
O Capitão América chega a Pleasant Hill após receber uma pista do Sussurrante de que a SHIELD está escondendo fragmentos do Cubo Cósmico! Ao lado de Bucky Barnes, ele testemunha o pior panorama possível: revoltados, os vilões organizaram um ataque maciço à cidade, espalhando caos e levando terror a quem quer que se coloque em seu caminho. Será que as diferentes gerações da Sentinela da Liberdade serão o bastante para evitar uma tragédia ainda maior?
(Captain America: Sam Wilson 7 (I))
Revista Tradicional
Formato 17x26 cm
52 páginas
Papel LWC
Capa Couché, Lombada Canoa
R$ 7,20
Distribuição Nacional
Rapaz, essa é a saga que ninguém se importou, né? Deve ser um dos crossovers MAIS SAFADOS que já vi, porque nem a porra da editora daqui se preocupou muito em no mínimo estabelecer um cronograma da saga, do tipo "vá pra edição tal, depois tal e depois tal". É a moda cuião mermo, toma aí essa porra. Agora também não dá pra culpar a Panini porque agora que terminei de ler a saga vi pra que essa porra serviu. Isso sem contar em eventos futuros que já foram desfraldados lá fora.

Em retrospectiva, até que esta edição não é ruim, embora bem confusa. Ao invés de partir do ponto que terminou Capitão América #4, onde Pleasentville foi mostrada ao Steve pela Maria Hill só para logo depois o Nitro chegar e EXPLODIR NA CARA DOS DOIS (deixando a Maria Hill VIVA, o que seria impossível), aí a primeira cena que mostra o Steve é ele levando um cacete do Ossos Cruzados. Aí eu me pergunto "ô, porra, quer dizer que eu DEVO ME IMPRESSIONAR por o Steve estar levando um pau do Ossos mesmo que na última edição o NITRO TENHA EXPLODIDO NA CARA DELE??". O que que esse gibi quer afinal? Quer contar bem uma história, ou quer jogar flashback em cima de flashback porque não consegue manter uma narrativa coerente e interessante ao mesmo tempo? Precisa ficar usando esse recurso safado só pra querer demonstrar uma sofisticação inexistente? Vá a puta que pariu.
Steve começa o gibi levando um cacete - porque ter sido EXPLODIDO na última edição não foi emocionante o suficiente para o leitor
Essa edição por conta de algum SHANANIGAN numerológico da Marvel é considerado uma edição especial, por isso que lá fora saiu com mais páginas e aqui apenas uma edição nacional para publicar o gibi inteiro (ou quase, já que as histórias back-ups ficaram em outras edições espalhadas), deve ter juntado uns 500 números onde o Capitão América apareceu ou algo assim. Aí como o autor não tem o que contar nessas trocentas páginas a mais, tome flashback e caixa de texto do Steve se lembrando como era ser um velho bombado de cara esticada.

Caras, o gibi perde toda a consistência quando fica o Zemo falando pra caralho um monte de merda, parecendo vilão de seriado categoria B, mas aí eu percebo que essa história tá bem trash mesmo. O puto do Spencer não consegue manter a própria coerência nessa saga, onde eu PENSEI que TODOS os vilões tinham sido destransformados, só que aí o Zemo, esse arqui-inimigo do Capitão América, deixa o Steve Rogers ir embora com um dos prisioneiros que NINGUÉM SABE QUEM É, apenas por reasons. Da mesma forma que o Zemo tá agindo igual a um idiota por reasons. Aliás, o grande estratagema dele? É deixar a Maria Hill viver pra que o MUNDO TODO SAIBA a desgraça que ela fez: deixar um bando de assassinos, degenerados, capangas e poderosos cabulosos, daqueles que roubam um banco, causam caos, fica tudo engarrafado e você chega atrasado pro trabalho, Zemo quer fazer com que a POPULAÇÃO DO MUNDO ODEIE A HILL POR TER TRANCAFIADO E APAGADO AS IDENTIDADES DESSES CARAS. O que Hill fez claramente desrespeitou direitos, mas quando alguns de seus prisioneiros são responsáveis por explodirem escolas com crianças, filhos de ex-criminosos nazistas que desejam seguir os mesmos passos, gangues de baderneiros super-poderosos e assassinos renomados, eu acho, APENAS ACHO que a população não vai lá estar muito inclinada em condenar a Hill.

Maria Hill: essa MONSTRA que fez com que o Caveira Vermelha se esquecesse quem é e se tornasse um padre num confinamento
Esse gibi quanto mais se pensa nele, pior fica. O final é um grande pretexto pra que o Capitão, que ficou velho naquele arco do filha da puta do Remender, volte a sua antiga forma. O Capitão já ficou velho e sem o soro antes. A volta ao status quo foi graças a algo que o autor já tinha tirado do cu: a garotinha Kobik, um Cubo Cósmico vivo, também conhecida como deus ex machina salvadora de plost perdidos; a personagem é uma caneta de roteirista mágica ambulante, que pode fazer qualquer coisa.

Na arte Daniel Acunã faz um ótimo trabalho. Folheando as páginas é mais agradável do que ler, porque a forma como desenha as pessoas me dá nojinho, me deixa enjoado, mas os detalhes são bons. A arte de introdução da história do Angel Unzueta também é bem boa. Esta edição é uma obra de arte comparada com o trabalho de desenhos da já publicada edição #7 onde nêgo trabalhou de má vontade e sem receber. A edição da Panini também precisa enrolar e taca um monte de capas alternativas pra edição nacional. As melhores são do Alex Ross mesmo.

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