
O mundo dos X-Men arde em chamas quando começa o crossover mutante mais inflamável de todos os tempos. o X-Factor, os Novos Mutantes e os Exterminadores todos sentem o calor infernal com a chegada dos alienígenas invasores de corpos conhecidos como Ninhada. Illyana Rasputin, dos Novos Mutantes, se torna a Senhora do Limbo, mas forças sinistras se preparam para tomar essa pesada coroa de sua cabeça. E ainda: o X-Factor se encontra no meio de um confronto entre duas terríveis forças: Alto Evolucionário e Apocalipse.

Enfim, uma ótima edição... Pelo menos nas histórias referentes a X-men. Chris Claremont fez um trabalho muito bacana na história do Colossus com a Magia. O arco da Ninhada, eu já tinha lido na CHM e continua tão interessante quanto na primeira vez. Agora que estou tendo contato com essa fase Austrália, posso dizer que é uma das minha favoritas. A fase com o BYRNE! é icônica e tudo mais, mas aqui além do roteirista estar "amadurecido" e com roteiros/diálogos melhores, a seleção de personagens é bem interessante com várias personalidades interessantes.
A história do anual também é muito interessante. Bacana a parte em que o tio Chris joga pros leitores a bola de que o filho da moça da Terra Selvagem é do Colossus mas não cai a ficha pro cara

Aliás, tio Chris já tava numa vibe meio zueira nessa época... A piadinha do casal se pegando enquanto os X-men lutam com a ninhada me pareceu até mais engraçada nessa releitura. Também gostei de algumas cenas da Cristal na história do Anual como ela se tocando de que o Longshot sumiu...
Só o back up com o Mojo lá foi bem mediano, mas acho interessante como o roteirista usa o personagem pra zoar o fato de que o título virou uma franquia lucrativa. Acho isso um ponto positivo pro tio Chris: enquanto outros sentem o peso da popularidade de um título desses, o cara abraçou a coisa e até aproveitou pra tirar sarro disso. Bem sacado.
Sobre as demais histórias... X-Factor foi uma leitura decente. Mesmo o back up estrelando a "creche" foi mais tolerável do que em relação ao encadernado anterior.
Novos Mutantes foi relativamente melhor em relação ao anterior mas não sei... Ainda acho que a Simonson deixou os novinhos muito mongóis. Soam mais como crianças abobalhadas. Ela tenta repetir a fórmula de Quarteto Futuro, mas enquanto lá funciona, aqui é simplesmente... Besta e sem graça.
A história também traz uns back-ups relacionados ao Alto Evolucionário (com citações de que a história continua em edições que foram publicadas em edições da moribunda Abril). Creio que sejam parte de algum evento da época ou outra tipo de coisa. Seja como for, mesmo com roteiros do finado Mark Gruenwald, achei um material bem chatinho. Por sorte são curtas.
Em termos de desenhos, os títulos de X-men estão bem servidos com Rick Leonardi, Marc Silvestri e Arthur Adams. X-Factor e Novos Mutantes também tem equipes decentes.
Enfim, uma ótima sequência de histórias.
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