
Matt Murdock está de volta a Nova York e, de algum modo, conseguiu ocultar novamente sua identidade secreta do mundo. Mas há fantasmas de seu passado dos quais ele não consegue escapar. Como a primeira mulher que ele amou. a primeira que ele perdeu. Elektra Natchios chegou à Grande Maçã e tudo que ela quer é vingança contra o Homem Sem Medo!
(Daredevil 6-9, Daredevil Annual 1)
Revista especial
Formato americano
124 páginas
Papel LWC, capa cartonada
R$ 19,90
Distribuição nacional
Continuação do run do Charles Soule a frente do demônio, e olha, só tenho elogios. Quando lia o tópico de "importados" do Demolidor, os scanzeiros falaram, se não estou enganado, que em certo momento as histórias iriam degringolar. Felizmente, não é o que ocorre aqui. Longe de fugir também do fato da identidade do Demolidor ter "voltado para dentro da caixa", Soule trabalha com isso fazendo com que até mesmo a Elektra tenha se esquecido disso.
Nossa história começa com o Demolidor pelos telhados e sendo atacado pela Elektra, ele pensa que ela veio de amiguinha, mas tomou no cu. Ao longo da história é revelado como Elektra chegou até o Demolidor e a revelação bombástica até o gancho pra parte seguinte.

Revelar detalhes da trama vai estragar a surpresa de quem leu, mas porra, história fodida de boa. É claro que o final é meio chumbrega, já que se tratou de uma história em apenas duas partes, mas serviu para atiçar a mente do leitor sobre as perguntas que cercam o Demolidor no momento.

essas fuleragens que fazem com o Demolidor



A arte do Matteo Buffagni tá DO CARALHO. Se antes já era irada em O Espetacular Homem-Aranha #4 e #5, aqui casa perfeitamente com o clima do gibi do Demolidor. Está ainda mais minimalista do que no gibi do Aranha. Espero ver o artista em mais histórias do demônio.

Nas últimas duas edições americanas da série publicadas no gibi, temos mudança de artista e de ares. Dessa vez o Demolidor precisa se DISFARÇAR para vencer um torneio de pôquer! Quem disse que esse gibi não é divertido? História bacanérrima onde o negócio é ver o Matt se desdobrando pra ganhar um torneio de pôquer da máfia de Macau sem nem ver as cartas!

foda!
Só que o torneio todo não passou de uma estratagema! Na segunda parte da revista e do plano, Demolidor se encontra com o amigão da vizinhança, que assim como Elektra não se lembra da identidade do Demolidor, mas mesmo assim sente que pode confiar nele. História massa de team up que não acrescenta nada a trama, mas pelo menos serviu para ver o quanto anda a relação entre esses icônicos personagens. A arte aqui é de Goran Sudzuka, que está bem abaixo do Buffagni, mas também não faz feio.

O final do gibi ainda tem um anual do Demolidor publicado lá fora. Trata-se de uma aventura do Demolidor envolvendo a Eco. Achei o roteiro muito doido e cheio de conveniências, mas o que fica de destaque é a bela arte de Vanesa R. Del Rey. Esse é aquele tipo de história que se deve perdoar os pequenos defeitos do roteiro para apreciar uma bela arte, e até uma ideia bem boa, bem bolada.


Ao final do gibi, o restinho do anual, temos o retorno de um veterano, ROGER McKENZIE escrevendo uma história curta envolvendo Demolidor e Gladiador. O Roger McKenzie infelizmente teve POUCO MATERIAL publicado aqui no Brasil, ele precedeu o Frank Miller nos roteiros e até fez alguns pro Chicão quando ele só era o desenhista do gibi. Ele é mais conhecido pela história onde faz com que o Demolidor vá pra cima do Hulk!

Verdade seja dita, a história é bem qualquer nota, e o roteirista nunca teve lá grande destaque. De fato, lendo a entrada na Wikipédia sobre o Demolidor nos anos 80, percebe-se que o roteirista nunca foi lá essas coisas e foi chutado pra que o Chicão pudesse botar o barco pra andar. Arte bem boa do Ben Torres.

Mais uma edição bem legal do Demolidor do Charles Soule. Ainda inferior ao começo do run do Waid onde tudo eram flores, mas que a medida que o tempo foi passando a gente viu que o puto não conseguia criar uma história onde surgisse uma solução simplória para um problema apoteótico. Aqui as coisas vão mais no pé no chão e bem intrigantes. Sem soluções rápidas e fáceis. A edição da Panini só possui as capas originais. Nada de capas variantes. Edição satisfatória.
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