
Seja bem-vindo a Pleasant Hill, uma adorável cidade perfeita com habitantes perfeitos que parece ter saído da imaginação do melhor administrador municipal de todos os tempos! Será mesmo?! É o início de Vertentes que trará mudanças consideráveis ao Universo Marvel, principalmente para Steve Rogers! Os Fabulosos Vingadores encontram o Destruidor… e ele está muito assustado com o que viu em Pleasant Hill! O Criador não desistiu dos seus planos e coloca uma Tigresa Branca de uma outra realidade contra os Novos Vingadores!
(Avengers Standoff: Welcome to Pleasant Hill 1, New Avengers 7, Uncanny Avengers 7)
Revista Tradicional
Formato 17x26 cm
84 páginas
Papel LWC
Capa Couché, Lombada Canoa
R$ 9,60
Distribuição Nacional
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Pleasant Hill é a cidade perfeita, que mostra até onde a humanidade é capaz de progredir quando todos os seus esforços são voltados para o bem comum! No entanto, por trás dessa fachada irretocável existe um mal que pode desafiar o poder combinado dos vários homens que empunharam o escudo do Capitão América! E ainda: Steve Rogers tenta reaver um item de valor sentimental muito importante para ele!
(Avengers Standoff: Assault on Pleasant Hill 1, Captain America: Sam Wilson 7 (III))
Revista Tradicional
Formato 17x26 cm
52 páginas
Papel LWC
Capa Couché, Lombada Canoa
R$ 7,20
Distribuição Nacional
Começam nessas revistas a primeira "saga" da Marvel envolvendo vários gibis e interligando outros tantos após os eventos de Guerras Secretas. Trata-se da história Standoff, que aqui ganhou o curioso nome de "Vertentes". Como sou uma espécie de "às da matemática", também tenho vasto conhecimento geométrico, por isso as "vertentes" são símbolos da Matemática que querem dizer que duas ou mais retas se encontram num ponto longínquo de determinado plano. Nesse sentido, o nome da saga tem lógica, porque assim como duas linhas que se encontram num determinado ponto, também estão fadados a se encontrarem nesse ponto as várias facções conflitantes dessa narrativa. Um trabalho execepcional de tradução e adaptação da Panini, em dar um termo das Matemáticas para algo tão objetivo e livre de nódoa como essa história. Ponto para Panini.

Para publicar essa história, que engloba o grupo dos Fabulosos Vingadores e também envolve eventos vistos recentemente no gibi do Capitão América, a Panini está lançando o gibi interligado, uma prática comum nos anos 90. Para ler e entender a saga, ou melhor dizendo, a ordem de leitura é a primeira história do gibi dos Vingadores, depois se volta para o gibi do Capitão América #4 e aí então voltamos para a história dos Fabulosos Vingadores nesta edição número #8. A Panini deixa claro em editoriais e avisos quando se deve ler tal edição, mas faltou mesmo foi um organograma esquemático para não perdermos nenhuma edição.

Bem-vindo a Pleasant Hill (em Vingadores #8): essa é a história que começa a coisa toda. O gibi começa com o Bucky invadindo uma instalação secreta da Shield. Depois disso acompanhamos a vida de um cara sem memória que está em Pleasant Hill, uma comunidade americana que todos são bem amáveis. O sujeito que não se lembra quem é logo é nomeado de "Jim" e participa de várias sessões para tratar de sua mania de perseguição que o faz querer sair correndo da cidade.

Ao longo da história vamos notar as particularidades de Pleasant Hill assim como a sua moradora mais estranha, uma garotinha que parece "saber das coisas". Só que aí tem um incêndio numa das casas, e o "Jim", prontamente vai até lá salvar uma criança (depois vamos ver que isso não faz sentido nenhum...), e mesmo depois volta para pegar alguém que teria ficado pra trás. É aí que começa a grande revelação da história.

