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DUAS-CAPAS - OS ''MELHORES'' HERÓIS DO MUNDO.

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  • DUAS-CAPAS - OS ''MELHORES'' HERÓIS DO MUNDO.

    CAPÍTULO I: PARTE I.

    AONDE TUDO VAI PARAR?

    Era uma tarde quente, daquelas que fazem ovos fritarem no asfalto, lotam piscinas cheias de cloro e deixam as mulheres mais lindas. A Cidade estava tranquila, com seus inúmeros engarrafamentos, com suas altas torres reluzentes. Chat City ou Chat Town, curiosamente a cidade possuía dois nomes, o primeiro pela classe baixa que ralava todos os dias para sustentar a classe mais abastada, a qual preferia um nome mais chique, daí o segundo nome. Mas, para a maioria, somenta Chat bastava. Lar.

    Al Lock estava fazendo o que mais gostava na vida: Absolutamente nada! Seus coturnos sujos de barro manchavam a fronha do travesseiro branco, a televisão projetada inúmeras imagens desconexas, um fino fio de baba escorria pela boca o ex-maior lutador de artes marciais do mundo. O Homenzarrão de trinta e poucos anos já possuía inúmeres fios de cabelo branco, barba por fazer e roupas que não viam água a incontáveis dias. Seu corpo cheirava a nicotina com toques fortes de bebida barata, daquela que usamos pra acender churrasqueira. O Ventilador já idoso tremia de agonia, o neón do hotel barato já se esforçava para acender, um casal de jovens baratas se divertiam nos restos de comida na cozinha.

    Algo faz com que o anteriormente conhecido Punho de Fogo desperte de seu estado letárgico. Explosões feito fogos de ano novo despontavam no televisor, gente corria de um lado para o outro em desespero. Mas não foi o caos que chamou sua atenção, e sim um enorme ponto de interrogação acima dos cabelos B52 da apresentadora peituada: ''ONDE ESTÃO OS MDM?''

    Já fazia uma semana que eles haviam sumido do mapa feito caneta Bic e Guarda-Chuva! Ninguém até o presente momento tinha ligado muito para o fato, até que os vilões se aproveitaram do vazio deixado para agirem! A Cidade estava um caos! Até mesmo o mais bucha dos vilões estava pulando e dançando na avenida principal. A Polícia não dava conta, a multidão se esgoelava em desespero, nada os desafiava. Um meliante focado pela câmera botava fogo na loja de bebidas do seu Quinca.

    Algo tinha de ser feito. ''Ninguém destrói a loja de birita do seu Quinca e fica impune!'', Pensou.

    Se embrenhando pelas inúmeras latinhas de cerveja, ele apanha seu surrado celular:

    - Tira a fantasia que a cidade tá uma zona só! Fudeu! Chama os outros. Espero ocês no nosso antigo muquifo secreto. Adeus!

    Dirigindo seu Maverick Azul perolizado, Al Lock dirige pelas ruas escaldantes. O Tempo de sosseguo acabou...

    Em outro lugar:

    Capitão Brasil era um herói solitário, atuou na primeira e na segunda Guerra Civil de Chat Town, perdeu seu parceiro na segunda. Embora já tivesse sido convidado, nunca entrou para nenhum supergrupo com medo de matar os colegas como fez com seu ex-parceiro. Recebeu o chamado de seu amigo Al Lock e pensou ''Dane-se!''

    Mas não podia fazer isso, era um herói, ídolo da América do Sul. Passou os anos 80 lutando em duas guerras civis fajutas por nada? Então, ele vestiu o uniforme desenhado por uma amiga de longa dara, a Érika, entrou no Brasilmóvel e gritou:

    - AGORA FUDEU, MEU NEGO!

    Continua.

  • #2
    CAPÍTULO I: PARTE II

    Coincidências existem?


