
O Cavaleiro da Lua, usando suas três personas (o mercenário Marc Spector, o milionário Steven Grant e o taxista Jake Lockley) continua protegendo as noites da cidade, mas agora precisará enfrentar o Comitê, que quer vingança! Além de estranhas ameaças sobrenaturais como fantasmas, zumbis criados através do vodu, e do retorno do Homem da Meia-Noite!
Edições originais: Moon Knight #4 a #10
R$24,90 - 164 páginas
Interessante como as tramas seguem uma linha mais “pé no chão”, praticamente abrindo mão de vilões fantasiados, e privilegiando bandidos comuns, como assaltantes, assassinos e mercenários. Achei esta uma saída inteligente de Moench. Afinal, por ser um herói novo, o Cavaleiro nem tinha inimigos. Então, é melhor mesmo colocá-lo contra bandidos comuns, do que inventar vilões buchas a cada edição. Sem contar que esse tipo de coisa combina mais com o personagem, que é um herói essencialmente urbano e sem poderes.
Os únicos vilões fantasiados são o Homem da Meia-Noite e Bushman, que são, respectivamente, um ladrão de arte e um mercenário.
Curioso que Moench já dá umas pinceladas no desequilíbrio do Cavaleiro da Lua (algo que se tornou uma constante nas histórias mais recentes do personagem). O herói dá uma surtada legal, depois que a estátua de Konshu é destruída, tendo, inclusive, dificuldade em gerenciar suas diferentes personas. O assunto não é muito desenvolvido e se resolve até rapidamente (com uma boa sacada de Marlene), mas é legal ver que as sementes de uma característica que se tornou tão marcante foram plantadas lá atrás.
Mas o destaque, claro, é a arte de Bill Sienkiewicz, que já mostrava um traço diferenciado de seus contemporâneos. O arte-finalista Klaus Janson também tem uma grande parcela de contribuição aí. A história de Moon Knight #8 é arte-finalizada por Frank Giacoia e o resultado da parceria é extremamente comum. Ainda bem que Janson volta logo em seguida.

Página mais do que clássica.
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