A história tem um "quê" de Show de Truman proposital. No geral, trata-se de uma apresentação diferente da premissa para o leitor. Além é claro de mostrar o porquê de não ter dado certo, mas o foco é totalmente outro. Se por um lado é diferente, uma maneira inusitada de se iniciar uma saga, por outro é meio chato e enfadonho todos os diálogos até chegar no momento que realmente interessa. Cortesia de Nick Spencer, e nos desenhos um Mark Bagley meio Alan Davis, mas sem a graça do mesmo. O gibi é mais um prólogo mais elaborado, porém um tanto quanto longo.

Ataque a Pleasant Hill (em Capitão América #4): continuando a linha narrativa, o leitor deve pular para a edição do Capitão sem ler a história dos Fabulosos Vingadores do gibi dos Vingadores. Aqui é onde o caldo entorna, mostrando que Bucky está investigando essa porra toda por puro roteirismo, já que segundo a cronologia devia estar lá no espaço, sendo o "Nick Fury do espaço" depois de Pecado Original. A história anterior fala que "algo saltou aos seus sistemas", no mínimo foi por conta do idiota da GRANDE REVELAÇÃO para quem é leitor do gibi do Capitão América vai ter nesta edição.
Após mais um prólogo mostrando que o "Bucky sabe das coisas", temos em PERPENDICULAR (






O tal do Sussurrante é ninguém mais, ninguém menos que RICK JONES! Ahh, vai tomar no meio do cu esse Nick Spencer. Além de colocar convenientemente o Bucky voltando do espaço, afinal de contas precisava dele para utilizar na sua trama, ainda por cima diz que após se transformar o Bomba A, Rick Jones ganhou uma espécie de "poder de absorção de conhecimento momentâneo" e aprendeu a ser um "hacker" de computador. Vai tomar no cu. Se eu tivesse esse tipo de poder, ia utilizar para passar num concurso de órgão público federal, mas aparentemente Rick sabe onde colocar seu dinheiro. Esse Rick Jones é um panaca, o PIOR COADJUVANTE DE TODOS OS TEMPOS, então eu vou nem gastar linha e dedo falando o quão é idiota isso tudo. Mas pelo "argumento da diversão" e para não gerar "discussão pela discussão", então teje bão.

A história é a seguinte: tava rolando no gibi do Capitão América que o uso de fragmentos de Cubo Cósmico pela Shield para algum projeto de segurança foi achincalhado na mídia justamente pela exposição do tal Sussurrante. Isso tudo ocorreu off-panel. Na primeira edição do gibi do Capitão América isso é mencionado como o motivo principal para a ruptura entre Shield e Capitão América (Sam Wilson) e uma certa desavença entre Steve e Sam. Veja bem que isso tudo ficou meio por alto e nem era o plot principal do gibi. O negócio só ficou bom de verdade a partir da segunda edição com a trama da Sociedade da Serpente S.A. . De qualquer maneira, pensou que esse angú da porra dos fragmentos tinha sido esquecido ou seria algo melhor trabalhado depois.

Então, aparentemente, Cubos Cósmicos fazem sexo... . Não me pergunte como, mas os fragmentos geraram uma cria que foi a principal responsável para que Maria Hill criasse o seu próprio "Show de Truman", mas com os VILÕES como coadjuvantes na história, com suas memórias apagadas, monitorados por agentes da Shield a paisana e vivendo vidas normais. Pois é. Ao invés de falar mal da trama e tal, que é até bem instigante, verdade seja dita, vou dizer uma coisa apenas: lembram de como toda a zoeira começou com os insurgentes, de um dos internos tacando fogo numa casa só pra falar com o recém convertido "Jim". Pois é, tinha uma criança/bebê nesse incêndio, né? Pois então, a criança foi salva, mas aparentemente, como serviço de manutenção de segurança, é norma recorrente na SHIELD colocar um BEBÊ numa casa fake que, apesar do papo desconfiado na história anterior, devia ter gerado TODOS OS ALARMES POSSÍVEIS que algo estava errado, já que é um ambiente controlado. Não vou chegar ao ponto que a história é ruim por causa disso. Mas chego ao ponto que o Nick Spencer é um escritor de bosta sim.

