
GAVIÃO ARQUEIRO & SOLDADO INVERNAL
A Viúva-Negra está morta. mas alguém está matando seus velhos inimigos um a um. Com o coração despedaçado e uma trilha de sangue a seguir, o Gavião Arqueiro está em busca de respostas. E a única pessoa viva que talvez as tenha é outro ex-namorado de Natasha Romanoff: o Soldado Invernal! Conseguirão eles confiar o suficiente um no outro para honrar o legado da Viúva-Negra e desvendar a teia de mistérios que Natasha deixou para trás? Ou será que, ao se aproximar da nova da Sala Vermelha, eles descobrirão muito mais do que esperavam?
Março/2019
Especial, Formato 17x26 cm
148 páginas, Papel LWC
Capa Cartão, Lombada Quadrada
R$ 22,90
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Nesse team-up entre o Gavião Arqueiro e o Soldado Invernal, o texto do Matthew Rosemberg está naquele limite do "descolado e divertido" com o "pedante e irritante". É chato ficar batendo nessa tecla toda hora, mas já deu essa tendência do tongue and cheek nos quadrinhos contemporâneos, onde os personagens são malandrões e sempre tem um arsenal de comentários irônicos e "engraçados" na ponta da língua. Felizmente aqui a presença mais plantada do bucky serve pra rebater o tom enfadonho do Clint, e no fim das contas, a presença de um balanceia a do outro. Ajuda também o fato que é uma história dinâmica. Ao contrário de outros gibis por aí, muita coisa acontece, os personagens estão sempre em movimento e o roteiro traz elementos novos a todo o tempo.
Sobre a volta da Viúva Negra, pois bem, a morte dela em Império Secreto foi tão mal ajambrada e irrelevante que não fez o mínimo impacto, então sem muita espera resolveram traze-la de volta de alguma forma. Uma daqueles correções de curso editoriais que evidenciam o quanto algumas decisões são tomadas sem muito planejamento. Aqui, o retorno de Natasha é baseado na punheta de sempre do passado da personagem: Sala Vermelha, clones, memórias implantadas, yadda yadda yadda. Aqueles elementos de sempre que vão sendo retomados e retconeados a cada novo arco da personagem.
A arte fica a cargo do Travel Foreman, que cai como uma luva nesse tipo de história. Seus desenhos são necessariamente bonitos? Não... mas não importa, pois sua arte é consistente e dinâmica, perfeita para um título nessa pegada de espionagem. Fora que ter um artista que desenhe um arco completo hoje sem fillers ou trocentos arte-finalistas é pra se comemorar de pé.
O encadernado fecha com um one-shot meio aleatório, que não tem relação com o arco principal, e aparentemente é um tie-in de alguma coisa que não li nem lerei. Aqui a Kate Bishop encontra uma versão do Clint do passado e diversos outros personagens de pontos cronológicos distintos batalhando numa ilha por alguma coisa aleatória. Na real é uma história bem esquecível, 30 páginas para basicamente fazer a Kate interagir com um Clint em início de carreira, e ver sua relação com seu mentor por outro ângulo.
A publicação da Panini traz todas as capas originais e mais variantes.
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