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Após o terremoto conhecido como "O Maior de Todos" arrasar de vez a velha São Francisco, uma nova metrópole se ergueu a partir de suas cinzas - uma alucinante cidade hiperviolenta, infectada com os super-heróis mais degenerados do mundo.
Desenvolvidos em laboratórios militares sigilosos para lutar nas cruéis guerras secretas dos Estados Unidos, esses "heróis" geneticamente modificados vagam em gangues superpoderosas pelas ruas destroçadas de São Futuro, atiçando os nervos exaltados uns dos outros, num interminável frenesi de fúria movida a adrenalina.
Mas um desses veteranos descartados assumiu para si a missão de levar a lei e a ordem de volta a esse cenário de guerra urbana. Ele não sente dor. Não demonstra remorso. Seu ódio ardente pelos super-heróis é a única coisa que aquece seu gélido coração. Ele é o maior policial de São Futuro. Seu nome é Marshal Law.
Formato: 17 x 26 cm
Check-List: Maio/2019
Roteiro: Patt Mils
Arte: Kevin O'Neill
Número de páginas: 484
Lombada/Encadernação: Quadrada
Tipo de capa: Dura
Preço: R$134
__________________________________________________ __________________________________________________ _____________
Aqui somos apresentados à Marshall Law, um policial que caça e prende exclusivamente "super-heróis", mais por sentir um ódio patológico deles do que por todos eles serem uns bostas.
A primeira (e melhor) história é a mini em 6 partes já publicada pela Abril em 1991, Medo e Repulsa com um prólogo de 8 páginas inédito no Bostil.
Patt Mils aproveita para criticar de forma leve os super-heróis da duas grandes editoras como pano de fundo para uma história de vingança que se come fria.
Kevin ONeill carrega na violência. Mesmo sendo uma arte escrachada e feita pra não ser levada à sério as cenas explicitas de estupro, mutilação e assassinatos ficam tão horrendas quando deviam ser no mundo real.
Mas na primeira história me surgiu uma duvida. Nos diálogos do líder da gangue dos Gangrena ele diz tempo todo que quer dar um "tabefe na boca do mundo" , mas na tradução feita pela Abril em 1991 ele diz "Beijo na boca".
Como é o diálogo na edição gringa? Porque de beijo pra tabefe muda muito o sentida da loucura do personagem.
Marshal Law_046.jpg
A segunda história Marshall é muito melhor no quesito comédia total.
Feita pra ofender Marvetinhos, o Perseguidor (uma versão do Justiceiro) precisa ser transportado do sanatório onde está pra uma prisão federal.
Interessando ver como Mils se antecipou uns 20 anos ao Justiceiro do Ennis retratando o Perseguidor como um sádico criado pela guerra que voltando á vida civil se torna um psicopata.
No asilo de loucos ele encontra com "homenagens" à vários heróis da Marvel: Com destaque pro "Senhor Fantástico" (com o braço quebrado), "Thor", "Homem-Aranha" e "Demolidor".
Notem o uniforme multi-colorido do heróis cego. Ele realmente nunca perguntou pra ninguém como ficou?
Mils usa a história pra criticar as várias formas de torturas que a CIA ensinou pro regimes militares que eles (USA) impuseram aos povos da América Latina nas décadas 60-80.
As cenas finais da fuga do sanatória feita pelos heróis é hilária.
Thor, Demolidor, Capitão América, Namor, Surfista Tapelado e Senhor Fantástico mais loucos que os outros pacientes do asilo saltando da janela do prédio direto pra "salvação".
Marshal Law_240.jpg
A terceira história "Terror de Cego" apresenta o Olho Privado (versão Batman deste universo).
A comédia é deixada de lado e Mils usa toda a história para denunciar os verdadeiros motivos que levam um bilionário à fazer o "bem sem olhar a quem".
A principio Marshall Law deixa o seu ódio aos heróis de lado e aceita o vigilante da cidade, mas só até descobrir o "quem ele é que como chegou a ser" . Só pra citar Frank Miller.
Resumindo numa palavra: Crueldade, pura e simples.
Marshal Law_278.jpg
A quarta e quinta história são um sequencia.
A zumbilândia invade o universo de Marshall Law e ele precisa morrer pra derrotá-los.
Com a participação da SJA (os velhinhos presepeiros da DC) na segunda parte, é uma critica escarrada sobre a "nobreza" da 2º Guerra Mundial.
"A guerra defensiva" que os USA propagam há décadas tem seus podres revelados pros punheteiros do Tio Sam que ainda acham que os americanos foram ingênuas vítimas do ataque japonês.
E Mils esfrega na cara dos nerds a nulidade que são os super-heróis.
Marshal Law_388.jpg
As duas ultimas histórias também são um sequencia (e das piores)
Versões dos X-mem se unem à Law pra resgatar versões da Legião dos Super-Heróis do Aliens em uma nave abandonada.
Uma história chata. IMHO.
Pelo visto Pat Mils já estava esgotado quando escreveu estas.
No geral uma ótima compra, com 90% de aproveitamento
Esse gibi é uma ode ao Ódio aos super-heróis. Uma critica ácida aos valores e moralidade dos autointitulados protetores da humanidade.
Compre se for Decenauta
Compre se for Marvete
E aprenda à odiá-los também.
