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[AVALIAÇÃO] Hellblazer Condenado Vol. 1: Sepulcro Vermelho (MIKE CAREY)

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  • [AVALIAÇÃO] Hellblazer Condenado Vol. 1: Sepulcro Vermelho (MIKE CAREY)


    John Constantine, Hellblazer: Condenado Vol.01

    R$27,90

    Depois de passar um ano e meio conhecendo os recantos mais obscuros dos Estados Unidos, John Constantine voltou ao lar para juntar os cacos do arremedo que chama de vida. O porto de chegada não poderia ser mais propício: a paisagem decadente e a atmosfera de desespero de Liverpool combinam perfeitamente com o estado de espírito atual do mago.
    Mas ele nem bem pisou em terras inglesas e já precisa encarar uma ameaça necromante cujo epicentro está localizado no prédio da irmã. E, pior, precisa lidar com o fato de Gemma, a sobrinha, estar seguindo seus passos! No afã de aprender o ofício do tio, a jovem foi até Londres e se envolveu com predadores que sentiram o cheiro do sangue da família Constantine que corre nas veias dela. Tudo isso enquanto precisa partir em busca de um misterioso artefato. bem-vindo à Inglaterra, Constantine!

    Este encadernado marca o começo da republicação da fase de MIKE CAREY (LÚCIFER, O INESCRITO), com desenhos de MARCELO FRUSIN (LOVELESS - TERRA SEM LEI) e participação especial de STEVE DILLON (PREACHER) e JOCK (OS PERDEDORES). Esta edição traz as publicações originais Hellblazer 175 a 181, em 176 páginas.




    Não achei tópico de avaliação disso aqui, se tiver por ai, escusem-me.

    Eu não havia lido a fase do Carey, malmente passei as vistas em uma coisa ou outra na época da finada Vertigo Magazine, como gosto de ler "de vez" acabei esperando, e nunca fazendo. Por uns comentários esparsos que vi do pessoal aqui parece que costuma ser descrita como uma fase um tanto irregular, e abaixo do Jenkins, Ennis e Delano.

    Só li esse primeiro encadernado até agora, já passarei ai seguinte, serão ao todo 6. Por esse primeiro eu diria que já me agrada mais que a fase do Jenkins.

    A primeira história em 2 partes (O Barato da Vida) é uma espécie de prelúdio pra história maior que dá nome ao encadernado, ou até desconfio eu um prelúdio da própria fase como um todo, já que ele retorna a uma série de elementos naturais do Constantine, muitos totalmente em desuso pelo Azzarello e acho que até um tanto distantes também na curta passagem do Ellis.

    Essa primeira história já localiza de volta o personagem a Inglaterra, em contato com sua família, sem problematizar demais a ideia de que teria sido dado como morto. É introduzida uma personagem nova, de uma forma um tanto aleatória, mas a historia como um todo é interessante e planta coisas boas pro que segue.

    Sepulcro Vermelho é a história principal do encadernado, e ai várias coisas são retomadas, o próprio Chas retorna, personagens bem interessantes de fases antigas como o Map (um puta conceito na minha opinião, que salvo engano é coisa do Jenkins), Clarice, as redes de ocultismo, os relacionamentos de Constantine, todos amarrados com participação da sobrinha dele, arrastando a família novamente pros problemas do personagem, como já se viu em outras vezes.

    Gostei bastante da história, a dinâmica é interessante, o personagem aparece jogando com vários lados, manipulando-os dentro de um fio que faz sentido, sem soluções muito simples ou pouco coerentes. Só me pareceu absolutamente estranha a tentativa de participação da personagem nova introduzida no arco anterior, meio sem conteúdo, sem acrescentar o que valha, talvez algo se desenvolva mais pra frente?

    A última história ainda conversando com consequências das histórias anteriores, e retomando já um gancho pra subsequentes. Trabalha um conceito interessante (o espirito agindo e não o corpo) mas não é nada demais. Cumpre seu papel talvez, de passagem de um arco a outro.

