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[AVALIAÇÃO] Batman #25 - O PADRINHO

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  • [AVALIAÇÃO] Batman #25 - O PADRINHO



    Demorou, mas finalmente o Coringa resolveu dizer o que acha do casamento de seu querido Batman com a Mulher-Gato. E ele não está nem um pouco feliz… ou está. A verdade é que nunca dá para saber o que se passa na cabeça do Palhaço do Crime. De qualquer forma, prepare-se para uma das mais impactantes histórias com o vilão e esteja preparado para seja lá o que ele estiver planejando às vésperas do casamento.


    (Batman 48-49)


    Revista mensal
    17 x 26 cm
    52 páginas
    Papel LWC
    Capa Cartão
    Lombada Quadrada
    R$ 8,90
    Distribuição nacional

    -----------------------------------------------


    Depois da engraçaralha última edição onde o Gladiador Dourado zoa a linha temporal para dar um presente ao Bruce Wayne, aqui temos uma história mais densa envolvendo Batman e Mulher Gato e o Coringa. Nela, o Coringa escrotiza um casamento apenas para chamar a atenção do Batman e ter uma espécie de monólogo reflexivo sobre a sua relação do Batman e o que sente agora que ele está partindo para amar outra. É um gibi sobre o amor.







    Mas ao tratar o "amor" não é sobre o sentimento burguês que foi criado no século passado para vender bugigangas pros enamorados. Ao citar Santo Agostinho, Tom King dá "pistas" que o amor a que se refere é o amor sublime, o amor em sua forma mais pura, o amor que os escritos de Santo Agostinho falam. Acho que numa história onde o autor ousou tanto a ponto de fazer com que o diálogo praticamente se dê unicamente através do oponente do herói, Tom King quis dizer "mais do que se encontra nas linhas", com entrelinhas e camadas ainda a descobrir e que não revelam pela nossa ignorância sapiente de leitores de gibis de heróis.







    Em termos de história, achei a primeira parte mais "fraca" que a primeira mesmo, ficando um pouco nublado o que o Tom King queria com essa história... , mas a segunda e última parte eu achei deliciosamente bem escrita, envolvendo desta vez a Mulher Gato e o Coringa num diálogo muito bem feito e também reflexivo entre os personagens. Não é aquele tipo de reflexão de textão como se o autor estivesse falando através dos personagens. Muito pelo contrário, aqui os personagens falam como se fossem pessoas mesmo. King consegue humanizar o Coringa mesmo depois das atrocidades cometidas por ele aqui. Ao final da história, como eu já sei o que vai acontecer quando chegar o casamento (próxima edição já!), King joga a semente que fará com que as coisas transcorram do jeito que ocorreram.








    Um gibi bem bom, ainda que a sua real importância, ou mesmo compreensão, ainda estejam um pouco nublados. É preciso muita segurança do autor pra fazer o que fez aqui. Muita gente vai chiar achando que "foi uma bosta", mas é porque falta a paciência e a sutileza para apreciar, sutileza essa negada por vários outros autores ao longo da carreira recente do morcego. Na arte, Mikel Janinho dispensa maiores elogios, fazendo mísera como de praxe.




    as balas que não acabam do Coringa




    A Panini resolveu não dizer que a próxima edição, de número #50 americana, é que virá o casamento e resolveu propagandear o especial Batman: Prelúdio do Casamento que como vários reviews gringos já disseram é cascatinha. O melhor é se ater apenas a mensal e ao que o King escreveu. Vou ignorar solenemente o especial.
    Last edited by Pato_Osborn_Olsen; 06-05-2019, 07:17 PM.

  • #2
    a primeira parte é mais fraca que a primeira? o gladiador dourado ZOOU mesmo com a linha do tempo.
    Giovanni Giorgio

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    • #3
      Postado originalmente por Louxas Ver Post
      a primeira parte é mais fraca que a primeira? o gladiador dourado ZOOU mesmo com a linha do tempo.
      Em termos de história, achei, embora como eu disse, tem muito mais escondido ali. Vale a pena ver o que Santo Agostinho escreveu sobre o amor, já que o Coringa o cita especificamente aqui.

      Acho que o termo "profissão de fé" se aplica a carreira do Batman: pra gente que já sabe como isso vai terminar, tem muito a ver com o "amor" que Batman aplica ao ofício dele. E a Mulher Gato aqui começa a entender isso, essa perspectiva do Coringa.


