
O DEMOLIDOR ESTÁ MORTO. O antigo Homem Sem Medo sucumbiu a graves ferimentos sofridos em um acidente. Mas a Cozinha do Inferno, a vizinhança defendida pelo Demolidor, ainda permanece um local de heróis. e vilões. Agora, os amigos e aliados de Matt Murdock terão de aprender a viver sem ele! Foggy Nelson lamenta a morte de seu amigo. assim como fazem as muitas mulheres que o amaram. Seus aliados das ruas, os Defensores, tentam ocupar seu vazio. E Wilson Fisk, antigo Rei do Crime, atual prefeito de Nova York, comemora sua vitória. Mas quem é a presença misteriosa avistada nos telhados da Cozinha do Inferno? Sem o Diabo para protegê-la, terá o inferno tomado de assalto a cidade que Matt tanto ama?
(Man Without Fear 1-5)
Edição especial
Formato americano (17 x 26 cm)
112 páginas
Papel couché
Capa Cartão, Lombada quadrada
R$ 19,90
Distribuição nacional
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Depois da edição anterior onde fomos agraciados com o "sonho" molhado do Demolidor depois que levou uma porrada de um caminhão, fazendo alusão a vez que recebeu o isótopo radioativo na cara para salvar um velho e de lambuja ganhou seus poderes, agora somos presenteados com a história de superação do Demolidor do acidente. Eu realmente pensei que o final do run do Charles Soule seria nesta edição, mas não. A edição anterior foi o final mais escroto publicado... recentemente (não vamos exagerar, tem muita coisa pior) e de certa forma foi um dedo no cu do leitor pra culpar a editora que cortou os seus projetos no meio do run. E depois do dedo no cu do autor agora temos o dedo no cu da editora achando que a gente quer saber como o Demolidor vai se superar do atropelamento.

Demolidor devia ter lido o gibi que o canal "Quadrinhos e Tal" recomendou, "Autocracia" sobre essas porra de atropelamento que ele é vítima o tempo todo. O carro é uma arma!
No gibi acompanhamos o Matt por cinco capítulos enquanto ele chora pelo atropelamento que sofreu e como ele supera, onde cada um dos coadjuvantes aparece perante ele e faz com que se lembre de algo do passado. Enquanto no primeiro capítulo ele fica nessa viagem de "vida e morte" que não convence mais ninguém, nos capítulos seguintes vemos ele interagindo com Krinsten, a namorada esquecível do Demolidor que inexplicavelmente os autores ficam pagando pau (Soule teve a decência de nem colocar ela nas suas páginas) e por sua vez faz lembrar do caminhão de mulher que o Demolidor comeu. Vemos ele interagindo com Daniel Rand, Luke Cage e Jessica Jones e lembrando de uma aventura com os Defensores, até o Rei do Crime vai o visitar no hospital!

DEFENSORES vs. FOOLKILLER! O gibi que você não sabia que queria ler, até você ler e descobrir que não era bem isso que você queria.
Olha, por incrível que pareça esse gibi NÃO É UMA MERDA! Muito pelo contrário, considerando a situação difícil, por assim dizer, que Charles Soule e a Marvel nos deixou, acho que o roteirista Jed MacKay TIROU LEITE DE PEDRA DA SITUAÇÃO! Não é que seja uma história boa, ou que valha a pena ler, mas pelo menos RUIM ELA NÃO É. Digamos que ela foi competente. Um gibi correto que cumpre o que promete e ainda trabalha nos termos onde o personagem foi deixado, mas pra que essa história serve mesmo, hein?

O que me deixou mais desapontando foi a arte do encadernado, principalmente do brasileiro Danilo Beyruth que desenha o primeiro e último capítulos. Eu nunca havia visto o trabalho do artista, mas do cartaz que faziam do "O Eternauta" eu pensei que fosse algo com uma arte bacana, mas se tirar por essas páginas do Demolidor... ô negócio borocochô (na arte) deve ser. Os outros que estão nessa bandana também sequer são dignos de nota. Encadernado mediano que o leitor do Demolidor pode pular sem dó e ir pra próxima fase, do aclamado e competente Chip Zdarsky.

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