    A arte pra mim não funciona tanto, seja por achar que a arte que realmente caracteriza o personagem é o que se fez nas fases do Delano e do Ennis - e olha que o Steve Dillon tá aqui de novo - seja por não entregar nada muito digno de nota em nenhum aspecto. Aí talvez seja até mais um sintoma do tempo, acho que na altura dessas histórias, já em 2002, a Vertigo já tinha uma cara bem diferente, uma pegada que fica muito marcada no campo da fantasia com Fábulas, que é uma série da mesma época.

    A arte da última história é especialmente decepcionante, com a caracterização daqueles 3 demônios numa pegada praticamente anime, péssimo, talvez uma semente do Constantine dos Novos 52 aparecendo pra aterrorizar desde cedo.

    E a panini segue a sina de geralmente escolher a capa mais desinteresse entre as que tem pra colocar na frente do encadernado.
    Outras questiúnculas editoriais, eu não notei.

    Enfim, gostei bastante do encadernado, acho que é o tipo de coisa que com um outro tipo de arte se consagraria muito bem.
    Let´s put a smile on that face!!!

  • #2
    Bacana, mas o mais fraquinho que li (ellis e origens).

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    • #3
      também acho a fase mais fraca do constantine
      a anterior também era bem ruim, mas pelo menos o azarello tava no foda-se.
      Giovanni Giorgio

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      • #4
        a véia VAMPIRA de almas é uma boa

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        • #5
          Este encadernado é uma "volta ao baqui to basics" do Constantine, sem as metáforas """"""""""""""""""""""""geniais""""""""""""""" "" do Azzarelo.

          Foi uma boa história, e não tinha tópico próprio, amigo. Valeu aê;

          Depois comento com mais nuances, mas é uma boa história. Não achei "fraca"

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          • #6
            gosto pra caramba desse run
            fotografia é desenho de luz

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            • #7
              Esse arco do Sepulcro Vermelho ficou melhor nessa releitura, lendo-o de uma vez só. Quando saiu lá atrás, na mensal Vertigo, foi super arrastado de acompanha-lo mês a mẽs.
              Vamos ver se essa impressão continua pro restante da fase Mike Carey.
              A nova geração.

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              • #8
                Postado originalmente por morto muito loco Ver Post
                gosto pra caramba desse run
                fale mais

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                • #9
                  Postado originalmente por Daft Flores Ver Post
                  Esse arco do Sepulcro Vermelho ficou melhor nessa releitura, lendo-o de uma vez só. Quando saiu lá atrás, na mensal Vertigo, foi super arrastado de acompanha-lo mês a mẽs.
                  Vamos ver se essa impressão continua pro restante da fase Mike Carey.
                  Eu acabei de ler o segundo encadernado. E tem histórias ali que são praticamente impossíveis de ler "mes-a-mes". E outros elementos do que o Carey vem colocando também me parece que se beneficiam de uma leitura contínua.
                  Let´s put a smile on that face!!!

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                  • #10
                    Postado originalmente por morto muito loco Ver Post
                    gosto pra caramba desse run
                    Curto bastante esse run também.
                    Seek & Destroy

                    Tópico de negociatas:
                    http://www.mbbforum.com/mbb/showthread.php?32782

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                    • #11
                      Postado originalmente por luizsidi Ver Post

                      fale mais
                      não é aquele dos vampiros q saiu numa dessas Vertigo alguma coisa da PANINI, junto com aquele gibi magavilhoso do Sean Murphy com o Grant Morrison?
                      lembro q curti muito, mas teria q reler pra postar uma resenha relevante
                      fotografia é desenho de luz

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                      • #12
                        Se é Careyzaço é bom.
                        A regra é bastante simples.

