
COLEÇÃO MARVEL TERROR: A TUMBA DO DRÁCULA 5
A quinta edição de Coleção Marvel Terror: A Tumba do Drácula, com histórias que tornaram o mais famoso sanguessuga de todos os tempos ainda mais icônico graças às histórias estreladas pela versão Marvel do Senhor das Trevas, produzidas nos anos 1970, por nomes como Marv Wolfman, Chris Claremont e Gene Colan.
Para o leitor que já vem acompanhando a saga do Drácula pela Panini, o novo volume resgata de sua tumba empoeirada os números 28 a 32 da revista The Tomb of Dracula, a edição Giant-Size Dracula 3 e também uma história extraída de Giant-Size Dracula 4.
Muitas das pontas soltas deixadas pelos volumes anteriores são resolvidas neste! Drácula continua sedento por sangue e espreitando suas próximas vítimas na escuridão da noite, mas até mesmo uma criatura infernal e poderosa como ele pode ter sua existência profundamente ameaçada… das mais diversas maneiras! Se quiser continuar existindo, o aristocrático morto-vivo não só precisa enfrentar velhos desafetos e reabrir antigas feridas, como também se expor a novos riscos! Conheça o primeiro encontro do desmorto com Blade; o destino cruel de Frank Drake e Rachel van Helsing; a desesperada decisão de Taj Nitall, o matador de vampiros; o duelo derradeiro com seu arqui-inimigo Quincy Harker!
O volume cinco de Coleção Marvel Terror: A Tumba do Drácula, chega até nossos igualmente sedentos leitores pelo preço de R$ 25,90. Não perca!
Com uma lentidão incrível, Wolfman vem costurando lentamente o plano para derrubar cada um da equipe de mocinhos, ao separa-los em subplots independentes. Funciona melhor na teoria do que na prática, já que a cronologia de acontecimentos é bem forçada (a subtrama do Taj na Índia, narrada a conta gotas, é esticada ao ponto de se tornar cronologicamente inviável em relação ás outras). Mas ao menos, uma vez na vida, é bom ver o Drácula, com mais atitude. Esse é o problema no fim das contas de uma mensal nesse estilo: o Drácula nunca pode ser derrotado definifivamente, ao passo que o apreço pelos supostos mocinhos faz com que as únicas vítimas sejam, quase sempre, figurantes incautos das ruas. O encadernado termina com um gancho que supostamente pode levar a história para novos rumos, com o confronto entre Drácula e Quincy Harker, mas já nem crio muitas esperanças de mudança. É a toada da revista, desde o começo que deve continuar sem grandes alterações.
Outro destaque desse volume é trazer duas edições da Giant-Size Dracula, que são escritas por outros roteiristas (no caso, Chris Claremont e David Anthony Kraft). São mais histórias paralelas, que correm com menos ligação com a revista mensal. A do Claremont é fraca toda vida, esquecível e cretina. Já a do Kraft (que só conhecia da mensal da Mulher-Hulk) é uma gratíssima surpresa: primeiro que ele tem um texto mais empostado - o que por si só não é garantia de qualidade, mas ao menos ele se faz reconhecer - e segundo por trazer uma ameaça mais diferente, quase lovecraftiana.

A arte da mensal fica por conta do sempre ótimo Gene Colan, alto nível. Já a Giant-Size tem desenhos do Don Heck, bem inferiores.
A edição da Panini traz como extras as capas originais (que felizmente voltaram, ao contrário do volume quatro, que não tinha nenhuma).
LEIA TAMBÉM:
COLEÇÃO MARVEL TERROR: A TUMBA DO DRÁCULA 4
Comment