X-Men Extra 68
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Avaliação:
Sem sombra de dúvida, Astonishing X-Men é um dos melhores títulos publicados atualmente. Toda a essência do universo dos X-Men consolidada ao longo dos anos e que conquistou uma legião de fãs encontra-se neste título. Magistralmente escrito por Joss Whedon, que atrasa um bocado para entregar os roteiros, é interessante notar que a cada edição lançada o leitor consegue perdoá-lo dada a qualidade do texto, com exceção de uma ou outra voz isolada e sem ressonância.
Depois do segundo arco, "Perigoso" (ou algo assim...), que foi aquém do primeiro, o título parece voltar a se destacar dada a nova trama que se desenvolve desde a edição passada. O Clube do Inferno, uma das organizações de vilões mais interessantes dos quadrinhos, está de volta e agora é composto por Sebastian Shaw, Cassandra Nova, Míssil Adolescente Megassônico (
) e Emma Frost. A participação desta última foi o grande chamariz para o início da nova “temporada” da revista e nesta edição vemos como foi, em termos, o planejamento da dizimação da população de Genosha, mostrada no arco E de Extinção, há algum tempo atrás.

Após aparecer travestida de Fênix, Emma Frost mostra a Scott ao longo da edição os entraves psicológicos que ele teve que lidar desde o dia do acidente de avião que culminou na sua orfandade. É interessante notar o paralelo que o Whedon desenvolve ao mostrar as inseguranças do personagem com relação às pessoas à sua volta, ao seu modo amar, com os poderes contidos pelo seu visor de quartzo rubi. À primeira vista, parece pura maldade da ex-Rainha Branca ao ficar brincando com os sentimentos do Ciclope, mas quanto mais a história se desenvolve, vemos que, por mais que tudo indica que uma trama maior está por trás disso tudo, a intenção de Emma não é das piores.
E nisso, devemos parabenizar o Whedon pelo espetáculo de caracterização deste casal de personagens. Existem várias passagens dignas de nota em míseras vinte e duas páginas, e pouquíssimas pessoas conseguem escrever tanta coisa boa em um espaço tão curto.

O ponto alto, na minha opinião, ocorre quando a Emma compara o Ciclope com os outros líderes do universo Marvel. Inicialmente, destaca todas as qualidades dos demais integrantes dos X-Men, mostrando algo de especial em cada um deles, à exceção do pobre Scott e conclui de forma massacrante:
“Você já viu outros lídres, Scott. Eles se destacam. Não têm como evitar. Na única vez em que você precisou defender seu título, o perdeu para Tempestade. Potencialmente, os X-Men são a equipe mais poderosa do planeta... e Xavier lhe entregou o comando. Por pena. Porque acreditava que você seria um fiasco se não tivesse um pouco de motivação.”

Para mim, a melhor passagem, de longe. A lembrança da disputa do título com a Tempestade, ocorrida há um bom tempo atrás, também é um bom alento para quem acompanha os personagens e vê sua história ser respeitada no meio de tanta confusão que se seguiu ao longo dos anos, notadamente nos anos 90. Inclusive, muito boa essa história lembrada, que foi desenhada pelo John Romita Jr. (EDIT: Rick Leonardi,valeu Wiron!! É sempre bom contar com os colegas mutuninhas. :P ) e escrita pelo Claremont (claro que tinha que ser ele!). Salvo engano, foi publicada aqui em X-Men 25 da Editora Abril. Quem achar num sebo qualquer, vale muito a pena a leitura! Abaixo, a capa original e a homenagem do Cassaday:


Não poderia terminar de falar sobre a história sem destacar a hilária cena da Kitty, ao usar seus poderes na hora mais inapropriada possível. Quem não for comprar a revista, dá uma folheada que é muito boa a cena.
Minha única crítica é a falta de desenvolvimento do Colossus. As vozes que o defendem dizem que ele é “quietão” assim mesmo, mas penso que não obstante tenha sido uma boa hora para trazê-lo de volta, o personagem simplesmente voltou e o máximo que faz é dar uns beijinhos na Kitty e soltar uma frase ou outra, de forma lacônica, de vez em quando.
Há também um interlúdio mostrando a Agente Brand, da ESPADA, uma subdivisão da SHIELD, tendo acesso ao nome do mutante que aparentemente destruirá o Grimamundo (
).

Nos desenhos, John Cassady mantém o alto padrão das edições anteriores e faz belas seqüências, com destaque para o formato “widescreen”. Algumas expressões da face da “Jean” ficaram meio esquisitas mas a Emma que ele desenha compensa qualquer coisa. Destaque também para o Fera que, por mais "mero" coadjuvante que seja no título, é sempre muito bem retratado tanto nas falas como nos desenhos.
Pra concluir, termino dizendo que essa história não deixa de ser uma espécie de redenção para aqueles que não viam nenhum significado no modo de ser do Ciclope. Uma coisa é não concordarmos com as atitudes dele, outra é maldizê-lo pelo simples fato de ele não posar de fodão. Uma bela distinção de personalidades. E é exatamente essa a beleza das equipes de super-heróis: a heterogeneidade dos seus integrantes. E que me perdoe a concorrência e os atuais “bam bam bans” do momento mas, neste quesito, ninguém supera os X-Men.