    Um senhor de cerca de 80 anos acaba de sair do banco. Ele acabara de receber o dinheiro de sua aposentadoria, o pouco mais merecido dinheiro com o que paga suas contas e sustenta seu vício por balinhas de goma (que não mais comia, apenas colecionava, já que não tinha mais dentes para fazê-lo). Com dificuldade, seu Jorge atravessa a rua de um dos bairros mais tranqüilos de Chat Town, um bairro pequeno, mas de pessoas honestas e educadas. Seu Jorge morava ali fazia décadas, então todos os conheciam. Gostava de poder andar devagar com sua bengala para aproveitar a vista, encontrar pessoas, olhar para cima e curtir um dia ensolarado com dois sóis brilhando.

    "Dois sóis?", pensou seu Jorge. "E desde quando Chat Town tem dois sóis?”


    Um instante foi o suficiente para perceber que o sol na verdade era algo sólido e branco que refletia o sol de verdade. Um avião, mais precisamente.


    "AH, MAS VAI TOMAR NO...”. Foi à última coisa que Seu Jorge disse antes do Avião se chocar com o chão.


    Quinze minutos depois três bairros estavam completamente destruídos. A polícia e os bombeiros chegaram no local o mais rápido possível, tentando encontrar uma explicação para tamanha destruição. Não era possível que apenas um avião (que nem era de grande porte) causa-se tamanha destruição. Mesmo depois de falarem com os sobreviventes, o que havia acontecido não estava claro


    O que eles não sabiam é que aparentemente o avião caiu diretamente em cima de seu Jorge, pegou fogo e arremessou sua bengala, em chamas, na direção do pneu de um carrinho de sorvetes. O pneu estourou, o sorveteiro perdeu a direção, batendo de frente com o caixa-forte que estava estacionado na frente do banco, lançando um dos guardas que protegiam o caixa forte (e tinha uma arma na mão) no chão, fazendo-o disparar acidentalmente sua arma, cuja bala atingiu em cheio um poste de luz, que caiu, puxando todos os fio, que arrebentaram, sendo que um deles atingiu uma antena parabólica em um dos prédios mais adiante, o que fez a antena parabólica explodir, estremecendo o prédio.


    Dentro do prédio, um empregado tomava água num bebedouro quando o tremor fez cair o bebedouro no chão, que se abriu e espalhou água para todo o canto. Em outra sala, um empregado que tentava fazer uma boquinha escondido colocava seu sanduíche no microondas, quando a água chegou até ali e ele acabou resvalando na água, caindo no chão; no reflexo, ele tenta se segurar no microondas, que cai, trazendo alguns fio consigo, que desencaparam quando o edifício tremeu, dando-lhe um violento choque abalando a estabilidade da energia elétrica. Isso afetou uma empresa próxima, cuja máquina usava muita energia e automaticamente sugou a energia que pôde, dando curto-circuito e causando um blecaute em toda aquela região, o que incluiu mais dois outros bairros.


    Em um dos bairros atingidos pelo apagão, um funcionário de uma assistência técnica de computadores via pornografia pela internet quando a luz acaba. Indignado, ele chuta a parede, que dividia a loja com uma rede de fast-foods; a chapa onde se faziam as carnes se desloca derrubando algumas carnes e fazendo o chapeiro queimar o joelho; assustado (era seu primeiro dia no trabalho) ele corre na direção de qualquer coisa que tenha água, atropelando todo mundo e saindo na direção dos clientes. Acabou caindo em uma mesa onde há um misterioso homem com um notebook, que cai no chão e quebra.


    No outro bairro, um cientista louco conversa por internet com o Bibliotecário, que revela precisar falar rápido com ele, pois está usando wireless e está em um local publico. O cientista louco só quer saber qual a fórmula que falta para a máquina do tempo que comprou no mercado negro, mas teve que montar sozinho porque o manual de instruções estava em taiwanês e sobrou uma peça. Bibliotecário avisa que, pelas pesquisas que ele fez, se essa peça não for colocada no lugar certo imediatamente uma descarga cronal vai atingi-lo e destruir praticamente todo o bairro. O cientista louco fica preocupado, mas o bibliotecário diz que não há nada com o que se preocupar, pois ele irá dizer o que fazer. Mas a conexão é inesperadamente interrompida.

    "Bibliotecário não pode responder porque parece estar offline"


    "Filho duma..."


