
Imagem cortesia do site Guia dos Quadrinhos postada por usuário EDER EMERSON ARAUJO
A Panini é tão safada e com descaso tão grande que CAGA E ANDA pros seus gibis publicados, não havendo press release oficial de gibi da série do Demolidor e da linha mutante já tem uns ANOS. Se você ir procurar a porra do gibi no site safado deles, onde nem a ferramenta de busca RESPONDE em várias ocasiões, não vai encontrar porra nenhuma porque eles só disponibilizam DEPOIS que os gibis retornam a editora e essa porra ainda está nas bancas.
Então você, lombadeiro pechincheiro safado, pode comprar esse gibi de boa porque ele tem uma história fechada com alguma repercussão cronológica, mas dá um desconto que essa porra de série é publicada tem mais de 50 anos. A história é que o Matt Murdock depois do aumento do judiciário, agora que ele é procurador da Lava Jato sítio New York, quer implementar uma nova jurisprudência fuderosa do piru pra mandar a bandidagem toda pra cadeia, até o Alquimim. Em meio a tudo isso, lá vem os fantasmas do passado na figura do Ponto Cego vir pedir a sua cobrança. E o salário de estágio no fórum. LULA LIVRE!
Como eu tento não ser um preguiçoso safado, pelo menos no quesito gibis, lá vai a sinopse tirada diretamente da contra-capa do gibi:
Depois de todos os sacrifícios que Matt Murdock teve de fazer para guardar novamente o segredo de sua identidade, perdendo, no processo, a mulher que ama e o melhor amigo, ele agora tem um ousado plano para acabar de vez com toda a criminalidade da cidade de Nova York: testemunhar em tribunal, não como um cidadão comum, mas c omo o super-herói Demolidor! Mas seu plano vai provocar a ira do maior líder da criminalidade nova-iorquina, e pode pôr tudo a perder! E ainda: uma viagem à China para reencontrar seu parceiro e aprendiz Ponto Cego! Mas... será que ele ainda é o mesmo?
Este volume de 180 páginas reúne as histórias originalmente publicadas em Daredevil 21-28 com roteiro de Charles Soule e arte de Goran Sudzuka, Alec Morgan e Ron Garney.
(Daredevil 21-28)
Publicação eventual
Formato 17 x 26 cm
180 páginas
Lombada quadrada
Capa cartão, LWC
R$ 26,90
Distribuição nacional
Panini 2º série
Supremo: a história começa com o Demolidor, Luke Cage e Silêncio agindo contra uma unidade terrorista e quase pondo tudo a perder porque vigilantes não testemunham em corte. Devido a decisão jurídica do Matt, agora como procurador da cidade de Nova York, sabe-se lá como, de querer colocar o Demolidor como TESTEMUNHA contra o crime e abrir precedente para fazer isso com tudo que é criminoso em Nova York pra acabar com a "porta-giratória" da Justiça.

Olha..., complicado esse gibi. Não é um gibi fácil, não é sequer um gibi onde existem GRANDES MOMENTOS. Eu ainda digo que em vários momentos ainda foi uma história CHATA MESMO, porque quer colocar aquela "realidade cruel" das leis e do papel no mundo colorido dos super-heróis. A ideia é que juridicamente você ter um vigilante que espanca um criminoso e o deixa pra polícia é TOTALMENTE DUVIDOSA, e é romanceada a questão de você ter uma força externa que "entrega pra polícia os criminosos numa bandeja" e se espera que "criminosos paguem por seus crimes", mas adevogado é um bicho TÃO SAFADO que essa "brecha jurídica" é TOTALMENTE UTILIZÁVEL pra fazer com que os criminosos "que importam" se safem mais fácil do que político com foro privilegiado no Brasil.

