
Após devolver a juventude a Steve Rogers, o Capitão América original, a garotinha chamada Kobik desapareceu! Agora, todas as atenções, de heróis e vilões, se voltam para encontrá-la de qualquer jeito, porque quem conseguir chegar até ela controlará não apenas Pleasant Hill, mas também toda a realidade conhecida! Não perca a conclusão de Vertentes!
(Avengers Standoff: Assault on Pleasant Hill Omega 1, Captain America: Sam Wilson 8 (I))
Revista Tradicional
Formato 17x26 cm
60 páginas
Papel LWC
Capa Couché, Lombada Canoa
R$ 8,20
Distribuição Nacional
Após os eventos mostrados em Capitão América #5 onde Steve volta a velha forma, e as equipes de Vingadores terem se reagrupado como visto em Vingadores #10, chegou a hora da desforra contra Zemo, que está entrincheirado com um monte de reféns e vilões numa parte de Pleasantville. Engraçado que logo na primeira página em que Zemo aparece o mesmo repassa esse plano sem pé nem cabeça dele. Eu reclamei em Vingadores #10 que o plano dele poderia ter continuado SEM CHAMAR uma penca de Vingadores para a prisão. Aí ele diz que o plano consistia em "transmitir a derrota dos Vingadores nas mãos do Cubo Cósmico". Acontece que como ferramenta de alteração da realidade, basta PENSAR que o negócio funciona, então POUCO IMPORTAVA o lugar onde os Vingadores estivessem no momento que fossem se apossar do cubo.

Esse "clímax", se é que posso chamar assim, consiste em parar no mesmo ponto que parou a edição de Vingadores #10, com o Capitão chamando os Vingadores para darem um pau no Zemo. Como Spencer pensa que tem pouco herói, INVENTA de colocar uma AGENTE DA SHIELD utilizando um item de super-herói. Mas o destaque vai mesmo pro Kraven e seu plano para apanhar Kobik.

Tá, isso foi legal

Na parte final, Zemo continua com seu plano imbecil de ficar dando discurso pra porra de refém. Mata uns caras da SHIELD sem motivo nenhum, e aqui vale outra observação: esse negócio do cara ficar matando refém a esmo é de uma imbecilidade e incompetência do autor que eu fico até enojado. Sim, são apenas personagens fictícios e sim é para mostrar que o vilão é ameaçador. Quer dizer que a melhor forma que o escritor achou para mostrar um vilão ameaçador é o fazer decapitar alguém por um motivo que não faz sentido (a vida do cara no lugar da Maria Hill, que o Zemo deixou ir embora sem mais nem menos em Capitão América #5) e ainda por cima NÃO CONSEGUE MOSTRAR QUE O CARA É AMEAÇADOR. Porque a única impressão que eu tenho desse Zemo que amarra bomba em refém que vai dar um tiro na cabeça é de um vilão afetado, pouco lógico e enfadonho.

Zemo mostrando que é ameaçador dando tiros nas cabeças quando está prestes a alterar a realidade
O problema não é o cara botar o vilão para matar a esmo per se, o problema é o cara colocar o vilão para matar em cenas que causam zero impacto e para causar impressão no leitor com zero efeito. TODA VEZ que o Coringa mata alguém a troco de nada (ou pelo menos em raras vezes ocorre o oposto) são cenas bem construídas e que causam algo em relação ao leitor sobre o personagem. Zemo prestes a completar o seu grande plano tem um monte de Vingadores batendo a sua porta. Vai dar certo sim, amiguinho.

Ao final do gibi acontece uma grande luta, e definitivamente o Daniel Acunã NÃO É O MELHOR para fazer esse tipo de quadro, Kobik se irrita a ponto de mandar Zemo e Selvig pra puta que pariu, os Vingadores vencem graças a nova heroína pra dar muita porrada no globo que protege Zemo, e um monte de cena desconexa e ridícula pra finalizar essa saga mequetrefe, como mostrar o Rick Jones se ESCONDENDO NUM BURACO, quando em Vingadores #10 na história dos Novos Vingadores ele estaria perdido na Ilha da IMA.

que luta fantástica, meu deus
Que puta gibi cretino. Como se esses vários finais já não fossem ruins o suficiente, ainda tem a pachorra de mostrar a Hill CANTAR DE GALO pro conselho de segurança da SHIELD! A Hill basicamente criou uma prisão que lobotomiza os vilões sem consultar ninguém, criou um cubo cósmico só pra fiar zanzando por aí, essa mesma prisão foi implodida por dentro, cinco agentes morreram (pela incompetência do autor em mostrar um vilão ameaçador), sendo que por puro capricho do remendo de roteiro ambulante o principal responsável está a solta... . Só que o roteiro ainda quer pintara Hill como se "merda acontece, bola pra frente" - como se não tivesse accountability NENHUMA pelos seus erros. Como se os caras estivessem ERRADOS em querer dar alguma espécie de advertência a ela. A mulher não foi nem removida da posição, vai ser INVESTIGADA e fica INDIGNADA com isso!


Hill ficou na direção da SHIELD tempo suficiente para se tornar o mesmo que Nick Fury representava: um diretor apavoado e obtuso, que só enxerga as próprias necessidades - além de ser um final bem bosta
Maria Hill fica CONSTERNADA pelo simples fato de uma CAGADA MONSTRUOSA DESSAS será investigada (afinal, morreram CINCO agentes nisso) e que o Conselho não tem tanta segurança mais assim para deixar a criatura tomar as próprias decisões. É como quando o Temer fica INDIGNADO porque precisa ser investigado, mesmo com tudo apontando pra ele e só se salvando pela posição que ocupa. É o fim da picada. Ao final do gibi temos o epílogo do que está por vir nos gibis do Spencer. Eu sinceramente não sei se o escritor está querendo fazer uma Hill loca ao reclamar de ter sido gongada, ou se acredita piamente que como a Hill é uma mulher de ação, que se deva dar carta branca pra uma cretina dessas não importa o quê.

Zemo fazendo backtracking e explicando seu plano sem sentido - mais: o Degolador não havia sido morto pelo Ossos Cruzados em Capitão América #200 da Editora Abril???
A princípio eu achei as artes de Paul Renaud para a edição do Capitão e Angel Unzueta para a arte do especial de Pleasantville estavam bem ruins, mas fui me acostumando e não são ruins de fato, apenas medíocres. Daniel Acunã é bom, mas enjoa e não faz cena de luta legal.

"não seja um herói tão bosta quanto eu fui"