Abraço a todos!!!

Postado originalmente por Panini
Avaliação:
Sem sombra de dúvida, Astonishing X-Men é um dos melhores títulos publicados atualmente. Toda a essência do universo dos X-Men consolidada ao longo dos anos e que conquistou uma legião de fãs encontra-se neste título. Magistralmente escrito por Joss Whedon, que atrasa um bocado para entregar os roteiros, é interessante notar que a cada edição lançada o leitor consegue perdoá-lo dada a qualidade do texto, com exceção de uma ou outra voz isolada e sem ressonância.
Depois do segundo arco, "Perigoso" (ou algo assim...), que foi aquém do primeiro, o título parece voltar a se destacar dada a nova trama que se desenvolve desde a edição passada. O Clube do Inferno, uma das organizações de vilões mais interessantes dos quadrinhos, está de volta e agora é composto por Sebastian Shaw, Cassandra Nova, Míssil Adolescente Megassônico (


Após aparecer travestida de Fênix, Emma Frost mostra a Scott ao longo da edição os entraves psicológicos que ele teve que lidar desde o dia do acidente de avião que culminou na sua orfandade. É interessante notar o paralelo que o Whedon desenvolve ao mostrar as inseguranças do personagem com relação às pessoas à sua volta, ao seu modo amar, com os poderes contidos pelo seu visor de quartzo rubi. À primeira vista, parece pura maldade da ex-Rainha Branca ao ficar brincando com os sentimentos do Ciclope, mas quanto mais a história se desenvolve, vemos que, por mais que tudo indica que uma trama maior está por trás disso tudo, a intenção de Emma não é das piores.
E nisso, devemos parabenizar o Whedon pelo espetáculo de caracterização deste casal de personagens. Existem várias passagens dignas de nota em míseras vinte e duas páginas, e pouquíssimas pessoas conseguem escrever tanta coisa boa em um espaço tão curto.

O ponto alto, na minha opinião, ocorre quando a Emma compara o Ciclope com os outros líderes do universo Marvel. Inicialmente, destaca todas as qualidades dos demais integrantes dos X-Men, mostrando algo de especial em cada um deles, à exceção do pobre Scott e conclui de forma massacrante:
“Você já viu outros lídres, Scott. Eles se destacam. Não têm como evitar. Na única vez em que você precisou defender seu título, o perdeu para Tempestade. Potencialmente, os X-Men são a equipe mais poderosa do planeta... e Xavier lhe entregou o comando. Por pena. Porque acreditava que você seria um fiasco se não tivesse um pouco de motivação.”

Para mim, a melhor passagem, de longe. A lembrança da disputa do título com a Tempestade, ocorrida há um bom tempo atrás, também é um bom alento para quem acompanha os personagens e vê sua história ser respeitada no meio de tanta confusão que se seguiu ao longo dos anos, notadamente nos anos 90. Inclusive, muito boa essa história lembrada, que foi desenhada pelo John Romita Jr. (EDIT: Rick Leonardi,valeu Wiron!! É sempre bom contar com os colegas mutuninhas. :P ) e escrita pelo Claremont (claro que tinha que ser ele!). Salvo engano, foi publicada aqui em X-Men 25 da Editora Abril. Quem achar num sebo qualquer, vale muito a pena a leitura! Abaixo, a capa original e a homenagem do Cassaday:


Não poderia terminar de falar sobre a história sem destacar a hilária cena da Kitty, ao usar seus poderes na hora mais inapropriada possível. Quem não for comprar a revista, dá uma folheada que é muito boa a cena.
Minha única crítica é a falta de desenvolvimento do Colossus. As vozes que o defendem dizem que ele é “quietão” assim mesmo, mas penso que não obstante tenha sido uma boa hora para trazê-lo de volta, o personagem simplesmente voltou e o máximo que faz é dar uns beijinhos na Kitty e soltar uma frase ou outra, de forma lacônica, de vez em quando.
Há também um interlúdio mostrando a Agente Brand, da ESPADA, uma subdivisão da SHIELD, tendo acesso ao nome do mutante que aparentemente destruirá o Grimamundo (


Nos desenhos, John Cassady mantém o alto padrão das edições anteriores e faz belas seqüências, com destaque para o formato “widescreen”. Algumas expressões da face da “Jean” ficaram meio esquisitas mas a Emma que ele desenha compensa qualquer coisa. Destaque também para o Fera que, por mais "mero" coadjuvante que seja no título, é sempre muito bem retratado tanto nas falas como nos desenhos.
Pra concluir, termino dizendo que essa história não deixa de ser uma espécie de redenção para aqueles que não viam nenhum significado no modo de ser do Ciclope. Uma coisa é não concordarmos com as atitudes dele, outra é maldizê-lo pelo simples fato de ele não posar de fodão. Uma bela distinção de personalidades. E é exatamente essa a beleza das equipes de super-heróis: a heterogeneidade dos seus integrantes. E que me perdoe a concorrência e os atuais “bam bam bans” do momento mas, neste quesito, ninguém supera os X-Men.

Abraço a todos!!!

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