    E essas foram às últimas palavras do cientista louco antes da descarga cronal jogar o cientista para algum lugar do passado ou futuro e a energia residual destruir quase todo o bairro. E, em meio a tudo isso, uma misteriosa e magérrima figura toda vestida de preto se escondia entre os escombros da destruição.


    Chat Town - Dia seguinte


    Em uma casa pequena, bem humilde, um cachorro labrador latia para o nascer do sol. As latidas do cão, junto com o despertador eletrônico, acordam um jovem de 16 anos, com um físico bem cuidado e cabelos pretos desarrumados. Ele caminha pelo corredor e desce as escadas, entrando no cozinha, onde começa a fazer o café. Enquanto liga a TV. Dez minutos após preparar o café e assistir o jornal ele percebe que a Luz acabou.


    - Cacetada! Vou perder o Programa da Ana Maria Braga! - Resmungava o menino.


    Ele sai da casa e vê a espessa fumaça negra pelo céu. Algo terrível aconteceu, pensa ele.


    - Hora da ação! - Gritou ele, correndo para uma estante de livros puxa um deles com uma capa vermelha, pula e se estabaca na parede.


    - Nota mental: mandar... a... empregada... não... tirar... os... livros... do... lugar...


    Após quinze minutos procurando o livro certo, ele puxa e entra em uma avançada caverna, com um computador. Ao ligar o PC, uma tela azul aparece: ''Programas Interrompidos. Aperte F1 para continuar'.'


    - MALDITO WINDOWS!


    Então, entra em uma câmara e emerge de lá com um uniforme cinza com botas, luvas e capa preta,um V vermelho no peito e uma máscara preta com visores lenticulares. O Cidadão V estava pronto. Assim, adentra um avançado carro prateado blindado e dá partida. O Motor afoga.


    - Caralho! Nada tá dando certo hoje.


    O jeito é ir correndo. Com o uniforme encharcado de suor corre pelas ruas em direção ao centro do desastre. Quando finalmente está chegando um ônibus o atropela e o arremessa dentro de uma fábrica de processamento de cacos de vidro.


    Cheio de ferimentos, o herói sai da fábrica e cambaleia para onde o avião caiu, apenas para tropeçar num galho e cair em um bueiro aberto. Ele emerge de outro bueiro, sendo perseguido por um crocodilo. Desesperado, ele corre e atravessa a vidraça de uma loja, saindo pelo outro lado, onde cai de cara em um condutor elétrico desativado. Cuspindo óleo tenta chegar aos oficiais. Quando está quase chegando aos policiais, ouve o aparelho comunicador em seu cinto apitar:


    - A... Alô?


    - V? É O Punho de Fogo! Os MDM´s sumiram e tá a maior putaria pela cidade. Convoca geral pra se encontrar no QG.


    - Ah... OK, Al, eu vou agora.


    Ao Longe, V Escuta:


    - EPA! AQUILO ALI É OUTRO AVIÃO?


    - Al? Pensando melhor, vou me atrasar...

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    • #3
      CAPÍTULO I: PARTE III

      Ruim com eles, pior sem


      No QG da Zona Norte


      Punho de Fogo espera que apareçam os outros convocados. Quando decide ligar pra confirmar a visita, Ele ouve o Arfas de alguém que correu até a Zona Norte com Couro: Cidadão V.


      - C... Che... Cheguei!


      - ÓIA A BÓIA!


      Assim que pisa no velho QG, V é atropelado pelo Brasilmóvel do Capitão Brasil, expelindo Fumaça dos cilindros.


      - Olha a cabeça!! - Anunciou o vidente conhecido como Previsor, descendo lentamente da garupa da Jenny 2500, moto da heroína conhecida como Control Pin, que tira o capacete deixando seus esvoaçantes cabelos pretos voarem. Todos os homens babam por ela.


      Cidadão V consegue se levantar do buraco em que caiu, quando também começa a babar por Pin. Ele vai cumprimentá-la quando a Jenny se ativa e esmaga repetidas vezes o jovem.


      - Ô, Previsor! Você não me disse que os sensores da Jenny estavam regulados? - Disse Pin.


