
Eddie Brock e o simbionte estão reunidos novamente! Mas o que o futuro guarda para eles? Venom será um protetor letal da cidade. ou voltará a ser o sádico vilão cheio de ódio pelo Homem-Aranha? E nada melhor para começar este novo capítulo na história de Eddie do que um grande confronto com Stegron, o Homem- Dinossauro! Conseguirá Venom impedi-lo de transformar todos de Manhattan em sanguinários répteis pré-históricos? Conforme o embate titânico começa, a Menina da Lua e o Dinossauro Demônio surgem para ajudar - mas de que lado o gigante rubro ficará?
(Venom 150-154)
Publicação eventual
Formato 17 x 26cm
136+4 páginas
Lombada quadrada
Capa cartão, LWC
R$ 21,90
Distribuição nacional
APRESENTANDO MAIS UMA...
Após a última edição, onde o simbionte alienígena faz simbiose com um sujeito chamado Lee Price, tenta dominar o submundo do crime e ao final é impedido pelo Aranha com a ajuda do Eddie Brock, agora o simbionte faz parte de quem sempre devia ter sido, Eddie Brock.

A primeira história é uma espécie de "montando o palco" pro Venom, depois de tantos altos e baixos, voltando ao "lugar comum" do personagem, e a relação do Eddie com o simbionte. Não a toa, a edição americana é a de número #150, voltando a numeração original da série do personagem, e dando um novo ponto de partida ao mesmo. É boazinha, mostra um pouco da herança católica do Eddie e ainda é desenhada pela fera Tradd Moore, a única coisa que prestou de fato no novo Motoqueiro Fantasma, nem que tenha sido por um instante. Aqui Tradd Moore também só dá o ar da sua graça pra mostrar que veio.

Na mesma edição comemorativa temos uma história desenhada pelo titular da revista de fato, Gerardo Sandoval, desenhando como foi que o simbionte deixou o Flash Thompson, que por um momento ganhou o simbionte - uma das ideias mais idiotas que eu já vi, mas tem gente que gosta - história bem inútil, mas que serviu para acusar o criminoso: Robbie Thompson, praticamente um escritor fantasma criado na redação da Marvel misturando o nome de dois coadjuvantes do Aranha.

tem uma "mulher-Venom" acompanhando ele, em toda a elegância e graça da arte de Gerardo Sandoval...
Em seguida a gente tem simplesmente a história que MELHOR CARACTERIZA O VENOM DE TODO O GIBI, QUIÇÁ DOS ÚLTIMOS 20 ANOS, simplesmente porque é escrita pelo MESTRE do personagem e quem melhor eu vi trabalhar ele desde então, David Michelinie. Uma época em que os gordões nerdys virgens faziam quadrinhos e por isso a qualidade era altíssima. A história é curtíssima, seis páginas e o Venom aterrorizando uns bandidos num shopping, mas é o suficiente para ter a melhor caracterização do personagem. Desenhado de forma digna pelo Ron Lim, não menos.


Venom injustiçado sendo caçado pelos inocentes que jurou proteger, melhor Venom
O resto do gibi compreende a história que dá título ao gibi, "Ilha dos Dinossauros". Ao contrário do que sugere, o Venom não viaja pra Terra Selvagem ou algo assim, ao invés disso Venom dá de cara com criaturas reptilianas atacando pessoas a esmo, esmurra algumas e descobre que elas tem ligação com a Alchemax. Vai tratar com a Liz Allen, a ex-mulher do Harry Osborn e diretora da Alchemax, e descobre que o responsável é o antigo vilão Stegron, que pegou alguns cientistas da empresa e transformou em repteis. Em troca de ajudar a Alchemax, Venom pede ajuda aos cientistas da empresa para descobrir qual o "problema" com seu simbionte.

Olha, gibi legal, hein? QUEM DIRIA. Legível, divertido. Boa narrativa, diálogo na medida entre as caixas de texto e caixas de diálogo. Nada pretensioso e naquelas de leitura de privada boa e saudável. QUEM DIRIA que o até então horrível Mike Costa, daquela bosta merdorrenta dos finados Gaviões Negros lá nos Novos 52 faria um roteiro... competente? Perceba que não digo que é "ótimo, uau, que gibi", mas você lê e não fica ofendido e até se diverte com a coisa toda (ainda mais que não paguei por ele). Seria um gibi que se eu tivesse pago por ele, não ficaria puto com o dinheiro jogado fora.

Outra coisa que contribui pra qualidade da história: é pá-pum. Tem três partes a história principal. E tá bom demais. Venom descobre o problema, luta contra o Stregon, leva um pau, descobre o problema com o simbionte, conhece a Garota da Lua e o Dinossauro Demônio, juntam-se contra Stregos, algumas peripécias para complicar, prevalecem. Fim. PERFEITO. Não precisou esticar por seis edições intermináveis uma história cretina feito essa. Foi bom o negócio. Menos é mais. Muito mais. Apesar de cretino, a Garota da Lua é uma graça. Mas assim, EM DOSES HOMEOPÁTICAS. Se alguém te oferecer um gibi com ela, mande tomar no cu.

Na arte, Gerardo Sandoval faz um bom trabalho. O estilo dele lembra o Ruimberto Ramos, mas o cara NÃO CAGA NO GIBI PORQUE QUER, ele faz no estilo dele, e até que é bom ao que se propõe. É mais Roger Cruz do que o Ramos. A última história no entanto é desenhada pelo Paulo Siqueira e olha..., não deve nada a qualidade do Tradd Moore no começo da edição, muito bonita a arte. A história é mostrada do ponto de vista do simbionte, bem inventiva na verdade. Olha, MIKE COSTA TÁ DE PARABÉNS AQUI, nunca pensei que iria escrever isso na vida.


é tosco, mas é bom
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