Após o terremoto conhecido como "O Maior de Todos" arrasar de vez a velha São Francisco, uma nova metrópole se ergueu a partir de suas cinzas - uma alucinante cidade hiperviolenta, infectada com os super-heróis mais degenerados do mundo.
Desenvolvidos em laboratórios militares sigilosos para lutar nas cruéis guerras secretas dos Estados Unidos, esses "heróis" geneticamente modificados vagam em gangues superpoderosas pelas ruas destroçadas de São Futuro, atiçando os nervos exaltados uns dos outros, num interminável frenesi de fúria movida a adrenalina.
Mas um desses veteranos descartados assumiu para si a missão de levar a lei e a ordem de volta a esse cenário de guerra urbana. Ele não sente dor. Não demonstra remorso. Seu ódio ardente pelos super-heróis é a única coisa que aquece seu gélido coração. Ele é o maior policial de São Futuro. Seu nome é Marshal Law.
Formato: 17 x 26 cm
Check-List: Maio/2019
Roteiro: Patt Mils
Arte: Kevin O'Neill
Número de páginas: 484
Lombada/Encadernação: Quadrada
Tipo de capa: Dura
Preço: R$134
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Aqui somos apresentados à Marshall Law, um policial que caça e prende exclusivamente "super-heróis", mais por sentir um ódio patológico deles do que por todos eles serem uns bostas.
A primeira (e melhor) história é a mini em 6 partes já publicada pela Abril em 1991, Medo e Repulsa com um prólogo de 8 páginas inédito no Bostil.
Patt Mils aproveita para criticar de forma leve os super-heróis da duas grandes editoras como pano de fundo para uma história de vingança que se come fria.
Kevin ONeill carrega na violência. Mesmo sendo uma arte escrachada e feita pra não ser levada à sério as cenas explicitas de estupro, mutilação e assassinatos ficam tão horrendas quando deviam ser no mundo real.
Mas na primeira história me surgiu uma duvida. Nos diálogos do líder da gangue dos Gangrena ele diz tempo todo que quer dar um "tabefe na boca do mundo" , mas na tradução feita pela Abril em 1991 ele diz "Beijo na boca".
Como é o diálogo na edição gringa? Porque de beijo pra tabefe muda muito o sentida da loucura do personagem.
Marshal Law_046.jpg
A segunda história Marshall é muito melhor no quesito comédia total.
Feita pra ofender Marvetinhos, o Perseguidor (uma versão do Justiceiro) precisa ser transportado do sanatório onde está pra uma prisão federal.
Interessando ver como Mils se antecipou uns 20 anos ao Justiceiro do Ennis retratando o Perseguidor como um sádico criado pela guerra que voltando á vida civil se torna um psicopata.
No asilo de loucos ele encontra com "homenagens" à vários heróis da Marvel: Com destaque pro "Senhor Fantástico" (com o braço quebrado), "Thor", "Homem-Aranha" e "Demolidor".
Notem o uniforme multi-colorido do heróis cego. Ele realmente nunca perguntou pra ninguém como ficou?

Mils usa a história pra criticar as várias formas de torturas que a CIA ensinou pro regimes militares que eles (USA) impuseram aos povos da América Latina nas décadas 60-80.
As cenas finais da fuga do sanatória feita pelos heróis é hilária.
Thor, Demolidor, Capitão América, Namor, Surfista Tapelado e Senhor Fantástico mais loucos que os outros pacientes do asilo saltando da janela do prédio direto pra "salvação".
Marshal Law_240.jpg
A terceira história "Terror de Cego" apresenta o Olho Privado (versão Batman deste universo).
A comédia é deixada de lado e Mils usa toda a história para denunciar os verdadeiros motivos que levam um bilionário à fazer o "bem sem olhar a quem".
A principio Marshall Law deixa o seu ódio aos heróis de lado e aceita o vigilante da cidade, mas só até descobrir o "quem ele é que como chegou a ser" . Só pra citar Frank Miller.
Resumindo numa palavra: Crueldade, pura e simples.
Marshal Law_278.jpg
A quarta e quinta história são um sequencia.
A zumbilândia invade o universo de Marshall Law e ele precisa morrer pra derrotá-los.
Com a participação da SJA (os velhinhos presepeiros da DC) na segunda parte, é uma critica escarrada sobre a "nobreza" da 2º Guerra Mundial.
"A guerra defensiva" que os USA propagam há décadas tem seus podres revelados pros punheteiros do Tio Sam que ainda acham que os americanos foram ingênuas vítimas do ataque japonês.
E Mils esfrega na cara dos nerds a nulidade que são os super-heróis.
Marshal Law_388.jpg
As duas ultimas histórias também são um sequencia (e das piores)
Versões dos X-mem se unem à Law pra resgatar versões da Legião dos Super-Heróis do Aliens em uma nave abandonada.
Uma história chata. IMHO.
Pelo visto Pat Mils já estava esgotado quando escreveu estas.
No geral uma ótima compra, com 90% de aproveitamento
Esse gibi é uma ode ao Ódio aos super-heróis. Uma critica ácida aos valores e moralidade dos autointitulados protetores da humanidade.
Compre se for Decenauta
Compre se for Marvete
E aprenda à odiá-los também.
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