      - Claro, eu vi isso em uma visão. Você regulando eles com o conjunto de couro que sua mãe te deu. - Explicou Previsor.


      - Pô, Previsor! Isso aconteceu mês passado!


      - Ih... Hehehehe... Confusão comum para videntes. - Enquanto isso, Jenny continuava a esmagar V;

      Um pouco depois


      Reunidos na salinha principal do QG, os heróis confabulam sobre o que fazer.


      - Bem, temos que tomar providencia não? – Indaga Capitão Brasil aos seus companheiros.


      Punho de fogo nesse momento se vira para Capitão e sem pensar diz o que vem a sua cabeça:


      - Na verdade Brasil, você esta velho e quer juntar-se com os que podem atuar.


      Capitão Brasil agarra Punho de Fogo pelo uniforme e ergue o seu punho esquerdo.


      - Foi essa esquerda que nocauteou Robby Lê Field, O Destruidor na primeira Guerra Civil de Chat Town.


      Todos ficam paralisados perante a cena sem saber o que disser.


      - E vai ser essa esquerda que vai te nocautear se você não fechar essa boquinha mimada e olhar para a nossa cidade uma vez na sua medíocre vida! – Completa.


      - PERAÍ! EU...Que chamei vocês. – Indigna-se Punho de Fogo.


      O momento tenso só é cortado pela voz de Control Pin tentando acalmar a situação:


      - Meninos, parem de brigar!


      Capitão Brasil então se recompõe e pergunta:


      - Pois bem, eu estou sem idéias, alguém tem um plano?


      - Se me permitem dizer...Acho que tenho uma idéia!


      - Quem é você? – Diz Punho de Fogo ao homem encostado na entrada da porta da sala.


      - Sr. F, ao seu dispor.


      Al Lock senta-se confortavelmente no engradado de Brahma velha e fedida. As tábuas do antigo QG rangem baixinho com seu peso. Não que estivesse gordo, afinal 20 anos de exercícios não se perdiam facilmente de um ano para outro, somente estava sedentário demais. Cuspindo no chão cheio de pó ele sorri ao imaginar a quantidade de maneiras que poderia ter usado para derrotar o velho Capitão Brasil, não que ele vá voltar a lutar algum dia, mas a idéia o diverte. Ele lembra do auge do Capitão e de seu próprio auge, naquela época daria até uma briga boa, hoje... Seus pensamentos se esvaem ao perceber os que atenderam ao seu chamado, um bando de heróis decrépitos, buchas, ineptos e sem um pingo de noção da realidade, igualzinho a si mesmo. Ele merecia estar ao lado desses perdedores depois do que aconteceu.

      - Senhor F., acho que antes do cêis decidirem o que as frangas farão a respeito dessa zona toda, né melhor esperar os outros bundões chegarem?


      Todos olham atentamente para ele, que continua:


      - Veja bem, a sala está lotada de otários que nem conseguem andar na rua sem supervisão de adultos, um usuário de fralda geriátrica e um zero à esquerda. A mina ai, por exemplo, só é jeitosinha, admito que sua motoca seja estilosa, mas na hora do vamos vê só vai servir como bucha de canhão pra lá de gostosa. – Control Pin muda seu olhar para algo entre o ódio e o desprezo - A não ser que cês pretendam cansar os vilões enquanto os verdadeiros heróis não chegam, só com esses merdas aqui não vai rolar. O único ferimento que os inimigos terão será em seus punhos de tanto socar vocês.


      O silêncio volta a tomar conta do local, com um sorriso sarcástico no rosto Punho de Fogo termina seu monologo:


      - Alguém ai aceita uma Vodka?

      Continua...


      E não percam no próximo episódio o parradeiro de alguns novos heróis de nossa história.

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      • #4
        E cadê a continuação, Wiki???
        BEHOLD MY POWER

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        • #5
          Reforço a questão.
          ùltima Leitura: Razoável
          sigpic
          Mister No #6 (RECORD)

          http://www.tumblr.com/blog/ultimaleitura

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          • #6
            Jeet Kune - Prólogo

            Era uma manha como outra qualquer, Jeet kune foi acordado por seu despertador barulhento apitando, tomou um banho rápido e se arrumou pra ir pro lugar que ele “tanto” ama: a escola, lugar onde nerds como ele apanham e são azucrinados o ano todo.

