
Aventuras piratas, encontros com antigos inimigos de perto e de longe e explorações ao interior do corpo humano são mero prefácio ao maior desafio de TOM STRONG até agora: O FIM DO MUNDO. Este encadernado, o sexto e último da série, reúne uma superequipe de criadores ao lado de ALAN MOORE: MICHAEL MOORCOCK, JOE CASEY, STEVE MOORE, PETER HOGAN, CHRIS SPROUSE, JERRY ORDWAY, BEN OLIVER e PAUL GULACY! Tradução: Octávio Aragão e Edu Tanaka.
Histórias originais
Tom Strong 31 a 36
Detalhes da edição
Julho/2017
Encadernado
17 x 26 cm
164 páginas
Papel LWC
Capa Cartão
Lombada Quadrada
Distribuição e Vendas
Periodicidade Eventual
Distribuição setorizada para bancas, nacional para lojas e bancas especializadas em HQs.
ISBN: 978-85-426-0712-3
R$ 25,90
Histórias originais
Tom Strong 31 a 36
Detalhes da edição
Julho/2017
Encadernado
17 x 26 cm
164 páginas
Papel LWC
Capa Cartão
Lombada Quadrada
Distribuição e Vendas
Periodicidade Eventual
Distribuição setorizada para bancas, nacional para lojas e bancas especializadas em HQs.
ISBN: 978-85-426-0712-3
R$ 25,90
Em termos de histórias, esse volume se saiu melhor que o anterior IMHO. Dos roteiristas "não-Moore", o que trouxe uma história melhorzinha (IMHO) foi o Peter Hogan que me pareceu ter, enfim, se achado no título. A história dele é a que tem mais "ecos" do estilão que o Moore usava nas primeiras histórias.
A do Joe Casey teve alguns conceitos interessantes bem como a do "Outro Moore" mas não achei que se seguravam por si só.
A do Mordock (ou seja lá como se escreve) e que veio em duas partes foi extremamente enfadonha. Até eu que não sou fã de Dr. Who e nunca vi um único episódio percebeu que tavam mirando numa "homenagem" ao personagem com o viajante do tempo lá. Mas, infelizmente, a trama é enfadonha e no mesmo nível de um dos piores episódios de Antas do Amanhã.
Mas esqueçamos os fillers e vamos falar da história principal da edição, ou seja, a última edição escrita por Alan Moore, o criador do personagem.
Pra quem tava pegando Promethea também, a história praticamente te spoleia o final dessa série já que a Panini deixou o último volume da personagem perdido num navio qualquer

Moore não fica com rodeios e nem dá brechas, ele finaliza mesmo a saga do personagem com esse volume. Pra ser sincero, eu ainda não decidi o que achei desse final


A sequência final trouxe ideias até interessantes, mas achei que pecou num ponto: tentou fechar a série de forma otimista pra se manter fiel ao tema, sendo que a última página tinha ecos da última da primeira edição mas na minha opinião, não funcionou já que a edição foi, na maior parte do tempo, Tom tendo que encarar o fato de que deu ruim, já era e agora é se conformar.
Por falar em se conformar, achei meio fraco a forma como mostram um homem da ciência como Tom lidando com a coisa toda. Pelo menos pra mim, ele pareceu conformado até demais. Ok, ele tá acostumado ao bizarro e o estranho mas ainda assim achei que podiam ter mostrado um pouco mais de emoção por parte dele, já que a série sempre deixou subentendido (IMHO) de que apesar de admirar o pai, ele tenta ser uma pessoa bem diferente dele (compare e contraste a forma como o Sinclair tratou o próprio filho e como o Tom trata a Tesla ou até mesmo o "bastardo" da nazista lá).
Vejo o Tom como um meio termo entre Superman e Reed Richards. Ele é uma figura forte, inspiradora, heróica, "american way" como o Superman ao mesmo tempo que é o "imaginauta", explorador, super gênio e caçador do fantástico como o Reed. Por conta disso, achei que podiam ter colocado mais humanidade nas partes em que ele lida com a questão de que o fim de tudo como ele conhece chegou. Tirando a parte da revelação do Saveen, o cara me pareceu sério/conformado a maior parte do tempo.
Outra coisa foi que a família do Tom me pareceu MUITO jogada pra escanteio. Considerando o quanto eles foram trabalhados na série até então, parece até um desserviço ao mesmos. Ok, o gibi se chama TOM STRONG e não "Tom e seus amiches" e não sou e nem serei parte da elite dos fãs do gorila, do robô ou do homem lava, mas considerando que eles eram parte integral da série, é meio estranho ver que chega na última edição e eles praticamente entram mudos e saem calados. Até a Tesla, que tava sendo construída meio que como um legado do pai quase não participou.
Sei lá, fica a sensação de que Moore fez o final por fazer, pra pagar as contas e ter certeza de que ninguém mais ia continuar o título depois desse final

Fico imaginando se a saída dele do título, relativamente cedo, não foi porque ele cansou do personagem e quis ser focar em brincar mais com Promethea.
Aliás, o final de Strong e Promethea é próximo da época que a DC comprou a Wildstorm? Não duvidaria disso ter alguma relação também.
Longe de mim detratar a história final ou o roteiro do Moore, mas como eu disse ainda não me decidi sobre o que acho do final

Em termos de arte, temos uma boa equipe de desenhistas, sendo que o mais fraco foi o Paul Gulacy. Aliás, é interessante ver nas biografias que ele fez Mestre do Kung Fu pra Marvel. Lembrei que ele tinha sido votado no ranking de desenhistas e que alguém comentou que ele era muito bom nas histórias do Shang Chi mas acabou piorando. Uma pena.
Finalizando, não vi nenhum erro nessa edição da Panini digno de nota, mas achei estranho que na lombada apenas o Mordoock (ou seja lá como escreve), o Moore, Ordway e Sprouse foram citados enquanto os demais foram omitidos sendo que na edição anterior, creditaram praticamente todo mundo

Enfim, agora é dizer adeus a Tom Strong e sonhar com a possibilidade (remota) da Panini publicar Top Ten e Tomorrow Stories. Esse Universo ABC me pareceu muito interessante.
Comment