
Alguém está vendendo armamentos de alta-tecnologia no mercado negro, e sua meta é matar tantas pessoas - do maior número de nações - quanto for possível. Com a ajuda de sua assistente, Julia Pennyworth, a Batwoman rapidamente rastreia as armas até a fonte: uma pequena ilha conhecida como Coryana, lar de piratas, bandidos. e de um ano inteiro da vida da heroína!
(Batwoman: Rebirth, Batwoman 1-6)
Especial encadernado
Formato 17 x 26 cm
164 páginas
Papel LWC, lombada quadrada, capa cartão
R$ 24,90
Distribuição nacional
Esse gibi aqui é justamente o extremo oposto do encadernado da Superwoman: história ágil, dinâmica, simples, direta, objetiva, gostosa de ler, que não perde tempo com merda, distrai e diverte o leitor. Não tem TANTO TEXTO e se lê até rápido comparado ao gibi da Superwoman, mas quem tem tempo de ler gibi hoje em dia? Aqui a gente tem um gibi de qualidade, um pouco melhor do que o genérico Asa Noturna, que tem quase o mesmo estilo.


A primeira parte é o título Rebirth da personagem, uma boa narrativa, intercalando vários momentos do tempo de Kate Kane, incluindo a trágica morte da irmã e mãe por sequestradores. Verdadeiras páginas fortes que não tratam o leitor como um imbecil e joga as cartas logo na mesa. O bom aqui é que a Marguerite Bennett sabe exatamente aonde vai com a personagem.

O arco que se inicia a história é uma grande bobagem: devido aos eventos daquela merda de Noite dos Monstros, Batwoman vai investigar a pedido do Batman a venda da droga que transforma pessoas em monstros... . Nisso, acaba indo de encontro a Ilha onde passou um ano de sua vida, Coryana, e onde passou seus momentos mais felizes e molhadinhos com a rainha da ilha, Safiyah.

Mermaum, É SÓ ISSO, e ainda assim é uma boa história. Não é uma história "CARAAAAAAALHO, QUE HISTÓRIA FODA", mas funciona. Diverte. É legal. DÁ PRA ENTENDER. A droga da "Noite dos Monstros" foi só um pretexto pra que a Batwoman saísse de Gotham e fosse atrás de aventuras, aventuras que a levaram a uma parte pessoal do passado dela. E isso é legal, engrandece a personagem. Nas próximas páginas aprendemos a relação dela com a Safiyah, a ilha de Coryana e o que será de tudo aquilo agora que uma corporação quer tomar conta.



Ao longo do gibi vemos a Batwoman enfrentar a sua rival sapata, Tahani, uma negona que queria que também tivesse amor, mas quando chegou a branquinha, perdeu a vez. A própria história tem esse tema meio de "capa e espada", "piratas" e "tesouros escondidos" que a autora impinge na história. Fica difícil destacar a história de algo diferente de uma aventura, mas também com certa sensibilidade para a afetividade feminina que outros autores, a gente sabia que não ficava legal. Vamos combinar que Greg Rucka e Paul Dini são dois punheteiros do caralho, e só queriam ver um sexo lésbico na revista. Foi preciso a gordinha gostosinha da Marguerite (nome de chupa charque) entrar pro negócio ter um contexto mais suave. Sem deixar de lado a aventura.

o roteiro também é escrito por James Tynion IV que tem cara de ser um gordinho punheteiro sapeca
Aventura pá-pum. Quando você menos vê, já acabou com um grande shodown envolvendo Tahani e Batwoman. História bem divertida e interessante, sem precisar ser rocambolesca. Das "leituras fáceis" da DC desses encadernados, foi a que mais me agradou. Porém o gibi não termina por aí. Em suas duas últimas partes, temos uma espécie de epílogo mostrando a relação entre Kate e Safiyah. Belamente ilustrado por Stephanie Hans.


E ao final temos o que parece ser o início de um novo arco da personagem, Pax Batmana, que se passa num futuro, onde a Gotham vive em estado de sítio posto pelo Batman e seu exército. Quando a Kate Kane chega na cidade com sua nave voadora para dar fim aquilo. Um começo no mínimo instigante prum próximo arco. Arte muito boa de Renato Arlem, que não perde o tom realista do Steve Epting, mas deixa uma marca só sua.

E por falar em Steve Epting... PUTA QUE ME PARIU, que arte foda pra caralho! Ele tá como se fosse aquele estilo mais rústico que fez em Capitão América do Brubaker, só que mais limpo, com cores mais claras. Naquela época de gibi em pisa brite isso seria uma mão na roda, mas aqui no papel LWC/couché, sei lá, fica limpo e nítido demais. Só que combina exatamente com o clima da história, aventuresca. Arte EXCELENTE, vai se fuder. Trabalho bom demais.

O gibi vem com todas as capas originais antes de cada capítulo (apenas a última que foi reproduzida em preto e branco, como entrada para o capítulo), o que é bom, e até mesmo algumas capas variantes FUDEROSAS (as do Epting estão igualmente fodonas) do J. G. Jones. O que a Panini CAGOU NA EDIÇÃO foi NÃO TER COLOCADO A EDIÇÃO E A DATA ORIGINAL DE PUBLICAÇÃO de cada uma das histórias do encadernado. Eu até perdoo devido a arte estonteante dos envolvidos.
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