
HELLBLAZER – ORIGENS VOL. 6: O HOMEM DE FAMÍLIA
John Constantine já teve sua quota de horrores sobrenaturais e, mesmo assim, conseguiu viver para lutar outro dia. O tempo já mostrou que não importa o que o Céu ou o Inferno jogue contra ele, no fim das contas ele dá um jeito. Mas o que acontece quando o mal não vem de uma fonte sobrenatural, mas sim do mais negro dos corações? Visitando um amigo, John acaba adentrando o mundo de um assassino serial, um psicopata cujo método de trabalho é o assassinato de inocentes pais e seus filhos – o que lhe rendeu a alcunha de O Homem de Família. Capturado nesse universo de terror, Constantine agora conhecerá um novo jogo no qual presa e predador se alternam em uma perseguição cujo resultado pode muito bem ser a sua morte!
Histórias originais:
Hellblazer 28-34
Detalhes da edição:
17 x 26 cm
196 páginas
Papel LWC
Lombada Quadrada
R$ 28,90
Daí em diante, o encadernado traz uma série de one-shots, de qualidade variável: o primeiro, é uma espécie de epílogo do arco, com o espírito do pai do Constantine finalmente se libertando, e uma boa interação entre ele e a Gemma (sempre uma boa coadjuvante). Também vale o destaque de ter sido a primeira história desenhada no título pelo Sean Philips, que muito mais na frente viria a ser artista regular. Depois tem a cretina história do cachorro possuído, fraca que só, pra esquecer. Entendo a proposta de "caso da semana", mas é um desenvolvimento pra lá de infeliz, cruzando o limite do ridículo. E aí temos uma pequena peŕola, o one-shot sobre domingos, que já inicia com um Constantine surpreendentemente animado (ou seja, óbvio que alguma merda iria acontecer). Delano ainda resgata um personagem que ele mesmo introduziu lá no Hellblazer Annual #1, do ex-amigo que era punk, virou capitalista, e agora no início dos anos 90 abraçou a sustentabilidade. A crítica aqui é escancarada, o discursinho hipócrita dele é muito atual até hoje. É daquelas histórias fechadas bem reflexivas, sem peso cronológico algum, mas que fica com você após a leitura. E por fim, terminamos com o prólogo do vindouro arco do Coração do Menino Morto, que traz de volta Mercury e Marjorie, filha e mãe do arco da Máquina do Medo. Confesso que não achei um início muito animador, um desenvolvimento amarrado e pouco claro sobre o que virá a seguir.
A edição da Panini traz como extras as sete capas originais, introdução, dois textos complementares (um sobre a família do Mago e outro sobre a Brigada dos Encapotados) e a manjada página de biografias dos autores.
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