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Nos anos 90 pré-internet, tenho certeza que muitos amigos aqui do tópico que queriam se informar mais sobre quadrinhos, dançavam ao som popularíssimo da velha revista Wizard, que, além das informações, nos traziam capas explosivas, cards, pôsteres e mais um monte de coisinhas. Anos depois, já começando pra valer minha coleção de back issues, eu fui aos poucos descobrindo que a Wizard não criou a roda. Se a Wizard é música popular, na música clássica nós temos revistas informativas mais antigas e menos carnavalescas na forma de publicações como a Marvel Age e principalmente a Amazing Heroes e a The Comics Reader.
Eu adoro revistas assim. Tive a sorte de encontrar um monte delas pra download na internet e nelas descobri muita informação interessante, como anúncios de lançamentos da época, entrevistas bem longas com criadores detalhando o processo criativo, além de ouro puro como preview de artes à lápis (algumas delas não se encontra mais em lugar nenhum na internet) e ainda informações sobre projetos que eram dados como certos e acabaram não vendo a luz do dia por cancelamento. Um tesouro informativo pra quem curte saber bastidores dos quadrinhos.
E como colecionador de back issues, não resisti a comprar algumas delas (muitas vezes só pela arte linda de capa). Eu compraria mais, óbvio, se algumas não fossem tão caras, provavelmente pela tiragem baixa e por ser um material mais direcionado pra propaganda e não quadrinhos em si. Enquanto as Wizards dos anos 90 eram visualmente sedutoras pelo grande volume de páginas coloridas e papel bom, além dos brindes como cards cromados colecionáveis, pôsteres e mini comics, revistas velhas como a Amazing Heroes seduziam pelo excelente conteúdo informativo em suas poucas páginas de papel jornal e impressão preto-e-branca. E, claro, as capas com arte exclusiva de mestres clássicos, que foi o que me seduziu a comprar (me julguem por ser superficial ).
E aí? Quem mais curte ou coleciona revistas assim? Contém suas experiências e lembranças com a Wizard e demais revistas informativas.
Material belíssimo. Depois vou postar as capas das minhas. Marvel Age foi umas das primeiras importadas que tive, brinde da Devir na carta de resposta de uma compra (nacional), junto com um Direct Currents, o informativo da DC.
Vou começar com o principal item que adquiri no último ano, que é agora o mais antigo e raro da minha coleção.
Em 1904, uma revolução aconteceu na impressão. Com a utilização de produtos químicos, tornou-se possível obter impressão a cores de um nível jamais sonhado possível antes. E o resultado pode ser conferido no ano seguinte:
Agora farei a comparação entre o Superboy em Cores n°4 e sua contra-parte norte-americana, o Superboy n°160, uma das mais legais histórias do Superboy. capas.jpg p1.jpg p2.jpg p3.jpg
Sobre a capa. Há diferentes temas de cores usados. A diferença mais óbvia é o fundo verde, mais escuro, contudo se prestarmos atenção, notará diferenças no globo, que na versão dos EUA tem tonalidades diferentes e mais toms, além de mais detalhes nas linhas que desenham os países.
O diálogo na capa é bem simplificado, feito surpreendentemente com letras impressas (pois este não era o caso nas páginas internas). A capa dos EUA é uma capa brilhante, o padrão deles, de espessura média. A da Ebal usa uma capa cartão não brilhante, o mesmo de uma edição Ebal (mais espessa que a dos EUA).
Nesta edição de luxo, há também uma camada de plástico sobre ambas as capas, que no nosso clima troplical, costumava fazer toda diferença na preservação, impedindo a aparição de manchas de humidade, algo ainda mais prevalente pelo hábito daqui de conservar quadrinhos em ambientes abertos e pela grande porcentagem da população que vive no litoral ou perto dele.
Sobre as páginas internas, há muita diferença, não apenas entre as duas edições. mas também diferenças internas na publicação dos Eua. Isso porque há uma grande diferença na qualidade de impressão de suas páginas. Algumas foram claramente impressas em um padrão de qualidade muito inferior a dos outros.
Comparando a folha em que o Superboy aparece junto com o policial, ela é muito pior que a da Cleópatra. Não sei se dá para perceber nessas fotos, mas elas é bem mais desfocada do que as outros duas. Um bom número de páginas é assim.
Já Comparando diretamente as publicações de ambos os países, a qualidade de impressão das linhas da Ebal, comparada com as melhores páginas da versão americana, é quase a mesma.
