
A GRANDE INVASÃO
Texto: Boselli * Desenhos: Letteri
Em Wackett, uma cidadezinha do Texas, Tex participa do funeral de um velho amigo e conta ao seu filho Kit a aventura que os dois viveram, muitos anos antes, ao enfrentar a grande invasão dos comanches. Como ranger, Tex recebera a ordem de alertar as famílias dos colonos do norte do Texas sobre o perigo. Em Rio Concho, uma estação postal, os fugitivos que o jovem ranger está escoltando, entre eles um grupo de condenados acorrentados, descobre que um bando avançado de comanches já está ali e realizou um massacre. Os índios estão divididos em três bandos e são comandados por três chefes diferentes, tendo cortado todas as rotas para os fortes da região.
Formato 13,5 x 17,6 cm
328 pags
R$ 24,90
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Esta aqui é simplesmente um dos MAIORES ÉPICOS DO TEX que eu já li! QUE GIBI, MEU DEUS, QUE GIBI! A história começa moderadamente quando chegam a uma cidade no meio do cu do mundo onde venta mais do que no Ceará, eles chegam para o enterro de um morto, que todos na cidade sabiam se tratar de um antigo criminoso, mas que Tex tem a mais alta estima. Nisso, o xerife da cidade, reconhecendo Tex e sua famosidade pelo nome, pede para que destrince a história do falecido, e nisso Tex começa a narrar.
Tex narra a história de quando os COMANCHES resolveram invadir os Estados Unidos pelo México, varrendo tudo e todos que encontravam pela frente. Após o falecimento do chefe Nokona, Buffaloi Chief, Quanah Parker e Tonkawa resolveram que era hora de invadir a porra toda, e por isso começaram a saquear e matar todos os colonos que viam no seu caminho. Os rangers recebem a missão de resgatar esses colonos e é aí que nosso pard entra. Desta vez é uma história SEM KIT CARSON, e sem QUALQUER OUTRO ALIADO mais conhecido do Tex, exceto aqueles que faz durante sua aventura.
Tex vai se dar com os colonos e encontra uma companhia inusitada: um grupo de três soldados escoltando 6 prisioneiros para reformarem uma ponte. Prontamente Tex os avisa do perigo e quando voltar com os últimos dos colonos, pretende arrebanhar os soldados, assim como os prisioneiros. Após um primeiro encontro funesto com os colonos, Tex logo se põe em marcha, misturando colonos com prisioneiros, e começa uma das histórias mais instigantes e interessantes do Tex que li em muito tempo, uma história humana, cheia de perspectivas e interesses. Desde colonos insatisfeitos com as decisões do Tex a prisioneiros loucos para fugir no menor sinal de distração, o que temos aqui é uma história armada para confusão. E ela acontece!
Os índios vão atrás do grupo, e Tex põe todos em marcha. Tex precisa repelir os batedores comanches, e quem diria que alguns presos iriam AJUDAR O TEX? É isso mesmo, pards, na hora que o bicho aperta, o bom pode ser ruim, o ruim pode ser bom e o nada é igual a coisa alguma, quando se depende do gatilho rápido e das balas do revólver para sobreviver. Essa história é tão foda que mesmo nos momentos MAIS CALMOS, a tensão continua e dá pra cortar no ar com uma navalha. Os presos são Jetro, o preto, Bing, um banqueiro safado, Glenn Corbet e Kirby Doyle, parceiros no crime e nos Jathawkes na Guerra Civil, Sanders bigodinho, o trapaceiro, e o brutamontes Ogro que não solta uma palavra. Uma história cheia de ação, tensão e drama vivos.
A medida que vamos conhecendo melhor os personagens, torcemos contra e a favor de vários. Quem vai morrer? Quem vai sobreviver? E mais importante, quem é o tal que Tex vai ao enterro na cidade? Somente ao final é descoberto. História muito boa onde suas mais de 300 páginas passam voando. Uma verdadeira novela de época esse gibi do Tex. Vários são os momentos dramáticos e de tensão até chegar ao seu final.

Eu não quero mais viver!
O texto não é do Benedito Ruy Barbosa, mas do Boselli, que faz aqui uma das MELHORES HISTÓRIAS DO TEX já feitas. A arte é de Carlo Raffaele Marcello, que estava já no fim da vida quando fez esse gibi. O começo caprichado destoa um pouco do final, terminado por outro artista, Vincenzo Monti, mas ainda assim a qualidade é boa, em comparação com o excelente começo. Impressão nítida da Mythos e um texto de Julio Schneider na contra capa do gibi falando da história de Marcello e da publicação desse gibi. Edição realmente imperdível.
Tex: fazer o bem, não importa a quem
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