
O jovem Miles Morales continua mais incerto do que deveria em relação a seu futuro como o Homem-Aranha. Porém, essa pode ser a única esperança para que sua amiga Lana, a Granada, continue a trilhar o caminho do bem. E, ao mesmo tempo em que os Campeões ampliam suas fileiras, Viv Visão precisa enfrentar um de seus piores adversários — ela mesma!!!
Edições originais: Champions 17; Spider-Man 235-256
76 páginas, R$10,50

O mundo é um lugar pequeno demais para duas Vivs Visão! Os Campeões poderão impedir que aconteça uma verdadeira tragédia? Miles descobriu que seu tio Aaron é o Aranha de Ferro, líder do novo Sexteto Sinistro. Prepare-se para a despedida de Brian Michael Bendis do Homem-Aranha!
Edições originais: Champions 18; Spider-Man 237-240
112 páginas, R$17,90
Campeões: O final de Waid e Ramos deixa um sabor amargo na boca. A impressão que tive é que o roteirista tinha mais planos pra série, mas teve seu ciclo abreviado. Porque não faz sentido ele recrutar novos membros, como fez nas últimas edições (na minha opinião, inchando excessivamente a equipe) e logo em seguida abandonar o barco, antes mesmo de fazer qualquer coisa com os novatos.
Do mesmo modo, não faz sentido o roteirista criar duas Vivs (uma humana e outra robótica) e fazer tudo voltar ao normal logo depois. E olha que o relacionamento do Visão com as duas filhas teve um começo até interessante.
Mas a conclusão foi apressada e broxante.
Miles Morales: A despedida de Brian Michael Bendis de Miles Morales tem coisas boas e outras ruins.
A reunião de um “Sexteto Sinistro” sob a liderança do tio de Miles, Aaron Davis (usando uma versão do traje do Aranha de Ferro) foi legal, assim como toda a trama para roubar um Aeroporta-Aviões, após a extinção da SHIELD. A grandiosidade do plano prende a atenção, além de criar a curiosidade sobre quem compraria um Aeroporta-Aviões.
Achei uma boa o roteirista utilizar Lucia Von Bardas (que, pelo que é dito aqui, apareceu recentemente em Homem de Ferro, que eu não acompanho) e trazer os Campeões pra ajudar Miles no confronto final. Toda a situação envolvendo a regenerada Lana Baumgartner (a Granada) e sua mãe (que insiste em arrastar a filha de volta pra vida do crime) também é muito legal. Mas o roteirista não deixa de fazer suas “Bendices”, como retratar o Duende Macabro como um completo imbecil.
No capítulo final é que o negócio desanda. O desfecho do confronto com os vilões é broxante e a resolução da situação entre Miles e seu tio é porca e preguiçosa. Convenhamos, esse negócio de vilão despencar pra “morte” já deu o que tinha que dar há muito tempo. Impossível qualquer leitor, por mais novato que seja, levar isso a sério.
Acho que Bendis ainda perdeu tempo demais com a tal infecção que acometeu Miles, além de tentar criar suspense com uma situação que não convence. Tudo bem que Miles tem o organismo altrado. Mas esse tipo de coisa deveria ser mais do que rotineiro para os Vingadores. Afinal, quantos heróis com fisiologias únicas não foram tratados pela equipe ao longo dos anos?
Também me incomodou o fato de Bendis deixar algumas situações em aberto, como o plot com Cable e os novos – e inexplicados – poderes de Miles. A situação com a namorada de Miles, Barbara, que ficou chateada ao ouvir o garoto conversando com Ganke sobre Lana também ficou por isso mesmo. E pior: Miles acorda, se recupera da infecção, e sequer faz qualquer menção à namorada.
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