
A guerra entre o Charada e o Coringa mal começou, e os demais criminosos de Gotham City têm de escolher um lado. Batman agora precisa se forçar ao máximo para impedir que as consequências dela respinguem nos cidadãos inocentes.
(Batman 26-27)
Publicação mensal
Formato 17 x 26 cm
48+ 4 páginas
Lombada canoa
Capa couché, LWC
R$ 7,50
Distribuição nacional
Panini 3ª série
MERMAUM, QUE GIBI É ESSE, MEU VÉÉÉÉI, QUE GIBI DO CARAAAAALHO É ESSE... . Não, não, não, pára, pára, pára. Pára.


ISSO FOI MUITO DO CARALHO. A primeira parte mostra a Guerra entre Charada e Coringa se desfraldando e com os vilões escolhendo lados. Tudo é contado de forma episódica e passageira, não é natural, mas é econômico. Por exemplo, mostra a narração em off de uns comentários na TV sobre a guerra enquanto temos duas splash-pages do MIKE JANIN FAZENDO MÍSERA mostrando quem tá de cada lado. Não precisa mostrar tin-tin por tin-tin porque o leitor já tá acostumado com isso e o leitor de primeira viagem tá com a cabeça no twitter e facebook e não vai prestar atenção se a narrativa não for dinâmica que nem mostrado aqui.

Outra coisa que quero endereçar para não parecer um doido que reclama de um lado e não de outro. O gibi começa com uma página com o Coringa fazendo uma crueldade indizível, mas que não é mostrada escancarada e nem pornográfica. É sútil. E funciona porque primeiro é o Coringa e segundo que durante TODA A EDIÇÃO o roteirista fica mostrando justamente a crueldade dos atos perpetrados pelos dois sociopatas na Guerra e HUMANIZANDO as vítimas para que consiga o efeito mais de se PENALIZAR do leitor do que o asco puro pelo ato infâmio. De fato, o gibi termina de maneira POÉTICA mostrando que o Batman sabe TODAS AS VÍTIMAS e COMO MORRERAM desde então. A gente lê essas revistas e pensa que ali são todos personagens numa história e que não tem nada de mais o Coringa ou qualquer outro matar uns aleatórios, o que deixa a gente apenas menos sensível a realidade cotidiana. Tom King com presteza e maestria volta isso a favor de sua história. Contraponto ao desserviço que uma certa imitação de escritora fez com algo publicado a pouco narrando imaturidades e desumanidades perpetrada por um personagem tão imbecil de nome "Fuça". Uma puta safada.


Bicho, na moral. Obra prima. Quem disse que acha ruim ou não gostou de Guerra de Piadas e Charadas é porque não entendeu, na moral. Que gibi do caralho. Como se essa história fosse pouca merda, ainda temos a origem MAIS FILHA DA PUTA de vilão que você vai ver por aí em algumas décadas. Outra amostra de como funciona economia de roteiro, com o King mostrando apenas os fatos que interessam e deixando os pormenores da guerra de lado. Algo que a última vez que vi decente em quadrinhos foi em Crise Final e de forma porca, mas que estava lá em Guerras Secretas de Jonathan "falsiê" Hickman. Um puto safado.

Depois dessa história você vai achar o Homem-Pipa um dos personagens mais profundos da galeria do morcego. Gibizão. Arte cinematográfica de Clay Mann. Como nem tudo pode ser perfeito, tacaram um poster com arte do Tony Daniel no miolo da revista. É de chorar de felicidade o quanto esse gibi é bom. Obrigado, Manitu.

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