Amigos, acabei de ver.
No geral achei um filmão (tem variadas cenas empolgantes, vide Creed, embora seja abaixo no resultado geral) e com uma puta mensagem contra radicalismos, em época de extremismos em todos os lados é bacana demais isso. A dinâmica Xavier/Magneto falada pelo Jordan é realmente uma inspiração aqui. Foda.
A diferença? Wakanda sempre foi omissa e ausente das questões políticas do continente por séculos. Ao ver toda injustiça e abuso ao seu redor e não se compadecer com seus pares, deixa injustiça se perpetuar enquanto tem recurso para isso.
Do outro lado o Killmonger quer reagir com violência e revanchismo. O desejo dele é tentar corrigir anos de exploração com os mesmos métodos de liquidação; isso claramente é a resposta errada, porque dar na mesma é se tornar aquilo que se está combatendo.
E T'Challa (sempre preocupado) encontra um caminho do meio, pacífico e sem omissão no fim.
Gosto particularmente como o Killmonger traz divisão e guerra para a própria Wakanda, faz as tribos racharem e se confrontarem. Kaluuya tá bom demais e em determinado ponto ele olha pro campo de batalha e se arrepende de ver seus compatriotas se agredindo - Cogler é inteligente ao não ficar explicando textualmente tudo isso. Enquanto isso, o Pantera traz unificação, conseguindo reunir a Tribo das Montanhas, que tanto vivia isolada , distante da capital e rachada.
Essa diferença entre os dois é o grande legado dessa história.
Ainda que a motivação do vilão venha de uma injustiça, a resposta violenta e extremada nunca deve ser um caminho a ser seguido.
De ruim, só uns CGIs meia boca em algumas cenas, GoG2 e Ragnarok mandam lembranças. Mas o arco geral e a história é redonda e cheio de momentos empolgantes. Danai Gurira, Andy Serkis (full retard demais [emoji38] ), Michael B Jordan, Letitia Wright distribuem as boas cenas.
O Boseman é competente, mas nunca me encheu os olhos como ator desde Guerra Civil.
Ah, achei a Nakia uma personagem bacana (incrível como ninguém é genérico no filme e todo mundo tem a personalidade nítida) e importante pra trama, mas o romance dela com TChalla é bem sem sal. Podiam ter deixado espaço pra Ororo num futuro próximo mesmo. Entretanto, a dualidade entre Nakia e Okoye é excelente; entre elas fica o questionamento: Até onde vale a pena seguir a tradição? Até em que momento é tradição ou engessamento? Vale tudo pela tradição?
E as personalidades delas são bem consistentes. A General Okoye tem vários momentos bons, inclusive. [emoji38] [emoji38] Eu preferia uma Shuri adulta e mais centrada, mas essa aqui funcionou.
O 3D é dispensável e escuro.
Narrativamente é diferente de qualquer filme de herói mesmo, os temas, a abordagem, a origem, situações (uns personagens morrem/tomam no cuzinho de um jeito que eu não esperava
). E tudo é bem executado. Não vou dar spoilers porque isso claramente estragará a experiência de quem não assistiu. Não tem nem menção de Joia do Infinito no filme. Nada. A história é contida e fechada igual HA, Guardiões. Coogler soube quebrar a expectativa em muitos momentos (só tem um em que você claramente percebe o que NÃO vai acontecer, porque o mocinho não morre nesses filmes [emoji38] ). Também não tem mcguffin, item sagrado que vai mudar o mundo, arma a ser roubada, a trama envolve unicamente os personagens e seus ideais.
Embora tenham uns cgis fracos na ação, no geral ela boa (apenas). Porém, Wakanda não parece tela azul, acertaram em cheio na ambientação, Wakanda VIVE e salta da tela. E nem preciso falar da direção de arte, qualidade absurda; a fotografia da Morrison é competente demais, cada vez mais as cores estão menos chapadas na Marvel. A beleza da dda é ainda mais aproveitada. Já a tecnologia wakandana é TOPPER demais.
Para os incomodados com humor, tem pouco.
A primeira cena pós-créditos complementa ainda mais o subtexto do filme.
A segunda é qualquer coisa. Foda-se Soldado Invernal. [emoji38]
E na trilha (que é surpreendentemente boa
já que em Creed esse Ludwig aí fez um negócio qualquer nota) eu curti particularmente o tema do vilão [emoji38] , uma pegada rap, mais ousada e misturada, show; o tema do Pantera é um tribal mais raiz, digamos; não tem mistura. O filme consegue opor tematicamente o herói e o vilão até nisso.
Nota 8,5!
No geral achei um filmão (tem variadas cenas empolgantes, vide Creed, embora seja abaixo no resultado geral) e com uma puta mensagem contra radicalismos, em época de extremismos em todos os lados é bacana demais isso. A dinâmica Xavier/Magneto falada pelo Jordan é realmente uma inspiração aqui. Foda.
A diferença? Wakanda sempre foi omissa e ausente das questões políticas do continente por séculos. Ao ver toda injustiça e abuso ao seu redor e não se compadecer com seus pares, deixa injustiça se perpetuar enquanto tem recurso para isso.
Do outro lado o Killmonger quer reagir com violência e revanchismo. O desejo dele é tentar corrigir anos de exploração com os mesmos métodos de liquidação; isso claramente é a resposta errada, porque dar na mesma é se tornar aquilo que se está combatendo.
E T'Challa (sempre preocupado) encontra um caminho do meio, pacífico e sem omissão no fim.
Gosto particularmente como o Killmonger traz divisão e guerra para a própria Wakanda, faz as tribos racharem e se confrontarem. Kaluuya tá bom demais e em determinado ponto ele olha pro campo de batalha e se arrepende de ver seus compatriotas se agredindo - Cogler é inteligente ao não ficar explicando textualmente tudo isso. Enquanto isso, o Pantera traz unificação, conseguindo reunir a Tribo das Montanhas, que tanto vivia isolada , distante da capital e rachada.
Essa diferença entre os dois é o grande legado dessa história.