      É como tu tem uma mulher que fica enchendo o teu saco quando vai jogar pelada fim de semana ou um RPG com os amigos. Pra ela é sinal de que o cara não PRIORIZA ela, mas a rapariga tem que entender que antes da buceta dela tem que vir a "profissão de fé" do cara, aquilo que o define além do macho dela. Ou quando a rapariga faz outra atividade, como pilates ou contação de histórias e tem que "respeitar o trabalho dela", mas não quer compreender quando o cara marca um playstationzinho com os amigos.



      E o Gladiador zoou mesmo com a linha de tempo? Vai ter mais repercussão dessa história? Puta que me pariu, pensei que fosse aquilo ali e já tava bão.

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      • #4
        vou escrever mais uma frase sem ler nada dos posts apenas pra ver se aparece mais um textão.
        Giovanni Giorgio

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        • #5
          Será que o Coringa descobriu que o Batman se casaria com a Mulher-Gato ou soube que Bruce Wayne se casaria com Selina Kyle?
          É sempre meio nebuloso quem sabe da real identidade secreta do herói mas, lendo as HQ's do Batman nos últimos anos (incluindo as do Scott Snyder na série "Grandes Astros"), a impressão que fica é que TODOS os vilões sabem disso.
          Lloyd Cole - O Melhor cantor de Rock do mundo!

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          • #6
            Postado originalmente por Adriano Sousa Ver Post
            Será que o Coringa descobriu que o Batman se casaria com a Mulher-Gato ou soube que Bruce Wayne se casaria com Selina Kyle?
            É sempre meio nebuloso quem sabe da real identidade secreta do herói mas, lendo as HQ's do Batman nos últimos anos (incluindo as do Scott Snyder na série "Grandes Astros"), a impressão que fica é que TODOS os vilões sabem disso.
            em relação ao Coringa, dá a entender que ele já sabe sim a identidade, mas que simplesmente não se importa

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            • #7
              Postado originalmente por Pato_Osborn_Olsen Ver Post

              em relação ao Coringa, dá a entender que ele já sabe sim a identidade, mas que simplesmente não se importa
              Pois é, o problema é que isso está subentendido há anos, não está às claras!
              Quando aparecerá alguém com coragem suficiente para dizer com certeza absoluta se o Coringa sabe mesmo?
              E essa mesma "indefinição" em relação ao Coringa se espalhou para outros personagens, como a Hera Venenosa e Duas Caras (como visto no "Grandes Astros").
              Até mesmo personagens como Chapeleiro Louco e Hugo Strange já deram pistas anteriormente de saber a identidade secreta do herói.
              Lloyd Cole - O Melhor cantor de Rock do mundo!

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              • #8
                Postado originalmente por Adriano Sousa Ver Post

                Pois é, o problema é que isso está subentendido há anos, não está às claras!
                Quando aparecerá alguém com coragem suficiente para dizer com certeza absoluta se o Coringa sabe mesmo?
                E essa mesma "indefinição" em relação ao Coringa se espalhou para outros personagens, como a Hera Venenosa e Duas Caras (como visto no "Grandes Astros").
                Até mesmo personagens como Chapeleiro Louco e Hugo Strange já deram pistas anteriormente de saber a identidade secreta do herói.
                Pelo visto, desde a Morte em Familia, com o assassinato de Jason Todd, Robin 2, Coringa já sabia da identidade do Batman. Acho que não altera em nada a relação dos dois. em relação ao arco pelo final da historia, o casamento melou.

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                • #9
                  Fui caçar esse avaliação, tava sumida na página 8. Junto com tópicos tipo o dos super-herois brasileiros. Pena, principalmente por ser um gibi bom.

                  Acho que o King perde um pouco a mão quando explica em detalhes toda a relação entre batman-coringa, coringa-mulher-gato.
                  É um didatismo que tb me incomoda no Cavaleiro das Trevas do Nolan. Mas não chega a prejudicar o gibi.

                  Aliás que gibi. Em sua essência bendiano. Altas conversas na igreja tendo um homicídio como pano de fundo.
                  E o King não deixa dúvida: para ele, o final de Piada Mortal é defendido pelo Morrison, morre todo mundo.

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