
A Supergirl anda bem ocupada. Além de tentar se ajustar à vida como uma super- heroína da Terra, ela também tem que equilibrar suas atividades como a estudante colegial Kara Danvers e o trabalho com Cat Grant. Isso sem contar o fato de Kara estar auxiliando o Departamento de Operações Extranormais a rastrear refugiados kryptonianos. E com tanta coisa rolando, mal dá tempo para pensar no futuro. Mas quem tem tido tempo de sobra para planejar são os Cinco Fatais, que acreditam que, em breve, a Supergirl cometerá um deslize que acarretará em uma grave tragédia. E planejam detê-la antes que isso aconteça!
Edições originais: Batgirl Annul #1; Supergirl #7 a #11
140 páginas, R421,90
O arco principal mostra Kara e Bárbara trabalhando juntas para resgatar um telepata de um laboratório secreto do Cadmus, o que leva as duas a enfrentar Xa-Du (um criminoso kryptoniano) na Zona Fantasma. De modo geral, é um arco divertido, que aproxima as personagens e traz uma cota variada de desafios: invasão ao Cadmus, um ataque inesperado em National City e a mencionada treta na Zona Fantasma, que se torna o mote principal do arco.
A luta com Xa-Du não tem lá momentos de grande destaque, e o que se sobressai mesmo é a parceria entre Supergirl e Batgirl, que mostram uma boa interação. Mas eu curti – de um modo bizarro – o lance de a armadura do Xa-Du ser feita a partir dos corpos derretidos de outros prisioneiros da Zona Fantasma. O arco também deixa algumas pontas, como o gancho final e os inimigos atacando Kara por algo que ela fará no futuro.
Além do arco principal, há uma parceria com o Superman e uma história que retoma o caso Lar-On (o kryptoniano egresso da Zona Fantasma, que se transforma em um tipo lobisomem), apresentado em Supergirl – Volume 1.
O encontro com o Superman é uma “água com açúcar” interessante, por significar um estreitamento de laços entre a Superfamília. E é legal ver o Superman bancando o “irmãozão” para Kara, bem como a aproximação da guria com Lois e Jon. Pra quem reclama do Superman Doriana... E é curioso ver o Azulão tentando explicar a Kara todo o “angu” com Mxyztptlk. Decididamente, tem coisas que é melhor não tentar explicar demais.
A trama com Lar-On tem uma pegada mais séria, com Kara mergulhando na psique do colega kryptoniano, para tentar ajudá-lo. A ideia de a metamorfose de Lar-On ter uma origem psicológica (fugindo do lugar-comum da luz da lua) é bacana. Já a história do garoto que perde a mãe e sofre com o pai desgraçadamente rigoroso é bem clichê. A arte cartunesca e “fofinha” de Matias Bergara também não ajuda, porque não combina nadinha com a temática do roteiro.
Falando em arte, Brian Ching mostra seu traço estilizado e cartunesco (mas sem a “fofura” de Bergara), que cai muito bem para uma personagem adolescente como Kara. Mas quem mais me agradou mesmo foi Inaki Miranda, responsável pela arte do anual da Batgirl, que tem um traço mais convencional que seus colegas.
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