Ainda que a motivação do vilão venha de uma injustiça, a resposta violenta e extremada nunca deve ser um caminho a ser seguido.
De ruim, só uns CGIs meia boca em algumas cenas, GoG2 e Ragnarok mandam lembranças. Mas o arco geral e a história é redonda e cheio de momentos empolgantes. Danai Gurira, Andy Serkis (full retard demais [emoji38] ), Michael B Jordan, Letitia Wright distribuem as boas cenas.
O Boseman é competente, mas nunca me encheu os olhos como ator desde Guerra Civil.
Ah, achei a Nakia uma personagem bacana (incrível como ninguém é genérico no filme e todo mundo tem a personalidade nítida) e importante pra trama, mas o romance dela com TChalla é bem sem sal. Podiam ter deixado espaço pra Ororo num futuro próximo mesmo. Entretanto, a dualidade entre Nakia e Okoye é excelente; entre elas fica o questionamento: Até onde vale a pena seguir a tradição? Até em que momento é tradição ou engessamento? Vale tudo pela tradição?
E as personalidades delas são bem consistentes. A General Okoye tem vários momentos bons, inclusive. [emoji38] [emoji38] Eu preferia uma Shuri adulta e mais centrada, mas essa aqui funcionou.
O 3D é dispensável e escuro.
Narrativamente é diferente de qualquer filme de herói mesmo, os temas, a abordagem, a origem, situações (uns personagens morrem/tomam no cuzinho de um jeito que eu não esperava

Embora tenham uns cgis fracos na ação, no geral ela boa (apenas). Porém, Wakanda não parece tela azul, acertaram em cheio na ambientação, Wakanda VIVE e salta da tela. E nem preciso falar da direção de arte, qualidade absurda; a fotografia da Morrison é competente demais, cada vez mais as cores estão menos chapadas na Marvel. A beleza da dda é ainda mais aproveitada. Já a tecnologia wakandana é TOPPER demais.
Para os incomodados com humor, tem pouco.
A primeira cena pós-créditos complementa ainda mais o subtexto do filme.
A segunda é qualquer coisa. Foda-se Soldado Invernal. [emoji38]
E na trilha (que é surpreendentemente boa

Nota 8,5!
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