                        Comentei lá no tópico de última leitura.
                        Não sabia que tinha tópico.
                        “Back like lateral passin'
                        With that motherfuckin' gladiator manner of rappin'
                        As an addict I let percocets and xannies relax me
                        Fall back if your paddies is Maxi, please”

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                        • #13
                          não é o que a sobrinha do constatine está sendo usada e mimimi? se for, acho chato porque pela milésima vez criam uma mitologia alternativa pro constantine com dezenas de personagens que participam da vida dele desde a infancia só que nunca tinham aparecido antes, todo mundo já fez isso, chega uma hora que só funcionaria se pra cada escritor existisse um constantine de um universo alternativo.
                          Giovanni Giorgio

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                          • #14
                            é essa mesmo

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                            • #15
                              Rapaz, depois daquela DIARREIA que foi os últimos encadernados da fase do Azareca, esse retorno do Constantine é uma bálsamo. Carey entrega uma volta digna ao personagem ao seu local e faz histórias que não saem muito do quadradinho, só se preocupam em ser boas e nada mais. A primeira é uma história curta envolvendo magia e coisas escrotas inglesas que todo mundo gosta. Lembrando que o gibi é vendido para o mercado americano, então precisa vir aquela mitologia de "cidade suburbana inglesa". Mas o clima é bem legal. Steve Dillon em grande forma antes de beber até morrer desenhando gibi ruim pra Becky Cloonan na Marvel. Tem uma hora que tem até uma página cheia com o Constantine usando o sobretudo como se fosse sua capa.




                              Já a segunda história com o arco principal "Sepulcro Vermelho", Carey tenta dar um ar de novidade as histórias do Constantine inserindo uma comunidade mágica bem ativa na Londres e coloca uns capangas com armas na história. Achei bem sacado e até faz algum sentido quando se precisa enfrentar demônios saindo do inferno às vezes, mesmo é claro sendo uma extrapolação da "magia sútil" que estamos acostumados, mas o que é regra prum gibi do Constantine?


                              disparam uma FIREBALL contra Constantine


                              Leitura interessante. Uma pena que na maioria dos inimigos do Constantine são BURROS ou o deixando escapar de maneira patética ou então tomando atitudes que favorecem a conveniência do roteiro, mas nada que estrague a história. Marcelo Frusin também está BEM MELHOR na arte, longe da influência dos roteiros onde se pedia para "desenhar Coringas ameaçadores" nas histórias. No final tem uma história desenhada pelo Jock onde Constantine precisa enfrentar três demônios. Pouco inventiva, mas também nada que ofenda o leitor.




                              Um bom gibi do Constantine que desinfeta depois daquela bosta de arcos finais do Azeleija


                              Postado originalmente por Lucien odeia Booktubers Ver Post

                              Gostei bastante da história, a dinâmica é interessante, o personagem aparece jogando com vários lados, manipulando-os dentro de um fio que faz sentido, sem soluções muito simples ou pouco coerentes. Só me pareceu absolutamente estranha a tentativa de participação da personagem nova introduzida no arco anterior, meio sem conteúdo, sem acrescentar o que valha, talvez algo se desenvolva mais pra frente?

                              A última história ainda conversando com consequências das histórias anteriores, e retomando já um gancho pra subsequentes. Trabalha um conceito interessante (o espirito agindo e não o corpo) mas não é nada demais. Cumpre seu papel talvez, de passagem de um arco a outro.

                              A arte pra mim não funciona tanto, seja por achar que a arte que realmente caracteriza o personagem é o que se fez nas fases do Delano e do Ennis - e olha que o Steve Dillon tá aqui de novo - seja por não entregar nada muito digno de nota em nenhum aspecto. Aí talvez seja até mais um sintoma do tempo, acho que na altura dessas histórias, já em 2002, a Vertigo já tinha uma cara bem diferente, uma pegada que fica muito marcada no campo da fantasia com Fábulas, que é uma série da mesma época.

                              A arte da última história é especialmente decepcionante, com a caracterização daqueles 3 demônios numa pegada praticamente anime, péssimo, talvez uma semente do Constantine dos Novos 52 aparecendo pra aterrorizar desde cedo.