além de dar uma personalidade toda sassy para a Maria Hill, parecendo outro personagem...
Inconvenientes a parte, a leitura é boa. Flui bem. O grande momento do gibi vai pra quando tudo finalmente vai pro caralho e graças ao especial anterior a esse, a história anterior, o leitor SABE que vai dar merda. Bem legal. Outra coisa que deu merda, foi o Nick Spencer colocar uma cena assim:

Por que o Nitro não PULVERIZOU a Hill?
Porra, aí ele vai e me coloca o NITRO pra atingir a Hill e o Comandante América, Steve tá sem o soro, vale lembrar. Pois então o Nick Spencer acha por bem botar uma cena do Nitro EXPLODINDO a Hill para que na página seguinte ela apareça apenas escoriada. Tá sertu. Afora essas panaquices do Nick Spencer, vamos ver até onde isso vai dar, o gibi é bem divertido. Uma boa história, mas cheia de buracos. A arte do Jesus Saiz somente colabora para que este seja um bom gibi (apesar das cagadas do roteiro).

Fabulosos Vingadores (em Vingadores #8): aqui é um gibi ligado a saga Vertentes. Enquanto Pietro e Doutor Vudu resolvem questões familiares, ou não, os Vingadores recebem um chamado, não sei bem de quem, para ir até Connecticut, para uma emergência. Não sei se o chamado do Comandante para a equipe no especial de Capitão América #4 funcionou ou se foi outro roteirismo, dessa vez cortesia do Gerry Duggan, escrevendo a equipe de Vingadores menos legal.

Basicamente, é a história onde coloca alguma equipe dos Vingadores na situação. E até que é uma história simples e bem legal. Com certeza atrapalhou um pouco o andamento das coisas para o run do Duggan, mas até que consegue fazer um gibi bem legal, inclusive remetendo a "contratação" do Destruidor pelo Deadpool na última edição. Vamos combinar que os planos do Duggan para a série estavam uma bela duma merda também, com o Caveira Vermelha fazendo aparição surpresa no final de cada edição. Aqui eu já gostei da arte do Ryan Stegman: é bem divertida e sabe criar feições impactantes e ação desenfreada. Acho que o tom verde do primeiro arco foi que me deixou enjoado mesmo.

Os Novos Vingadores (em Vingadores #8): essa história não tem nada a ver com a saga Vertentes, por isso pode ser lida independente de qualquer coisa. Após os eventos da última edição, os Novos Vingadores tão por aí impedindo tretas. Aí aparentemente o Reed Richards do Universo Ultimate pegou ESCONDIDO E NINGUÉM VIU o amuleto do Tigre Branco daquela dimensão. E resolve fazer um experimento entregando nas mãos da Angela Del Toro, uma Tigresa Branca que foi morta e ressurrecta pelo Tentáculo.

Histórinha boa. Bem simples e direta. É CLARO que apresenta algumas conveniências de roteiro, como o Richards Ultimate convenientemente ter pego um AMULETO MÍSTICO no seu mundo para estudo. Eu só não faço ideia de quem é essa Angela Del Toro, foi personagem do run anterior do Ewing em Poderosos Vingadores? Nem li tudo daquela fase ainda. Na arte, J. Cassara, arte razoável, mas um colírio para os olhos após aquele chicano Sandoval nos rabiscos.

Bosta restante do Capitão América (em Capitão América #4): aqui se trata apenas de uma história curta escrita e desenhada pelo Tim Sale, o grande diferencial. Um quadro emulando o Jim Steranko e teje bão. É o que tem pra hoje.

Apesar dos pesares, essa saga Vertente começou bem boa. Empolgado para o desenrolar dela.
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