
O Espetacular Homem-Aranha é arrastado para a Guerra Civil II, mas a boa e velha "sorte do Parker" nunca o deixa sozinho, né?! Enquanto isso, Miles Morales, Miss Marvel e Nova enfrentam o maior desafio de suas carreiras heroicas! E ainda: Homem-Aranha e Rei do Crime!
Edições originais: Spider-Man #7; Civil War II: Amazing Spider-Man #1; Civil War II: Kingpin #1; Amazing Spider-Man Annual #1
76 páginas, R$9,40
A relutância do garoto em tomar ou não parte da Guerra Civil II é compreensível. E a desconfiança da mãe de Miles sobre a investigação de Jessica é interessante. Mas, no geral, falta um “tempero”, pra tornar a história realmente legal. Ou mesmo significativa. Nico Leon segue fazendo um bom trabalho na arte.
Guerra Civil II – Homem-Aranha: Tie-in do Aracnídeo com o grande evento da vez. Basicamente, vemos o Aranha dando umas voltas com Ulysses pela cidade, seguindo as previsões do garoto.
A história deixa claro o posicionamento do Aranha sobre a questão, já que Ulysses acerta 100% de suas previsões. E também não abre espaço para questionar a ética de se punir alguém antes do crime, pois o herói chega no momento exato em que a merda vai acontecer, como no caso do doidão prestes a matar a ex-namorada. Este, pra mim, é o grande problema do roteiro, pois a história não toca, nem de leve, na questão central que motiva a Guerra Civil.
Travel Foreman é um bom desenhista, mas acho que seu estilo não combina muito com o Homem-Aranha. Em minha opinião, seu traço cai melhor para personagens mais soturnos.
Guerra Civil II – Rei do Crime: Depois, vem o Tie-in do Rei do Crime, com o grande evento da vez. Basicamente, Fisk está de volta aos negócios, e com o tuim na mão, já que os heróis agora estão prendendo criminosos baseados nas visões do novo garoto inumano, Ulysses.
Achei a história do Rei do Crime mais interessante que a do Aranha. Ainda que a motivação de Fisk não seja a mais nobre, aqui há espaço para questionar a ética dos heróis seguirem cegamente as previsões de Ulysses. Além disso, o roteiro traz momentos bacanas, como Fisk dando tiradas sarcásticas em Radical, Sam Wilson e Monica Rambeau. E o gancho final, com Fisk, aparentemente, ganhando um recurso contras as previsões de Ulysses pode ser interessante. Eu, pelo menos, fiquei curioso para ver o que vai sair daí.
Por outro lado, os desenhos são MUITO ruins. O tal Ricardo Lopez Ortiz parece ser um daqueles casos que tentam misturar comics com mangá, e acabam não fazendo nem uma coisa nem outra direito.

Homem-Aranha Anual: A edição tem ainda uma daquelas historinhas curtas, que servem para aumentar o número de páginas dos especiais anuais. Li rapidamente e, pra dizer a verdade, não me lembro mais do acontece.