            Saiu de casa rumo ao colégio e pensou em voz alta:

            - Escola hoje não, eu já passei na maioria das matérias, raspando, mas passei.

            Sua mãe lhe deixou a uma quadra do colégio, ele esperou ela sair para finalmente completar seu plano. Rapidamente entrou em um beco escuro e fez uma copia sua.

            - Cara, hoje não to a fim de ir ao colégio. Vai em meu lugar.

            - Sem problema.

            Jeet entrega a sua mochila pro seu clone e sai pra caminhar pela cidade por um bom tempo até que olha pro relógio: 11:32, já esta na hora de sua mãe buscá-lo na escola, teria que ir direto para casa. Jeet corre até sua casa, entra pela janela da sala pois o “gênio” esqueceu a copia da chave de casa na mochila, ele sobe as escadas, entra no seu quarto e espera.

            Alguns minutos depois escuta um carro chegando, era seu clone chegando da escola, momentos depois ele entra no quarto.

            - Como foi a aula?

            - Adivinha...

            Seu clone levanta a camisa e esta com três grandes hematomas em formato parecidos com um punho.

            - Isso deve ter doido pacas.

            Jeet absorve seu clone e desce para almoçar.

            Capitão Óbvio - Prólogo

            A vida de herói iniciante é algo difícil, Carlos sabia disso quando decidiu sair de sua cidade natal para ir à cidade grande, a famosa Chat Town. Em Mininópolis, onde seus pais o criaram desde criança, já tinha atuado como herói local com o nome de O Insuperável, essa experiência fez com que ele fosse chamado para um grupo da região conhecidos como Justiceiros do Lixão, em referencia a como era chamada à região onde atuavam pelos pólos do país, a colocavam como o lixo perdido da nação.

            Mas só isso não bastava para ele, queria ir além, mostrar que seus dons podiam fazer uma diferença maior e então partiu para a nova cidade, sua mãe chorou tanto que a água para banho dos gatos duraria alguns dias, seu pai arrumou todas as quinquilharias que ele adorava do filho, desde o chocalho com música de Star Wars até a cueca vermelha que deu de aniversário no ano passado... Essa por sinal o filho negou de levar com a sonora fala: "O senhor acha que vou usar uma cueca com uma cor tão berrante como essa? Quem vai me respeitar como herói assim?”.

            Com esses pensamentos Carlos chega ao centro da cidade, sem emprego, a única possibilidade era de digitador em um jornal local que um amigo lhe indicou, sem uniforme, todo herói que se preze usa uniforme, mas com uma esperança... Só não sabia qual era. Nesse momento ele ouve um tremendo barulho e vê um helicóptero começar um redemoinho direto ao chão, sem pensar duas vezes (de verdade) ele alça vôo e segue em direção ao helicóptero segurando-o com uma mão, com o solavanco uma mulher que estava dentro do veiculo cai pela porta e vai de encontro ao chão soltando um estrondoso "SOOOOOCOOOOROOOOO!!!!", porém a mão do homem voando consegue segurá-la a tempo, ele faz um pouso colocando o helicóptero na avenida e como conseqüência atrapalhando o tráfico em 18 setores da cidade. Quando a jovem mulher que ele salvou vai falar com ele.

            - Ei, quem é você?

            - Quem? Eu?

            - É, você?

            - Eu sou eu.

            - Sim, mas qual seu nome?

            - O que meu pai me deu...

            - To vendo que vai ser difícil...

            Johnnie Walker – Prólogo

            - Ei chefe, esse aqui é aquele meu amigo que te falei. O que quer ser digitador aqui no Vatapá Diário - Diz Johnnie Walker entrando na sala do redator chefe com seu amigo Carlos.

            O Vatapá Diário era o maior jornal e mais importante de Chat Town, e era neste jornal que trabalhava Johnnie Walker, um rapaz que fora conhecido como O Fantasma que Anda Bêbado, nos seus tempos de gloria. Não havia muita glória na vida dele, mas ele gostava de se referir assim há aqueles tempos que ele empunhava sua garrafa (indestrutível) com um rotulo de uma caveira, invadia instalações militares, roubava segredos, tomava umas biritas e cantava musicas de Tião Carrero e Pardinho enquanto fugia sob tiros dos guardas roqueiros.

