de um possível filme que viria a ser realizado (e que já nasceu para não ser realizado) e imprimir em quadrinhos os devaneios fellinianos...
O fato é que ele está desenhando muito nesse álbum. A leitura se torna muito lenta, porque há painéis de meia página, de página inteira que sozinhos consomem muito tempo de admiração.
Busquei por aí no google imagens dessa obra pra vocês mesmos analisarem, e no papel isso tá lindo. Se acharem a edição que a Editora Globo fez, comprem sem medo, pra quem gosta da arte do Manara é um prato cheio. É o tipo de HQ que eu certamente depois pegarei de vez em quando para folhear apenas.
Seguem algumas imagens:
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É muito pouco, mas dá pra ter uma idéia.
Alguém mais leu?
Na introdução do álbum tem uma das melhores descrições que já li de histórias em quadrinhos, escrita pelo próprio Federico Fellini. Mais tarde vou transcrever essa definição de HQ dele, que era um apaixonado pelos quadrinhos. Aliás, dizem as lendas que chegou a escrever histórias de Flash Gordon na Itália de Mussolini, quando a importação de quadrinhos americanos foi proibida e as editoras tiveram que dar continuação às histórias publicadas com mão-de-obra local.
Enfim, não há história, propriamente dita, com começo, meio e fim. Quem gosta dos filmes e das narrativas do Fellini se sentirá mais à vontade com os devaneios de uma história que mais parece um sonho, já que as ações ocorrem sem muita lógica e mesmo dentro dessa falta de lógica no final das contas é impressionante ver como tudo faz sentido!
O título da história é perfeito, pois trata-se de uma viagem que os personagens fazem, por vias beeeem tortuosas, e a narrativa em si não deixa de ser uma louca viagem de ácido - ou de peyote, no caso. nOu não!
Enfim, não cabe ficar querendo analisar friamente o roteiro, Fellini era assim mesmo, quem gosta de seus filmes vai curtir, quem não gosta, passe longe.
Ou não. Porque eu ainda não falei do outro elemento dessa HQ: a arte. O Milo Manara fez aqui um dos seus mais belos trabalhos. Dá raiva de tão bem que ele desenha nesse especial! Não sei se foi empolgação de estar trabalhando ele, Manara, com um ídolo como o Fellini, ou com uma proposta nova, de pegar um roteiro de um possível filme que viria a ser realizado (e que já nasceu para não ser realizado) e imprimir em quadrinhos os devaneios fellinianos...
O fato é que ele está desenhando muito nesse álbum. A leitura se torna muito lenta, porque há painéis de meia página, de página inteira que sozinhos consomem muito tempo de admiração.
Busquei por aí no google imagens dessa obra pra vocês mesmos analisarem, e no papel isso tá lindo. Se acharem a edição que a Editora Globo fez, comprem sem medo, pra quem gosta da arte do Manara é um prato cheio. É o tipo de HQ que eu certamente depois pegarei de vez em quando para folhear apenas.
Seguem algumas imagens:
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É muito pouco, mas dá pra ter uma idéia.
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