Ano passado, ao anunciar o Rebirth da DC, Geoff Johns afirmou que essa nova fase editorial duraria 2 anos.

Como todo mundo já sabe, o Rebirth da DC é um back to basics depois da tentativa de renovação gerada pelos New 52, principalmente após o fracasso da linha DC You. No one-shot de Rebirth Geoff Johns insere alguns elementos de um gibi da DC que, até então, tinha apenas influenciado, nunca aparecido de fato no Universo DC: Watchmen.

O Rebirth logo se tornou um sucesso de vendas, muito por conta dessa estratégia de back to basics, mas também pelo fator mistério que ronda toda a linha, graças a essa suposta ligação com Watchmen. Isso pode ser visto no resultado das vendas de abril, com o crossover entre Batman e Flash envolvendo o bottom do Roscharch vencendo as vendas de Secret Empire, nova saga da Marvel.

A Marvel, de olho no sucesso da DC e preocupada com sua soberania nas vendas, anunciou que também vai voltar ao feijão com arroz, deixando de lado os gibis "inovadores" que tentou emplacar, sem sucesso, após Secret Wars, do Hickman.

O problema, no entanto, não é simples. As histórias da DC estão engessadas por conta desse grande mistério envolvendo Watchmen, e poucos autores estão conseguindo trabalhar com verdadeira liberdade, sendo impossibilitados de escrever sobre o que o público realmente quer ler: qual o envolvimento real dos personagens de Alan Moore? Seria o Dr. Manhattan responsável pelas mudanças do Universo DC? Etc...
Essa estratégia é interessante do ponto de vista financeiro, principalmente. Quando as vendas começam a cair, a DC libera uma migalha do mistério pros seus leitores, convencendo-os a continuar lendo seus gibis. Mas também poda a criatividade de autores, gente do naipe do Brubaker, BKV, Gillen, Fraction, Rucka, etc, que inclusive saíram das duas majors e foram escrever o que querem na Image. Até o Morrison sumiu, virou editor da Heavy Metal...
Depois de tudo que descrevi, me pergunto: As majors realmente vão abandonar o conceito de mega sagas anuais (a maioria realmente ruim), ou só trocaram por projetos de linhas editoriais que fazem o leitor continuar comprando gibis por inércia, na esperança de se juntar peças para quebra-cabeças cada vez mais sem-graça? Esse engessamento editorial é realmente o que nós, leitores, queremos? A fase caracterizada por maiores liberdades editoriais que marcou os anos 2000 ficou pra trás?

Como todo mundo já sabe, o Rebirth da DC é um back to basics depois da tentativa de renovação gerada pelos New 52, principalmente após o fracasso da linha DC You. No one-shot de Rebirth Geoff Johns insere alguns elementos de um gibi da DC que, até então, tinha apenas influenciado, nunca aparecido de fato no Universo DC: Watchmen.

O Rebirth logo se tornou um sucesso de vendas, muito por conta dessa estratégia de back to basics, mas também pelo fator mistério que ronda toda a linha, graças a essa suposta ligação com Watchmen. Isso pode ser visto no resultado das vendas de abril, com o crossover entre Batman e Flash envolvendo o bottom do Roscharch vencendo as vendas de Secret Empire, nova saga da Marvel.

A Marvel, de olho no sucesso da DC e preocupada com sua soberania nas vendas, anunciou que também vai voltar ao feijão com arroz, deixando de lado os gibis "inovadores" que tentou emplacar, sem sucesso, após Secret Wars, do Hickman.

O problema, no entanto, não é simples. As histórias da DC estão engessadas por conta desse grande mistério envolvendo Watchmen, e poucos autores estão conseguindo trabalhar com verdadeira liberdade, sendo impossibilitados de escrever sobre o que o público realmente quer ler: qual o envolvimento real dos personagens de Alan Moore? Seria o Dr. Manhattan responsável pelas mudanças do Universo DC? Etc...
Essa estratégia é interessante do ponto de vista financeiro, principalmente. Quando as vendas começam a cair, a DC libera uma migalha do mistério pros seus leitores, convencendo-os a continuar lendo seus gibis. Mas também poda a criatividade de autores, gente do naipe do Brubaker, BKV, Gillen, Fraction, Rucka, etc, que inclusive saíram das duas majors e foram escrever o que querem na Image. Até o Morrison sumiu, virou editor da Heavy Metal...
Depois de tudo que descrevi, me pergunto: As majors realmente vão abandonar o conceito de mega sagas anuais (a maioria realmente ruim), ou só trocaram por projetos de linhas editoriais que fazem o leitor continuar comprando gibis por inércia, na esperança de se juntar peças para quebra-cabeças cada vez mais sem-graça? Esse engessamento editorial é realmente o que nós, leitores, queremos? A fase caracterizada por maiores liberdades editoriais que marcou os anos 2000 ficou pra trás?
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