            Bons tempos aqueles, mas agora ele era um jornalista do Vatapá Diário, ainda invadia lugares, ainda tomava cana, ainda corria dos roqueiros, mas não havia a guerra civil e isso ele sentia falta, do que lhe valia a força de dez tigres de pelúcia, sua habilidade na briga de botequim, se não havia a guerra? Mas ele sentia que isso estava para mudar. Estava com a garganta seca, pedindo um gole da garrafa da caveira. A paz estava com seus dias contados.

            Enquanto pensava na sua garrafa e apresentava Carlos para o redator, um enorme barulho estremece as estrutura do edifício e Carlos some. Enquanto todos entravam em pânico, somente Johnnie percebe que o amigo sumira. Com um leve sorriso no rosto ele pensa: heróis! Nunca mudam.

            Ele pega sua cardeneta e sai para a fachada do prédio para cobrir aquele desastre.

            Magnetic Moura - Prólogo

            - Então doutor, é isso, eu não sei de onde vem essa minha raiva.

            O psicólogo olha analiticamente para o homem deitado no divã; por trás dos óculos de armação grossa preta, os olhos inquietos de Magnus Moura que fitam com preocupação uma enorme estante de metal no canto do consultório.

            - Sim, meu caro. Me diga uma coisa: por que você acha que sente tanta raiva?

            - Bom, doutor, é complicado. Antes da guerra civil, eu era um cara normal. Normal mesmo. Tinha meu emprego, tinha meu dinheiro e minha independência, porque sai de casa muito cedo. Era uma pessoa normal.

            - E por que você saiu de casa tão cedo?

            - Ora, porque meus pais eram dois medíocres que não chegavam perto da superioridade de meu intelecto. Eram INSETOS perto de mim! INSETOS! Pequenos e rastejantes..

            Nesse momento clipes de papel começam a voar em direção a Moura e grudar em sua testa.

            - Err... Desculpe. É que desde pequeno eles me deixavam de castigo toda a vez que eu tentava colocar em prática meus planos de dominação global.

            - Dominação global? Entendo... Continue.

            - Então. Eu era esse cara absolutamente comum, um cidadão como outro qualquer com seus pequenos sonhos e desejos, que qualquer pessoa tem.

            - Claro. Amar, casar, ter filhos, um bom emprego, um carro...

            - Dominar o mundo e governar a humanidade com mãos de ferro!

            - Sim.

            - Então, doutor, aconteceu um terrível acidente. Um dos meus inventos, o HiperImã, um imã de geladeira super magnetizado, que eu inventei para que os papéis de anotações ficassem afixados com mais segurança na porta da geladeira, entrou em choque com a Super Geladeira Atômica na qual estava preso. E ela tinha um motor baseado em um reator de fusão a frio nuclear hipertérmico.

            - Super Geladeira atômica com motor de reator de fusão a frio nuclear hipertérmico????

            - É, invento meu. Ela gela quinze caixas de cerveja em cinco minutos.

            - Prossiga...

            - Então, o choque de polaridades causou uma descarga magnética em mim e como diria o poeta: fudeu com tudo! Eu absorvi o hipermagnetismo do hiperimã,
            ampliado em milhares de vezes.

            - Credo...

            - E desde então, doutor, eu ganhei poderes... PODERES! – Moura então fica em pé em cima do divã com as mãos para cima e olhando pro céu - E agora doutor... Eu sou .. UM DEUS!!! UM DEEEEEUS!!!! E VOU DOMINAR TOOODOS OS INSEETOS HUMANOS!!! INSEETOS!!! TIPO BARATAS! Não, baratas não... ÁCAROS! Ácaros são insetos doutor?

            O psiquiatra se afasta com os olhos arregalados.