No entanto, existe visivelmente diferenças nas cores, embora as fotos talvez não tenham feito um bom trabalho em mostrá-las. As cores são geralmente mais fortes e mais vivas na versão BR, especialmente o amarelo. A diferença é menor ao compará-las as páginas dos Eua de maior qualidade. A edição da Ebal transmite uma sensação de pop art devido as cores mais vibrantes.
Parte da diferença de cor pode estar relacionada ao papel usado. Enquanto os EUA usavam uma varidade de papel de jornal, a brasileira usava um papel de alta qualidade, de grossura parecida a da capa. São as páginas internas mais grossas que eu vi até hoje, a exceção de alguns álbuns europeus que estão em patamar semelhante.
Finalmente, as letras. Ambos usaram letras manuscritas, padrão nos quadrinhos dos EUA, mas não no Brasil, onde dependia da editora. A Ebal costumava usar em seus primeiros anos, contudo a RGE, contratou muitos de seus letreiros, então ela começou a usar um linotipo.
As letras usadas na da Ebal são grandes grandes nela, o que forçou o tradutor a ser econômico em algumas traduções, pulando alguns diálogos não essenciais e usando palavras/expressões curtas. Além disso, algumas expressões idiomáticas receberam tradução não literal, assim como alguns outros diálogos.
Postado originalmente por Gourmet sommelierVer Post
Uma delícia essas cores!
Teve uma época em que a Abril mandava imprimir as revistas no Chile (durou pouco tempo isso).
As cores eram lindas, coloridas, psicodélicas (estilo Bloch).
E tinha um cheiro maravilhoso. E falo sério. O cheiro era viciante
Nem fala, gasto uma hora para ler cada edição, só apreciando.
Ter em mãos uma back issue marcante dessas, folhear, ler, ver os detalhes da capa, olhar os anúncios da época, ler a sessão de cartas ... Tudo isso é uma experiência ímpar pra quem ama e coleciona quadrinhos. Talvez pra um brasileiro, que cresceu lendo formatinhos republicando essas histórias em formato menor, com cortes, com tradução e tal, acho ainda mais emblemático.
Pra mim, ler uma back issue é como voltar no tempo e me imaginar lá nos EUA pegando uma edição dessas numa prateleira e curtindo cada um desses detalhes que eu falei acima. É um puta upgrade em relação à experiência da infância. O que a gente não tem, infelizmente, é a sensação de ler essas histórias pela primeira vez nesse formato rudimentar, que deve ser uma experiência incrível, principalmente em relação a essas histórias fantásticas dos anos 80.
Eu assinei back issues nos anos 90, pegava mensalmente minhas X-Men dos Scott Lobdell numa Comic Shop e mesmo as histórias já estando muito aquém dos clássicos oitentistas, essa primeira leitura no formato original era maravilhosa. Por isso eu fiz o paralelo acima, de como deve ter sido pra quem leu essas back issues "fedorentas" em papel jornal vagabundo e impressão ruim na época, que traziam histórias bombásticas e com arte dos maiores mestres.
Ter em mãos uma back issue marcante dessas, folhear, ler, ver os detalhes da capa, olhar os anúncios da época, ler a sessão de cartas ... Tudo isso é uma experiência ímpar pra quem ama e coleciona quadrinhos. Talvez pra um brasileiro, que cresceu lendo formatinhos republicando essas histórias em formato menor, com cortes, com tradução e tal, acho ainda mais emblemático.
Pra mim, ler uma back issue é como voltar no tempo e me imaginar lá nos EUA pegando uma edição dessas numa prateleira e curtindo cada um desses detalhes que eu falei acima. É um puta upgrade em relação à experiência da infância. O que a gente não tem, infelizmente, é a sensação de ler essas histórias pela primeira vez nesse formato rudimentar, que deve ser uma experiência incrível, principalmente em relação a essas histórias fantásticas dos anos 80.
Eu assinei back issues nos anos 90, pegava mensalmente minhas X-Men dos Scott Lobdell numa Comic Shop e mesmo as histórias já estando muito aquém dos clássicos oitentistas, essa primeira leitura no formato original era maravilhosa. Por isso eu fiz o paralelo acima, de como deve ter sido pra quem leu essas back issues "fedorentas" em papel jornal vagabundo e impressão ruim na época, que traziam histórias bombásticas e com arte dos maiores mestres.
Eu comecei antes a ler importados e peguei uma fase legal... comecei em Uncanny 221. Havok detonando Wolverine na capa... ali começou o fim das nacionais pra mim...
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Importadas são muito marcantes na minha vida, comprei as primeiras no início da adolescência, era uma experiência indescritível pegar dois ônibus para ir ao aeroporto, todo final de mês era a mesma coisa.
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