
Bruce segue preso no tribunal, debatendo sobre a legalidade dos atos do Homem-Morcego. Com tudo aquilo pelo que o Batman sempre lutou em xeque, será o momento ideal para abandonar o manto de Cavaleiro das Trevas de vez e permitir que Dick se torne o novo Cruzado Encapuzado? A conclusão de Dias Frios!
(Batman 2016 53-54)
Revista tradicional
17 x 26 cm
48 páginas
Papel Couché
Capa Cartão
Lombada Canoa (Grampeada)
R$ 9,90
Distribuição nacional
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Conclusão da história que começou na edição anterior e a Panini erroneamente no título dizer se a "parte 2", mas é um erro banal. Nesta história vemos o que o Bruce disse no júri que faria com que pensassem que ele sabe como o Batman pensaria e a resposta é pra lá de inesperada. A resposta inesperada é que ele dá uma de joão sem braço e não responde porra nenhuma. O bom desse gibi é justamente os diálogos, onde o Bruce vai tecendo para os membros do júri que o Batman é pensado como um deus, mas ele manda um "Anarchy in the U.K." e foda-se.

Pô, bicho, na boa, eu nem imaginava que o "dilema" desse gibi se dava em torno do Bruce ser católico, ateu, umbandista ou crente, ou qualquer coisa dessas. Na verdade acho que o fato dele ter sido criado para ser católico pouco importa no geral da história. Mas a questão aqui é muito mais teológica, ao meu ver, do que de fé, e como essa lógica se aplica ao que os cidadãos de Gotham pensam sobre o Batman e como ele age. A fim de libertar o Sr. Frio de uma condição que o Bruce como o Batman o pôs, Bruce começa a incutir na cabeça dos jurados a noção de que o Batman PODE SIM SER acometido por falhas. Então não se pode pensar o Batman como perfeito, e que como humano, ele também pode errar. E por isso o Frio precisa ser inocentado, porque as provas que tem contra ele são circunstanciais e não definitivas. A não ser que fosse o juiz Sergio Moro e procurador Dallagnol tentando incriminar o Lula pra não concorrer as eleições de 2018 e ganhar desse merda que aí está.

Então como o Batman não é um deus, e está submetido a lei dos homens, o júri precisa o inocentar. Mais do que revelar que o Batman é ateu ou não, acho que revelou mais que o Batman é petista. Uma pena que o Batman pagou pra entrar no júri. Ele poderia pagar também para entrar na cadeia do Lula e soltar ele e dar um pau no Dallagnol. Arte excelente do Lee Weeks fazendo mísera como de praxe e abrilhantando ainda mais uma pérola do Tom King.

Na outra ponta do gibi temos uma história fechada desenhada pelo grande Matt Wagner. Apesar de não ser um fã do cara, é inegável o seu talento. A história também não gostei muito, mas é uma história singela. Mostra o Dick como Asa Noturna tentando servir de ombro amigo para aquele que considera um pai, e corta para cenas do Bruce criando o Dick quando esse ainda era uma criança que acabara de perder os pais. História um tanto piegas, mas necessária para fazer um quadro total do que acomete o Batman agora que ele levou um chifre gostoso. Ao longo da história Dick faz troça de vários vilões, eu não riria assim se o Capitão Ketchup cismasse em colocar vírus da AIDS em seu molho, se é que me entende.

Capitão AIDS em ação!
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