
BARBARELLA E AS CÓLERAS DOS COME-MINUTOS
Criada em 1962, Barbarella transformou o mundo dos quadrinhos adultos. Na época da revolução sexual, o traço sensual da heroína não deixava nenhum leitor indiferente. Barbarella ajudou a mudar o papel da mulher nas histórias em quadrinhos, até então confinado a figurantes assexuadas. Este é o segundo álbum da personagem, que está sendo publicado pela primeira vez no Brasil.
Detalhes do produto:
Capa comum: 78 páginas
Editora: Marsupial (10 de dezembro de 2017)
AS CÓLERAS DOS COME-MINUTOS é uma aventura que ocupa todo esse álbum, e uma história mais substanciosa que aquelas presentes no primeiro volume. A pegada descompromissada continua, o Jean-Claude Forest usa a Barbarella como uma desbravadora de mundos e conceitos, então é tudo bem rápido e não necessariamente bem explorado...só que aqui ainda há uma trama maior que amarra tudo, do começo ao final, com o plano do Narval, o homem-anfíbio. A putaria sempre acontece fora de quadro e de modo en passant. Sobram peitinhos e bundinhas aqui ou ali, mas nada que ao menos rele um Manara, por exemplo. Quase que pueril para os dias atuais, mas há de se ver o contexto da época em que foi lançada. As últimas páginas trazem um acontecimento inesperado (e aí sim, com ligações com o primeiro volume) que pode ao mesmo tempo ser um final simbólico quanto um gancho para futuras aventuras.
A edição nacional da Jupati tem o mesmo acabamento da anterior: não é luxuoso, mas satisfatório, e a revisão parece satisfatória. As diferenças maiores são a falta de extra (o primeiro tinha pouca coisa também, só uma introdução do Gonçalo Jr) e o fato de ser impressão em preto e branco. Fui consultar o site da HUMANOIDS, que publicou as edições originalmente lá fora, e ao menos a Jupati seguiu seu padrão: o primeiro volume foi mesmo em azul e branco, e esse segundo em preto e branco. Os motivos eu não sei. Também se encerram aí as histórias publicadas pela HUMANOIDS. Não consegui descobrir se existem mais volumes ou materiais a serem publcados - a documentação acerca de Barbarella é bem deficiente por aí. Mas teje bom por enquanto.
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