
Após a violenta investida do ser cósmico chamado Aniquilador e uma tentativa de conquista pelos organismos coletivos da Falange, o nosso Universo se encontra bastante fragilizado. Impérios caíram, raças chegaram à beira da extinção e a destruição total parece iminente. É nesse cenário dantesco que Peter Quill, mais conhecido como Senhor das Estrelas, decide que é necessário formar um grupo para proteger toda a existência. Sendo assim, ele reúne alguns dos mais poderosos seres que o universo já viu. Adam Warlock; Drax, o Destruidor; Gamora; a nova Quasar, Phyla-Vell; Mantis; Groot; e, claro, Rocky Racum. Acompanhe as aventuras dos mais improváveis heróis que já existiram, singrando a galáxia e confrontando as maiores ameaças do universo!
(Guardians of the Galaxy 1 a 6)
148 páginas, papel LWC, R$ 21,90
A esta altura, isso já não é nenhuma novidade… Mas Guardiões da Galáxia, da dupla Abnett e Lanning (que é o que vale),é um GIBIZÃO!
A ideia de, inicialmente, colocar o grupo para corrigir anomalias geradas no próprio tecido da realidade (como consequência de Aniquilação e Aniquilação 2 – A conquista) é bem legal, principalmente porque permite algumas “piradas” bem maneiras. Assim, o grupo enfrenta desafios bastante variados, desde uma Igreja que canaliza a crença de seus fiéis até uma monstro de meleca disforme, sem contar o surgimento de um suposto viajante temporal.
Mas a grande atração, obviamente, é a dinâmica entre os membros do grupo. Afinal, é uma equipe formada, basicamente, por personagens “lado b”, com perfis bem distintos (alguns, pouco sociáveis). Desde o início, nós nos indagamos como um grupo assim pode funcionar, e, ao longo de todo o arco, é possível perceber o esforço de Peter Quill pra liderar e manter essa trupe mais ou menos unida. Os roteiristas, inclusive, reservam um belo plot twist sobre esse assunto para o final do arco.
O arco esbarra em Invasão Secreta (megaevento da época em que estas histórias foram originalmente lançadas), mas Abnett e Lanning conseguem encaixar a treta com os skrulls de forma natural na série, sem parecer que foi algo editorialmente imposto (mesmo que nós saibamos que foi). Os autores exploram a paranoia gerada por uma possível infiltração skrull, para acirrar os ânimos entre os membros do grupo, que, normalmente, já são lá muito amigáveis entre si.
Enfim, gibizão de primeira, pra ser lido sem medo de ser feliz.
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