            - Err... Desculpe, doutor. - Moura se senta novamente - Como eu dizia, isso me fez liderar um exército de outros seres com poderes incríveis que seguiam meus ideais. Grandes nomes como o Dentes de Leite, a Byskite, o Froxo. A Irmandade dos Batutas. Mas nós perdemos a guerra. Eles me traíram.

            -: O que aconteceu?

            - Ah, o maldito Sindicato dos Supervilões. Os filhos da mãe me processaram, cobraram férias, décimo terceiro atrasados, só o que eu paguei de insalubridade...

            - Creio então que o senhor abandonou a vida de crimes?

            - De forma alguma! Eu tenho um plano doutor. Eu vou criar uma nova organização. Uma sociedade de vilões. E agora, sem os MDM´s para atrapalhar meus planos, tudo dará certo. É a hora da ascensão da Brigada Única de Criminosos Hediondos Assassinos: o B.U.C.H.A!

            - Mas meu amigo, qual a sua intenção aqui então? Pensei que você queria se tornar uma pessoa melhor.

            - E quero doutor. Eu às vezes perco o controle. Faço coisas de cabeça quente. Quero controlar minha raiva, mesmo porque meus poderes enlouquecem quando eu perco o controle de minhas emoções. Eu não sou má pessoa doutor, por que eu sou assim?

            - Bem. Eu diria que o senhor apresenta vários aspectos de megalomania, uma forte sociopatia, e quem sabe até surtos de esquizofrenia e psicoses variadas.

            Moura fita o psicólogo com os olhos arregalados

            - Será doutor?

            - Isso só pra começar.

            As sobrancelhas de Moura descem. Ele faz um leve movimento com a mão e a estante de aço cai em cima do psicólogo, esmagando o pobre coitado. Moura se levanta. Pega seu casaco e o veste. Abre a porta do consultório, olha pra trás e diz:

            - Psicopata é a puta que te pariu.

            Mr. F - Prólogo

            Privada do inferno. É onde eu patrulho. Um bairro fétido onde meu cheiro desagradável pode ser mascarado pelo esgoto a céu aberto. Claro, guardada a devida distância porque, de perto, minha nhaca é inconfundível.

            Esses rios de urina chamados de ruas são o lar da população mais pobre e desassistida de Chat Town City, os mais necessitados, frequentemente achacados por pulhas sem escrúpulos, canalhas o suficiente para vir aqui nesse mal-cheiro para roubar de quem tem ainda menos que eles.

            Isso foi antes de eu aparecer. Tornei a Privada do inferno um bairro seguro. Continua insuportávelmente fedorento, mas seguro.

            Entro no botequim do Seu Manel para minha refeição obrigatória de antes da patrulha.

            - "Manel, tem o de sempre ai?"

            Claro que tem. O prestativo manel me traz o prato de sempre, o podrão que só eu tenho coragem de encarar: salada de repolho com cebola e ovo colorido, acompanhada de uma garrafa de cerveja Malte Nojenta estúpidamente quente.

            Porque eu como isso? Claro que não é agradável, mas é o combustível perfeito para meu poder flatulento. Quando não me alimento assim, não tenho gases suficientes para combater o crime. Termino a refeição e sigo na direção da porta.

            - "Vai por na minha conta, Manel?"

            Claro que vai. Ele responde que sim, como sempre. Porque ainda pergunto isso? Porque essa mania de sempre me dirigir aos outros com perguntas? Não sei o motivo, é uma compulsão. O fato é que a única frase afirmativa que eu dirijo a alguem é a Palavra F, mas só em casos de extrema necessidade. Usá-la em vão aumentaria a classificação indicativa dessa novela e perderíamos a maioria do nosso público.

            Hoje mudarei meu modus operandi. A Privada do inferno continua segura, mesmo após o sumiço dos MDMs, afinal eles nunca olharam por esse lugar. Apenas eu zelo por essas ruas. E os pulhas sabem que estou aqui. É hora de fazer algo pela cidade como um todo e descobrir o que houve com os MDMs.

            Chat Town City, tampe seus narizes. Mr. F está a caminho.

            Na Próxima Edição: Algo fantástico, uma surpresa atrás da outra...ah! Quem quero enganar, nem eu sei o que vai sair (risos)

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