
Roteiro: Victor Gischler - Arte: Roberto Castro
OS LENDÁRIOS HERÓIS DA ERA HIBORIANA ESTÃO MAIS UMA VEZ REUNIDOS!
Sonja, a feroz Mulher Demoníaca de espada em punho. Conan, o inabalável bárbaro da Ciméria. Os dois lendários heróis da Era Hiboriana estão mais uma vez reunidos, comandando um exército mercenário formado para combater um feiticeiro maligno.
Com espadas na mão e homens leais ao seu lado, Sonja e Conan julgam-se mais do que capazes de derrotar Kal'Ang, um ambicioso herbalista cujo poder reside em experimentos com a Raiz de Sangue... Mas mal sabem eles que uma sombra do passado retornou, um inimigo ao mesmo tempo familiar e temível, cujo objetivo secreto nada mais é do que a divindade!
Edição de luxo em capa dura
Formato 17 x 26 cm
116 pags - cor -
Papel couché, lombada quadrada
R$ 54,90
Distribuição em lojas especializadas, comic shops,
grandes magazines e site da editora
É muito difícil achar uma história de capa e espada que seja "ruim" porque no geral é um dos gêneros mais fáceis e óbvios de se retratar e com um público que literalmente aceita qualquer merda: é só colocar um protagonista porradeiro, muito sangue, muita porrada, algumas mulheres gostosas e um desafio que se preze. Nesse sentido este Red Sonja/Conan - Sangue Divino parece seguir todos os pré-requisitos, e ainda tem um plot-twist (na verdade, mais uma revelação) em seu final, mas é uma das histórias mais insossas e desinteressantes que já li.

Nossa história começa mostrando o mago da corte no reino de Koth cobiçando o presente de um príncipe desbocado. Essa introdução com o príncipe e falando do pai dele não dá em porra nenhuma, foi só um motivo para que o tal mago, o herbalista Kal'Amg conseguindo a tal da semente da raiz de sangue, que será um elemento da história, porém nada que se aproveite em seu roteiro (a semente não tem função de conduzir a história nem nada, só dão obstáculos para Conan e Sonja enfrentarem). Daí então adiantamos a história em anos no futuro para mostrar um rei em Kush reunindo um exército mercenário para dar cabo do mago, com nossos protagonistas entrando na história.


Daí então a história segue por caminhos óbvios..., o mago manda uns agentes enfrentarem o bárbaro e a ruiva, tomam no cu. No dia seguinte tem a grande batalha, tomam no cu. Aí Conan e Sonja vão até o castelo do mago, geral lá dentro toma no cu, exceto por um guarda que foi esperto o suficiente pra contar a história triste do reino dominado pelo mago. Aí o mago toma no cu, e uma grande revelação ocorre. Não sei nem se comentar isso de uma história chinfrim dessas pode ser considerado "spoiler".


A história não é necessariamente "ruim", ela é até bem narrada. Foge do óbvio em alguns momentos (a transição da edição #1 para a história seguinte é bem boa), e como dito antes, o leitor de material de "capa e espada" não tá interessado exatamente num "Alan Moore" quando lê esse tipo de história. Porém o gibi certamente carece do fator "diversão" que é tão bem apreciado justamente em histórias onde não se precisa "pensar muito".

Na arte, Roberto Castro faz um trabalho... apresentável. Não é nenhum deuso da narrativa, mas consegue fazer a Sonja bem gostosa, embora um tanto cartunesca. A narrativa dele é ok, mas nem desenhista e roteirista, Victor Gischler, se ajudam. Os cenários são passáveis, as criaturas sem inspiração e o cara consegue desenhar um Conan que é uma das maiores montanhas de músculos que já vi, às vezes fica difícil imaginar que consiga andar. É uma arte passável.

É uma leitura moderadamente divertida, que em tempos de alta difusão da mídia quer dizer que é esquecível. Até mesmo os fãs do gênero (eu me incluo) podem ter dificuldade em achar a história digna. O gibi ainda faz referência com outro encadernado publicado pela Mythos anteriormente, Conan - A Lenda - Volume 2: Conan & Sonja - mas que não é essencial para a compreensão desta história. O gibi vem com várias capas variantes, coqueluche nos Estados Unidos, algumas bem bonitas, para complementar seu conteúdo pífio. DE MANEIRA NENHUMA pague o valor cheio que a Myjus tá cobrando nesse gibi, verdadeiro absurdo, para algo que pode ser considerado apenas uma mera curiosidade.


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