Se em termos de narrativa e ação a história é "chatona", em termos de inventabilidade, diálogos e até mesmo originalidade, é uma coisa bem única. Bem diferente e longe de ser "comunzona". Até mesmo como "história de tribunal", eu particularmente creio que seja uma das mais ÚNICAS que existam, onde o Murdock leva até as últimas consequências, levando o grande caso ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ENFRENTANDO O GILMAR MENDES DOS ESTADOS UNIDOS!

o maior inimigo do Murdock na história: o adevogado LEGAL, do time de adevogados do KAKAY aqui no Bostil - toda a justiça pros mensaleiros e petroleiros, esses coitadinhos
É pela primeira vez, ou ao menos a primeira vez que eu vi, um autor de gibizinho infanto-juvenil trazer a questão a um novo patamar, ao patamar jurídico-processual REAL que existe se houvesse uma entidade esmurrando supertraficantes e mafiosos por aí. Neste quesito o gibi é excelente e se sobrepõe aos demais. Então temos um meio termo aqui. Enquanto a história pode ser considerada tediosa em um sentido, por outro é algo bem inovador e ousado, do seu autor, Charles Soule.

Confesso que a história é mesmo meio "cacetinho", mas é uma boa leitura. A história definitivamente tem aquele "algo a mais", só a junção que não ficou tão legal. Tá faltando drama e tem "juridiquês" em excesso. E eu ainda tô lendo um gibi e não uma peça jurídica, se tivesse, não tava aqui fudido e mal pago com dívida de gibi. Tem umas lutas pontuais envolvendo a Mulher-Hulk e o Lápide (aliás, a conclusão com o Lápide é sensacional


OBJECTION! OVERRULED!
Enfim, uma história que pode até ser arrastada e algumas vezes dá sono, cheio de texto que não contribui com a narrativa. Definitivamente o ponto mais baixo do Soule no título. Mas em termos de ousadia e inventividade do autor, além de uma BOA narrativa (a história pode ser chata, mas nunca é "travada") e diálogos inspirados, é um gibi que de forma alguma é intragável ou difícil de digerir. É até interessante em ver se VAI HAVER ALGUMA REPERCUSSÃO no resto do Universo Marvel por causa de uma história IMPORTANTE como é esta, embora num nível puramente institucional do universo, o que é difícil de se ver habitualmente. O Charles Soule é como se fosse o Tite do Demolidor. Na arte, colaboram Goran Sudzuka num traço mais firme e grosso que o normal (excelente) e o frescor da novidade do Alec Morgan, muito bons.

esse filha da puta do Foggy "só" teve o câncer curado pelo Demolidor e faz cu doce proque o Demolidor não contou pro amiguinho sua identidade
Terra de Cego: pra finalizar o gibi temos uma história em três partes mais "pé no chão" no campo dos super-heróis, um ambiente mais familiar e sem muita ambição. Chamado por uma mensagem que recebe a irmã do Ponto Cego, o Demolidor viaja a China em busca de seu companheiro, mas termina entrando numa fria. Uma "volta ao feijão com arroz" do personagem, embora ainda mude o cenário totalmente do personagem. Lembra Karatê Kid 2.

É uma história até banal, mas é bem legal ver o Ponto Cego de volta a ação e uma espécie de "origem" do personagem, "abrindo os olhos", com o perdão da expressão, do Demolidor para a realidade dos outros. Mesmo sendo banal, a história não ofende, e é sempre bem divertido ver o Demolidor enfrentando ninjas e ainda coroada pela arte exuberantemente dinâmica do Ron Garney. O final dá um gancho filha da puta pra série do Demolidor.

essa porra de Demolidor ganhou de volta o PRESENTE de ter a identidade secreta de volta de maneira inteligente e não se aguenta e já se revela pra todo mundo
Editorialmente o gibi está bem, não vi nenhum erro ortográfico ou gramático digno de nota e que não seja para a fluência da leitura. Ao final da edição, capas originais e ainda algumas alternativas. O que fizeram questão de FODER foi as letrinhas pequenas com a edição original americana e a data que foi publicada: tem história que não tem essa indicação (edição #27), umas duas com a indicação de "setembro" e TRÊS com indicação de "agosto", erroneamente. As edições aqui publicadas compreendem o que foi publicado QUINZENALMENTE entre Junho e Outubro em 2017 nos Estados Unidos, como pode ser visto no site oficial da Marvel, aqui.
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