                              E a panini segue a sina de geralmente escolher a capa mais desinteresse entre as que tem pra colocar na frente do encadernado.
                              Outras questiúnculas editoriais, eu não notei.

                              Enfim, gostei bastante do encadernado, acho que é o tipo de coisa que com um outro tipo de arte se consagraria muito bem.
                              Cara, eu gostei do encadernado também, mas por motivos diametralmente opostos ao seu!

                              A história é realmente boa, mas não é porque ela é "inteligente" ou "mostra o Constantine manipulando de vários lados", até porque, vamos combinar, QUE POVO BURRU DUM CARALHO, pra lidar com o Constantine! Tinha vários momentos lá que o gordão careca marcou muita bobeira.

                              Eu achei bom porque foi justamente uma volta ao "lugar-comum" do personagem. O habitat natural do Constantine. Ele só se deu bem porque a maioria dos caras com quem lidou foi burro demais ou pra não meter uma bala na cabeça dele ou por não tomar maiores precauções. Mas isso é questão de gosto. O roteiro da história é bom, e entregou ação e emoção na medida. Mesmo que o Carey não esteja exatamente inventando a roda aqui. Às vezes a gente só quer ler o bom e velho feijão com arroz mesmo, sem muitas pretensões. Contanto que seja bem feito.



                              Agora o que mais discordo é em relação a arte.

                              Steve Dillon tá MUITO BOM aqui, mais detalhista. Quem pega um gibi desses e compara seus últimos trabalhos pra Marvel, já sem vontade, naquela BOSTA DE GIBI DO JUSTICEIRO DA BECKY CLOONAN, vai ver. Aqui o cara tá mais detalhado, a narrativa tá melhor. Tá até mais bonito de ver.




                              E em relação ao arco principal, que é do Marcelo Frusin, O MESMO DA FASE DO AZZARELO, eu notei de quem é a culpa de todo mundo aparecer rindo igual ao Coringa na fase do Azzarello. ERA DO AZARECO MESMO, AQUELE FILHA DA PUTA, que mandava o cara colocar "bota um sorrisinho, assim, tipo o Coringa aí nessa cena", que fazia o cara desenhar todo mundo com a MESMA EXPRESSÃO DE SABICHÃO SEMPRE. É só folhear aqui e vejo que cada personagem tem MAIS DE UMA EXPRESSÃO já é um alívio. O Frusin até faz "expressão Coringa" uma vez ou outra, mas é porque ainda tava se desintoxicando do roteiro do Azzarelo, o bichinho.




                              Já a arte do Jock não sou fanzoca, mas ruim não é. O design dos monstros podia ser melhor mesmo, concordo.

                              Até a capa eu achei interessante, com o Constantine com uma putinha do lado. Eu me perguntava "Quem é essa putinha gostosinha?" Só lendo que ficamos sabendo que é a sobrinha dele.


                              Postado originalmente por Louxas Ver Post
                              não é o que a sobrinha do constatine está sendo usada e mimimi? se for, acho chato porque pela milésima vez criam uma mitologia alternativa pro constantine com dezenas de personagens que participam da vida dele desde a infancia só que nunca tinham aparecido antes, todo mundo já fez isso, chega uma hora que só funcionaria se pra cada escritor existisse um constantine de um universo alternativo.
                              Cara, isso não acontece nesse gibi não. A Gemma, a irmã do Constantine e o cunhado dele aparecem desde que eu me lembre na fase do Ennis, e até lá mostrava uma história que a Gemma queria se envolver com magia.

                              Os personagens do "círculo de magos" que existe não são exatamente da "infância" do Constantine, é só uma pena alguém nunca ter falado que eles EXISTIAM naquele universo, mas é preciso relevar isso (nesse caso, você tem razão mesmo), até porque não é algo totalmente fora de sentido. Você não queria algo novo? Aqui está, magos com tiroteio.
                              Last edited by Pato_Osborn_Olsen; 28-05-2020, 12:26 AM.

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