
Com a questão do seu passado em Themyscira finalmente encerrada (e não sem muita luta e lágrimas), tudo muda na vida da Mulher-Maravilha! Descubra para onde ruma agora a maior heroína do Universo DC.
68 páginas, R$ 7,50
(Wonder Woman 26-27, Wonder Woman Annual 1 II e III)
A primeira parte do arco é, com alguma boa vontade, ok. Temos Diana participando de missões da ONU e interagindo com pessoas da organização. Tem também cenas em flashback da infância da Mulher-Maravilha, que a gente imagina que vá servir para alguma coisa. Tipo, não é nada demais, mas também não ofende. Vale, ao menos, o benefício da dúvida.
Já a segunda (e – Amém! – última) parte do arco ofende sim. E muito. De repente, não mais que de repente, é revelado que a sonsa da médica da ONU passou descobriu que o DNA da Mulher-Maravilha pode ser a chave para a cura de sua doença. Assim, a médica rouba uma amostra do sangue de Diana e injeta o DNA da amazona em si mesma. E o que acontece? A médica vira uma Mulher-Hulk genérica louca da vida com nojinho de super-heróis, e parte para cima de Diana.
Completando o pacote, depois de uma luta que dura dois segundos, temos uma típica conclusão PORQUE SIM. A médica ficou fortona por causa do DNA da Mulher-Maravilha (ou seja, a médica sofreu uma alteração genética), mas Diana reverte a parada com seu Laço da Verdade, porque a mutação era uma mentira. Sério, o laço da Mulher-Maravilha agora é capaz de desfazer alterações genéticas mentirosas. Parabéns, Sra. “roteirista” Shea Fontana.
Ah! Lembra das cenas em flashback mostrando a infância de Diana? Pois é. No final das contas, não servem pra porra nenhuma, já que elas simplesmente não se conectam com os eventos do presente. Ou seja, serviu apenas ocupar espaço.
Este arco deveria ser usado em aulas de roteiro, como exemplo de como NÃO escrever um roteiro de quadrinhos.
Pra completar, os desenhos de Mirka Andolfo são sem graça ao extremo.
Depois, temos duas histórias curtas, oriundas do anual da heroína. As histórias seguem aquele esquema que estamos cansados de ver: escritores e artistas convidados criam pequenos contos com a personagem. Na primeira história, Diana vai até a Markóvia, impedir que o governo local execute o Tubarão Rei. Na segunda, a Mulher-Maravilha tenta ajudar um amigo, vítima de uma maldição.
Dentro de sua simplicidade e limitações, essas duas histórias conseguem melhores que o arco principal, além de contarem com uma arte muito mais interessante.
No final das contas, é o que acaba salvando a edição.
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